"Os cristãos evangélicos vêm ganhando o respeito dos membros do crime organizado nas favelas do Rio de Janeiro e estão entre os poucos que conseguem enfrentá-los, segundo afirma reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário americano The Christian Science Monitor. O jornal relata o trabalho de um grupo de evangélicos da favela da Mangueira que tenta convencer traficantes de drogas a deixarem as armas e se converterem. “O propósito do grupo não é combater o crime, mas converter o máximo de gente possível. Mais lei e ordem são comumente um subproduto”, diz a reportagem. “Nas favelas do Rio, abarrotadas de homens e mulheres às margens da sociedade, eles encontram um campo fértil.
Para gente de fora, eles são chamados de ‘os evangélicos’, e em sua maior parte as pessoas das favelas não contestam seu trabalho missionário”, afirma o jornal. Segundo a reportagem, por razões “teológicas, culturais e pessoais”, os evangélicos ganharam o respeito “dos mesmos criminosos que não pensam muito antes de matar um vizinho de longa data”. “Então, em uma cidade considerada uma das mais perigosas do mundo, que registra 6.000 assassinatos ao ano e onde a polícia e os militares são vistos, na melhor das hipóteses, com desconfiança, os pentecostais estão entre os poucos que enfrentam o crime organizado”, diz o jornal.
Censo
Uma antropóloga da Universidade do Rio de Janeiro ouvida pelo jornal comenta que o catolicismo tradicionalmente reflete a elite política nas favelas e é visto como tendo feito pouco para combater o crime, enquanto os evangélicos são vistos pela comunidade como uma entidade separada e incorruptível. “Acadêmicos que estudam o fenômeno dizem que os pentecostais conseguem entrar em áreas onde até mesmo os pesquisadores do censo não vão, não apenas porque vêm dos mesmos bairros violentos, mas porque a maioria das igrejas são entidades independentes e formadas na base, ao contrário da Igreja Católica, que é gerenciada sob estrita hierarquia que começa no Vaticano”, afirma o jornal.".
Fontes: BBC Brasil, Favela Tem Memória
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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