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domingo, 30 de março de 2008

Argumentos racionais da existência de Deus

ARGUMENTOS RACIONAIS EM PROL DA EXISTÊNCIA DE DEUS


Eis alguns argumentos clássicos em prol da existência de Deus. Os mesmos aqui aparecerão vestidos de uma forma peculiar para as discussões com os opositores da fé cristã. Ei-los:

Anselmo de Cantuária
Argumento Ontológico
O
Argumento Ontológico foi primeiramente esboçado por Agostinho, e desenvolvido por Anselmo de Cantuária (1033-1109), tido por alguns autores comoo maior filósofo do século XI”. Anselmo argumentou que "Deus é um ser a respeito de quem nada de maior pode ser concebido". Deus não poderia existir apenas no pensamento, pois, desta forma seria uma contradição. Se não, vejamos: Se Deus existe apenas no pensamento do homem, ele é verdadeiro, mas não é real, pois de fato não existe. Porém, conhecer a Deus leva-nos a pensar automaticamente na sua existência. A idéia de Deus somente tem coesão com a sua existência, o que está intimamente ligado na própria definição de Deus. Se Deus é o “ser de quem nada de maior pode ser concebido”, aquele que crê que Deus não existe poderia dizer: “Posso pensar num ser perfeito que não existe". Alguns matemáticos como Descartes, Spinoza e Leibniz trabalharam suas idéias sobre o argumento ontológico. Porém, alguns outros o criticaram, como Kant afirmando quea necessidade incondicional de um julgamento não forma a necessidade absoluta da coisa”. A história do argumento ontológico, conforme nos diz Hoover (The Philosophical Basis of Theism), tem tido uma história tempestuosa, ora sendo extremamente elogiado por uns, ora sendo criticado por outros. Esta abordagem também é conhecida como a priori, pois focaliza a causa, enquanto que os outros argumentos (Cosmológico, Teleológico) ressaltam o desígnio e são, portanto chamados de a posteriori. O quê Kant parece não ter percebido é que se alguém, cético ou ateu mesmo, diz poder pensar em um ser que é onipotente, onipresente e oniscinente, infinito, imutável etc., mas crê ou pensa que tal ser não existe, isto é o maior que se pode pensar de um ser, pois restaria a limitação da existência. Logo, um ser de quem não se pode dizer coisa alguma ´maior´, necessariamente, deve existir!!!

Argumento Cosmológico
O
Argumento Cosmológico inevitavelmente (principalmente nos dias atuais) irá relacionar-se, de uma forma ou de outra, com a ciência moderna. Há alguns anos atrás muitos, como Einstein, acreditavam que o Universo era uma entidade auto-existente e eterna. Isto foi amplamente questionado após a verificação na década de 20 de que o Universo está, de fato, se expandindo, acelerando. Ora, uma entidade auto-existente é, inerentemente, eterna. Pelo fato de o Universo não estar em repouso inercial, mas em movimento acelerado, é impossível que seja auto-existente, pois o Universo não pode ter estado eternamente se expandindo. Houve um início. Ao motivo deste início dá-se o nome de “princípio da causalidade”, ousingularidade”, no jargão acadêmico científico. Apesar de muitos filósofos e teólogos discutirem o assunto (tendo os teólogos teístas, obviamente, sempre aplicado a Deus o princípio da causalidade do Universo), de fato, não podemos discutir sobre este assunto se nos isentarmos das mais recentes descobertas científicas e das famosas especulações teóricas modernas.

A causalidade do universo pode ser explicada assim: é impossível que o universo seja a) auto-causado, pois não há adequação entre causa e efeito. Auto causar-se é uma contradição pois não há causa. O ´efeito é a causa´, o que é absurdo. b) Eterno. Um universo eterno implicaria em uma história infinita até chegar o ´hoje´, por exemplo. Mas, se chegou o ´hoje´ a história não é infinita, mas finita! Quaisquer definições para um universo com história infinita são falaciosas, pois etaremos falando de infinito finito, o que é uma contradição. Algo pode não ter fim, tendo início. Mas, não pode ter um fim sem ter início. A questão que apresentam os céticos é sobre Deus. Se tudo tem um início, Deus também tem, pois Deus teria uma história eterna, e aí supostamente depara-se com o mesmo problema de um universo eterno. Mas não é a mesma coisa: Deus é um todo. Se é um todo, para Ele não há sucessão de eventos. Deus não é infinito, mas ilimitado. Se não há limites para Deus o simples fato de tentar racionalizar suas existência o descaracteriza. A melhor forma de pensarmos sobre isto é imaginarmos que, para Deus, tudo é um eterno "agora". Assim, em sua ilimitação, Deus pode criar qualquer história. Para ele, não há sucessão de eventos. Como no ´momentum´grego, tudo para Deus acontece e é determinado em um instante indivisível de tempo, fazendo de Deus um ser fundamentalmente simples. Não há "depois" para Deus, há para nós. "Deus é luz" e, para a luz "o tempo pára".

