tag:blogger.com,1999:blog-324335289787663157.post2763886017511082775..comments2023-11-05T05:56:30.617-03:00Comments on Fatos em Foco: Crítica ao artigo "O Deus Falível do Molinismo", de J. T. Anderson (ou "A Coerência dos Mundos Verdadeiramente Possíveis")Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/12711605121797210937noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-324335289787663157.post-67806888671412820022015-06-02T17:17:14.702-03:002015-06-02T17:17:14.702-03:003. Meu terceiro ponto diz respeito aos comentários...3. Meu terceiro ponto diz respeito aos comentários feitos a uma citação do Dr. Anderson na parte final do seu texto. Estranhamente, o senhor (não sei como) chega à conclusão de que "a suposição do Dr. Anderson é um excelente indicador de como muitos veem 'os decretos' divinos: indistintamente dos decretos ou determinações de um regente humano!". Como assim? Quem é que enxerga os decretos divinos desta maneira? o Dr. Anderson está supondo e mostra que isso não é coerente ("Não parece coerente imaginar Deus pensando"). A discussão é sobre "em que sentido esses mundos são mundos realmente possíveis" e não o modo como Deus opera. Deus é imutável. Você, eu, Dr. Anderson, Dr. Craig, e todos os molinistas sabemos disto. E, exatamente por isso, seus decretos são infalíveis em todos os mundos possíveis. O que o senhor quis mostrar é precisamente o que o texto do Dr. Anderson está negando. Por fim, digo que não há qualquer faz de contas; não há qualquer fatalismo; não há qualquer marionete. O que há é, de fato, um Deus que é Senhor soberano sobre todas as coisas (Pv: 16.33; Mt: 10.29; Rm: 11.33; Ef: 1.11), que reina e governa de modo absoluto até mesmo sobre as decisões humanas (Pv: 20.24; 21.1), que conduz todas as coisas para o fim que deseja (Is: 46.10-11), cujo propósito não depende de nada, nem mesmo da vontade humana de ninguém (At: 17. 24-26). Esse é o Deus da Bíblia, que todos os calvinistas acreditam e defendem.<br /><br />Um grande abraço,<br />GersonAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-324335289787663157.post-32812764881666685132015-06-02T17:15:35.352-03:002015-06-02T17:15:35.352-03:002. O meu segundo ponto é o de que não há qualquer ...2. O meu segundo ponto é o de que não há qualquer confusão com relação ao entendimento do Dr. Anderson sobre o que é um mundo possível e um mundo real, e , por isso mesmo, não há qualquer conclusão precipitada do Dr. Anderson. Quanto às definições de mundo possível e mundo real, ele, no decurso de sua exposição, trata desses conceitos a partir do modo como eles aparecem na argumentação molinista apresentada. Nos é dito que "Molinistas como Craig farão distinção entre mundos possíveis e mundos factíveis. Todos os mundos factíveis são mundos possíveis, mas nem todos os mundos possíveis são mundos factíveis". O Dr. Anderson destaca isso para mostrar o cerne da fragilidade do argumento molinista. Pois, de acordo com os pressupostos admitidos pelo molinismo, "existem mundos possíveis nos quais os planos de Deus falham", dado que "o molinista está comprometido em afirmar que, embora Deus conheça que S escolheria A em C, e ele não atualiza C porque ele planeja para S escolher A, não deixa de ser possível para S não escolher A em C". Se não é possível S não escolher A em C, os planos de Deus nunca falharão, e num faz sentido a nossa discussão. Mas, se é possível para S não escolher A em C, como defendem os molinistas, há mundos possíveis em que os planos de Deus falham, e, se há mundos possíveis em que os planos de Deus falham, "existem mundos possíveis nos quais o decreto eterno de Deus não acontecerá". Isso não é difícil de entender. Se há mundo possível em que o decreto de Deus não acontece, a conclusão é clara: Deus não é necessariamente infalível, uma vez que, para sê-lo, seu decreto deveria ocorrer em todos os mundos possível. Dito isso, não vejo o porquê da sua acusação de uma petição de princípio no argumento do Dr. Anderson. Repare-se que em momento algum o Dr. Anderson usou algum dos recursos que caracterizam uma petição de princípio. Ele nem usou a conclusão como premissa, nem assumiu a conclusão como verdadeira antes de argumentar. A conclusão admitida pelo Dr. Anderson de que o Deus do molinismo não é necessariamente infalível decorre do fato de se aceitar as frases (1), (1') e (2) tais como os molinistas as aceitam, e não do fato de ele a pressupor como verdadeira ou mesmo admiti-la como premissa. <br /><br />Frases: <br /><br />(1) Se S escolhe livremente A em C, então é possível para S não escolher A em C.<br />(1’) Se S escolhe livremente A em C, então existe ao menos um mundo possível no qual S não escolhe A.<br />(2) Se S estivesse em C, S livremente escolheria A.<br /><br />Lembro ainda que uma falha lógica deste porte jamais passaria pela análise do Dr. Craig. E, como sabemos, não houve crítica alguma da parte dele, simplesmente porque não há petição de princípio.<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-324335289787663157.post-35417523430328180612015-06-02T17:14:55.220-03:002015-06-02T17:14:55.220-03:00Pr. Artur, saudações. Como prometido, seguem as mi...Pr. Artur, saudações. Como prometido, seguem as minhas considerações sobre as suas críticas ao artigo do Dr. Anderson. Considerarei apenas três pontos, e tentarei ser direto e objetivo. Vai por partes.<br /><br />1. O primeiro ponto é sobre o parágrafo que trata da sua alega distinção entre corrupção total e total corrupção. Não quero me alongar, pois as dúvidas e questões colocadas e abordadas pelo senhor já foram todas respondidas cabalmente nos Cânones de Dort, mais especificamente nos artigos: 1, 2, 3, 16, dos Terceiro e Quarto capítulos, e também nas refutações aos erros 4 e 5 destes mesmos capítulos. Julgo ser desnecessário repetir agora as argumentações desse documento. Porém, ao meu ver, o maior equívoco cometido pelo senhor é o de supor que (cito) "num estado de corrupção total, não teria espaço para nada a não ser corrupção, sendo impedido de usar a própria razão que, cremos, foi-lhe dada como sinal da semelhança com Deus". Nenhum defensor da depravação total admite isso. Nenhum calvinista admite isso. Ninguém que não acredita num suposto livre-arbítrio admite isso. Para os calvinistas, o problema não está em usar a razão, mas está em saber se ela está isenta da corrupção radical no ser humano. Os descendentes de Caim, homens maus e perversos (Gn: 4), usaram a sua razão. Richard Dawkins usa a sua razão. Ninguém nega isso. Segundo a sua opinião, parece-me que a razão humana está isenta da corrupção radical. Afinal de contas, o senhor mesmo afirma que, se não fosse assim, "O Homem não produziria nada de bom". Quero lhe dizer que, em seu estado natural, nenhum descendente de Adão produz algo de bom. Do meu ponto de vista, o modo como o senhor trata a chamada total corrupção confronta diretamente o que o apóstolo Paulo nos diz em Rm: 3. 1-18, especialmente, o versos 10 e 11. Devemos levar a sério o que o apóstolo diz sobre a nossa incapacidade de fazer o bem. Diante disso, de nada servirá usar o termo "morte" entre aspas, como o senhor usa, pois a questão mantém-se, com aspas ou sem aspas: o homem está ou não está morto? Se estiver, não poderá fazer nenhum bem, e seu arbítrio não é livre, dado que está intimamente ligado à sua natureza caída e corrompida. <br />Anonymousnoreply@blogger.com