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sábado, 3 de novembro de 2007

A "lógica" do que alguns dizem sobre o homessexualismo na bíblia

A lógica do que alguns dizem que a Bíblia (logicamente ?) diz acerca do homossexualismo... É lógico!!!..

Não é novidade para ninguém que o assunto está em pauta. Projetos de leis com legalidade altamente duvidosa, manifestações, bate-boca, xingamentos, processos... E, em meio a toda esta turbulência quase nos esquecemos de expor o quê, realmente, a Bíblia fala de homossexualismo. Creio piamente que tudo também é uma simples questão de lógica escriturística e hermenêutica. A falta de lógica para se interpretar textos da Bíblia também segue uma determinada lógica, por incrível que pareça!!! Explanaremos melhor esta idéia na discussão a seguir.

Uma passagem que tem sido referenciada nas Escrituras encontra-se em 1 Sm. 1:26: "Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; tu eras amabilíssimo para comigo! Excepcional era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres.". Aqui, temos o desabafo de tristeza de Davi pela morte do Jônatas, filho do seu algoz, Saul. Davi diz palavras que, para alguns, soam como um cântico nítido à homossexualidade e, como ele era rei, podia fazê-lo com mais liberdade. Além disso, alguns alegam que a palavra para mulheres (hb. ‘ishshah) e amor (hb.
´ahabah), que pode ter conotação sexual, é uma prova incontestável de que Davi e Jônatas tinham um amor homossexual. Contudo, à luz do contexto, esta interpretação só prova que, de fato, quando quer se usar a Bíblia para quaisquer tipos de idéias, vê-se o que se quer ver. Primeiramente, Davi está registrando um hino, um cântico que fez ao seu "irmão", Jônatas. A palavra usada por Davi no início da frase deixa claro sobre que tipo de relacionamento Davi se referia. Ele usa uma palavra (hb. ´ach) que, como "irmão" em português, pode significar laço sanguíneo ou amizade. Este, por sinal, de acorco com o Léxico Hebraico-Grego de Strong, é o que melhor se encaixa com a palavra "amor", usada por Davi. Uma das primeiras conotações desta paalvra é "amizade", ou um amor fraternal. Ou ainda, um amor de parentesco, como se o amor de Jônatas (um cuidado de parentesco) chegasse a ser maior do que o de "mães".

Há inúmeros casos em que o amor de irmãos, o cuidado mútuo (visto e apreciado até em filmes, sem quaisquer conotações sexuais) chega a suplantar, de fato, o de sua mãe. Isto acontece, obviamente, com amizades. A Bíblia prevê amizades estreitas. Provérbios 18:24
"O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais
chegado do que um irmão
",
e é óbvio que tais amizades existem sem que, necessariamente, ache-se qualquer conotação sexual para as mesmas. Usar, portanto, a amizade entre Davi e Jônatas com com conotação à homossexualidade é, no mínimo, ver "chifres em cabeça de cavalo".


O próprio Senhor Jesus Cristo tem sido alvo de, às vezes, intensa polêmica fomentada por simpatizantes de grupos e dos direitos de GLBT´s. Por ter sido solteiro e por causa do ressurgimento das controvérsias em torno de sua pessoa, o Senhor Jesus é alvo, atualmente, de especulações que o superhumanizam, em detrimento de sua divindade claramente defendida nas Escrituras. Na verdade, a supervalorização do humano, em Cristo, deve ser entendida aqui. É uma humanização sob os valores da sociedade atual, logo, se Jesus era homem (e quanto a isso parece que há uma unanimidade), logo era um homem como qualquer outro homem, e como qualquer homem de nosso tempo. Como somos frutos deste tempo, imagina-se um Jesus que tem relações sexuais com prostitutas, é confuso, não sabe nem quem é, é homossexual, mente, e tudo isto está sendo de certa forma alimentado pelo retorno às especulações de textos gnósticos, redescobertos há algum tempo, mas cuja história é bastante conhecida da Igreja, que por sinal os aboliu há séculos. Não nos esqueçamos, portanto, que o teor destas discussões são frutos do nosso tempo. Isto é perigoso, pois tende-se a querer ver princípios bíblicos a priori, ou seja, partindo-se de idéias que surgem "aqui" e desembocam no texto sagrado, com seus contexto de milênios atrás. Assim, se Jesus era "um homem - como qualquer homem da atualidade - o que lhe impedia de ser o que qualquer homem pode ser?". O problema aqui é mais acentuado, pois vejo que há uma necessidade premente de uma cristologia que enrole menos e explique mais.
Este será o motivo de outro tema sobre o qual explanarei posteriormente em meu blog. Por hora, vejamos o que se diz heterodoxamente acerca do Jesus homossexual:

João 13:23-25: "Ora, ali estava conchegado a Jesus um dos
seus discípulos, aquele a quem ele amava; a esse fez Simão Pedro sinal,
dizendo-lhe: Pergunta a quem ele se refere. Então, aquele discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: Senhor, quem é? (o
traidor)". Gr. pessoal
.