Argumento Teleológico
Argumento do propósito. Tudo no Cosmos tem um propósito, se não, nossas vidas não teriam qualquer sentido. De fato, este argumento é subordinado dos demais. São claras as implicações metafísicas no argumento. Se a vida tem propósito, foi criada. Se foi criada, então quem criou? Bem, pelos argumentos acima, as características de um Criador transcendem a contingência para a necessidade. Um ser necesssário e inteligente surge, a posteriori. A maior evidência disto, penso eu, é o próprio raciocínio. A faculdade que temos de raciocinar sobre nós mesmos não pode ser algo puramente natural, pois o niilismo produz desespero. Não há nada na natureza que justifique o desespero da inexistência que sentimos quando pensamos em um fim. A mente humana não foi projetada para tal coisa pois, ´instintivamente´, não aceitamos que não tenhamos propósito, por menor que seja. Se a natureza ´pregou peças´ produzindo algo que voltar-se-ia contra ela mesma, então isto acontece na descrença em ordem, no mundo.

Nota sobre a existência livre do homem e o determinismo
Uma das conversas mais profícuas nos dias atuais gira em torno do livre-arbítrio. Se o univero é determinado exclusivamente por leis físico-químicas, todo ele seria determinado. Se ele é determinado, não há arbítrio. Não havendo arbítrio nós, cristãos, temos um problema (observe que não falo sob a perspectiva da teologia cristã histórica, mas sob a ótica da filosofia cristã): Este não pode ser o melhor mundo possível. Ora, sendo Deus o Senhor de todas as coisas, faria ele um mundo que não fosse o melhor possível? Você pode se perguntar: Mas, este mundo que vivemos é o melhor possível? Bem, é sim. Um mundo aonde não permitisse o pecado, por exemplo, seria um mundo impossibilitado de amar, pois amor requer arbítrio. "Amor" é o bem maior (nós todos sabemos que o "bem" é o fim último de tudo). Fazer um mundo aonde não é possível o "bem maior" é o "mal maior". Este, portanto, é o melhor mundo possível.

Alguns questionam que a soberania de Deus seria uma impossibilidade pois, sendo ele todo-poderoso e bondoso, não poderia permitir que o homem escolhesse fazer o mal. Mas, esta é a viabilidade do melhor mundo possível: A possibilidade de fazer ou não fazer, de decidir. Contudo, observe que para a Filosofia Cristã não há muito sentido em falarmos sobre planos de Deus, ou apenas presciência de Deus. Deus escolhe (porque ele é Todo-Poderoso) sabendo, e sabe (porque ele é Onisciente) decidindo. TUDO em um mesmo momento, um eterno agora, sem mudança, sem variação. O homem tinha de cair, com o arbítrio, pois se ele escolhesse não pecar, no princípio, este já seria o estado plenitude. "Pleno" significa com falta de coisa alguma. Cremos que, no céu, seremos "plenos". Ora, explica-se o porquê de a Bíblia afirmar que "Ali (na cidade santa, no céu) não haverá mais maldições - "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão.". Apocalipse 22:3. Isto é um problema sério pois, se perdermos o arbítrio, não seremos nós mesmos. Se mantivermos o arbítrio, por quê não poderemos mais pecar? Só uma coisa explica: a plenitude do amor. Saciado com água, não há quem a beba! Pecar é exercer a vontade para o que Deus abomina. Mas, por que pecar se estou pleno com o amor de Deus? O quê justificaria o exercício da vontade para o mal se o estado de graça plena é suficiente para suplantar todo o egoísmo? Note que egoísmo não é o mesmo que vontade. Este está sujeito àquele, por causa do pecado. E, se estamos subordinados ao pecado nosso arbítrio não é tão livre assim!!!

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

5 comentários:

Anônimo disse...