As alegações aqui têm motivos óbvios. Primeiro, uma dica dada por aquele que a história cristã afirma sendo o próprio autor do evangelho que leva o seu nome, e um dos personagens centrais no momento da última ceia, João: "...aquele a quem ele amava". Por quê, alegam alguns, tanto exclusivismo? Jesus não amava a todos? Por que esta ênfase? O que João estava querendo dizer, anos talvez décadas posteriores ao evento registrado? Estaria ele assumindo um relacionamento homossexual que tivera, no passado, com Jesus? Bem, mais uma vez, isto é ver o que se quer ver.

Jesus era e é "Deus-homem". Como Deus é Senhor e Criador. Quem afirma isto é o próprio evangelho de João, em seu início: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.". Jo. 1:1-5. Há uma regra básica em interpretação bíblica que leva em consideração o contexto do livro no qual passagens estão inseridas. O contexto de João é claramente uma defesa da união das duas naturezas de Cristo Jesus e a realização de sua obra redentora perfeita. Logo, Jesus também nos via, a todos, como "criaturas", obras de suas mãos. Isto se coaduna com uma cristologia biblicamente sadia que, no mínimo, tenta equilibrar a pessoa de Jesus em conformidade com o que a Bíblia fala acerca de si: Alguém que tem duas naturezas (gr. physis). Por que é importante que isto seja ressaltado? Porque nunca se deve esquecer quem Jesus realmente é... durante todo o Evangelho. Assim, se João, preocupado com a denúncia de que havia um traidor no meio dos apóstolos, aterrorizado com o fato de que "poderia ser qualquer um", sabendo que estava com o Messias, alguém que dissera: "Antes de Abraão, Eu Sou" (fazendo uma alusão óbvia à pessoa de Deus em Êxodo 3, quando conversa com Moisés... mas, não somente aqui.. em várias passagens Jesus refere-se a si como Deus... e não é à toa que "João" é o único que diz isto explicitamente logo no ício de seu evangelho!!), e vendo que ele mesmo poderia ser o amaldiçoado traidor (cf. Mc. 14:21)... sua atitude, naquela exata hora, seria o reflexo de um relacionamento homossexual??.. Ou o desespero de um crente fiel? O que é mais lógico? O que se encaixa no contexto do livro de João? Mais uma vez, não há nada mais claro... É óbvio que a relação que deve ser vista é de servo-Senhor (Deus)... e não homem-homem (homossexual).... ahhhhh, a não ser que esta passagem seja verídica, e... bem.. todas as outras que falam de Jesus como Deus-homem, bem como o relato inicial de João acerca de Jesus, não!! Pensar isto é, no mínimo, um ultraje não somente às Escrituras, mas à inteligência de quem pensa. Se João e o Senhor Jesus eram gays, por causa disso, todos os que demonstraram temor, reverência, cuidado, zelo, espiritualidade nas Escrituras, seriam virtualmente "gays", o que ninguém, é claro, sequer especula.

Sabem o que penso acerca de uma visão como esta? Aquilo que tenho dito em outros meios através dos quais expresso minha opinião: Numa sociedade tão doente e paradoxal como a nossa, só estava faltando, em nome de desejos e manias humanas desprovidos da Luz que as Escrituras se referem ouvirmos o grito de "minorias indefesas" e relativistas (não tão indefesos assim..): "Usemos a lógica para assassinar a lógica, é lógico!!!"

Bem, não falta mais!

Artur Eduardo

Um comentário:

Polianna Gomes disse...

Pastor Artur, parabéns! muito sábias as suas colocações e bastante proveitoso principalmente para contra-argumentarmos com pessoas que defendem esta tese.
Que Deus abençoe a sua mente cada vez mais, pastor!
Sinceramente.... estes argumentos que os gays, lesbicas, simpatizantes e sei lá mais o que buscam, como todos os outros pecados, são para tentar justificar o que eles mesmos sabem que é abobinável aos olhos de Deus! O Senhor Deus, criador de todas as coisas, tem vontade de vomitar com o ato homosexual. Já no antigo testamento em Levítico 20.13: “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles”.

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