Ninguem pode provar que Deus existe, assim como não podemos provar a sua inexistencia. A probabilidade é igual para os dois lados, 50%. Cabe a nós escolhermos se acreditamos ou não.
Devemos aceitar a crença ou a descrença alheia. O respeito pelo ser humano e o amor ao próximo independe da existencia de Deus.
Sou Ateu e não preciso de um Deus para ter bom coração.
Se deus existe ou não, pra mim não faz diferença. A religião sim, as vezes pode ser prejudicial a humanidade e muitas vezes é, mas crer em Deus é normal. Colocamos o nome Deus em tudo o que não conseguimos explicar e comprovar. E isso já vem de longas datas. Vejam o exemplo dos indios do Brasil pré-colonial que achavam que os trovões eram o deus Tupã. Hoje sabemos que Tupã não é um Deus e sim o som dos relâmpagos.
Essa teoria de que a vida na terra seria impossivel se a Terra fosse 10 cm pra lá ou pra cá está equivocada. Estamos perto de encontrar bactérias em uma das luas de saturno e ja encontramos vida na borda de vulcões submarinos(verdadeiros infernos) o que comprova que a vida pode surgir em lugares inóspitos para os seres humanos e evoluir.
A questão da existencia divina é que se torna para mim cada vez mais improvável.
Se o universo tivesse sido criado por um Alguem , então essa criação seria perfeita. Acontece que nada é perfeito, tudo está em eterna mutação, os animais, as plantas, a Terra, as estrelas e a galáxia e o universo, ou multiversos como prefem alguns teóricos. Existem muitas teorias para explicar a existencia do cosmos mas nada foi totalmente comprovado e as improbabilidades e incertezas são muitas.
A ciência jamais teve a pretenção de afirmar com certeza alguma coisa.Todas as teorias são passiveis de correção. Essa incerteza é que torna a ciência bela. É por não acreditar simplismente que procuramos o saber. Queremos saber e não apenas acreditar. Acredito em mim mesmo e na minha capacidade de conseguir o que desejo. Acreditemos em nós mesmos e na nossa incrível capacidade de descobrir a verdade sobre a vida e sobre o cosmos.
Não podemos nos iludir e apenas aceitar a explicação do criacionismo como uma verdade absoluta, pois as verdades não são absolutas e mudam de tempos em tempos. Essa teoria do criacionismo assim como a do Bigbang não preenche todas as lacunas e não responde todas apguntas.
O caminho da evolução tem mais lógica pra mim e muito mais evidências para serem comprovadas do que o design inteligente.
Por que? Por que? E por que? essa é a resposta.

Unknown disse...

Independente de vc acreditar ou não na existência de Deus, um dia vc ficará frente a frente com essa verdade (QUE DEUS EXISTE) e se lembrará tristemente de suas teorias, erradas. Independente do que deixa de crer, um dia saberás, mas num tempo já dificil de se reconciliar. Independente do que pensas ou acreditas sobre Deus, Ele sempre será Deus.

Ivo S. G. Reis disse...

Benoh:
Se você não possui argumentos convincentes para contestar o seu colega acima, NÃO CONTESTE! Olhe só o que você disse (sem provar, é claro): " [...]um dia vc ficará frente a frente com essa verdade (QUE DEUS EXISTE) e se lembrará tristemente de suas teorias, erradas.". Que absurdo! Como você pode saber que será assim? Em que se baseou?
Os argumentos do comentarista anônimo (uma pena não ter-se identificado)) são muitíssimo mais racionais que o seu.

Anônimo disse...

SE DEUS EXISTE E É CRIADOR DO HOMEM, LOGO, O HOMEM DEVERIA HONRÁ-LO COMO DEUS!
SE DEUS NÃO EXISTE E O HOMEM É PRODUTO DE UMA EVOLUÇÃO, LOGO, O HOMEM DEVERIA SER GRATO AO ACASO EVOLUTIVO POR TER LHE TRAZIDO A EXISTÊNCIA, MESMO SEM SER ESTA A SUA INTENÇÃO.
SE EXISTE OUTRA RAZÃO PARA ESTARMOS AQUI, NO PLANETA TERRA, ALÉM DAS DUAS SUPRA CITADAS, DEVERÍAMOS DESCOBRÍ-LA, POIS NÃO TEREMOS MILHÕES DE ANOS PARA CONHECÊ-LA. E AGORA, SOMOS INTELIGENTES,RACIONAIS, PORÉM LIMITADOS E NOS AGUARDA INEVITAVELMENTE A DURA CERTEZA DA MORTE. O QUE FAZER?
ME PERDOEM, É O CAMINHO MAIS DIFÍCIL, POREM NENHUM OUTRO É TÃO SEGURO. QUAL?
CRÊ NO ÚNICO HOMEM QUE AFIRMOU SER A VIDA,JESUS! SE FORMOS HUMILDES ELE NOS SOCORRERÁ. NENHUM OUTRO HOMEM OUSOU AFIRMAR TAL SENTENÇA, POR ESTA RAZÃO ACREDITO SER ELE A ÚNICA ESPERANÇA PARA TODOS QUE DESEJAM ESCAPAR, TRIUNFAR SOBRE A MORTE. SE NEWTON DISSESSE EU SOU A VIDA É NELE QUE DEPOSITARIA MINHAS EXPECTATIVAS, POREM, SÓ JESUS AFIRMOU TAL VERDADE, COMPROVADA POR TODOS OS CORAÇÕES QUEBRANTADOS QUE O ACEITAM, E FOI VISTO VIVO POR MAIS DE QUINHENTAS PESSOAS ANTES DE SUBIR AOS CÉUS. JOÃO 3.16

Anônimo disse...

Respeito, como você disse, anônimo. Se você não crer, é só respeitar quem crer. Homens criam teorias e vários outros aceitam sem questionar, no entanto, não aceitam que outros creiam na existência de Deus.

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