A mais alta corte de apelos da Itália declarou que mulheres italianas casadas que cometem adultério podem mentir sobre a traição para proteger sua "honra".
A corte anunciou a decisão depois de ouvir um caso de uma mulher de 48 anos, acusada de dar falso testemunho à polícia ao negar que teria emprestado seu telefone celular ao amante. A mulher, chamada apenas de Carla, teria emprestado seu celular ao amante, Giovanni, que usou o aparelho para ligar para o marido de Carla, Vicenzo, e insultar o esposo da amante.
De acordo com a corte, ela não teria infringindo a lei, já que "esconder a verdade" era justificado para ocultar relações extraconjugais. A corte condenou Giovanni por comportamento abusivo e Carla por facilitar o crime.
Controvérsia
Em um país predominantemente católico, a expectativa é de que os tribunais condenem casos de mentira e adultério, mas este não foi o caso no processo de Carla. Apesar disso, a Corte de Cassação afirmou que ter um amante era uma circunstância que abalaria a honra do traidor entre amigos e familiares. Mentir sobre o adultério, no entanto, foi permitido, mesmo em uma investigação judicial. Ainda não está claro se a decisão de permitir a mentira sobre adultério em tribunal será aplicada também aos homens que mantém amantes.
A Corte de Cassação é formada em sua maioria por juizes idosos e já foi responsável por uma série de julgamentos controversos. Em um caso, a Corte decidiu que mulheres que usam calças jeans apertadas não poderiam ser vítimas de estupro, já que as calças só poderiam ser removidas com o consentimento das mulheres. A decisão foi anulada depois de protestos de grupos ativistas dos direitos da mulher.
O quê as mulheres ganharam com os "avanços feministas" na Itália?...De acordo com as publicações, passadas três décadas da aprovação das leis que legalizaram o divórcio e o aborto, consideradas marcos das conquistas femininas, as italianas parecem não se importar com o fato de que estão sendo exploradas e tratadas como simples objetos.
O assunto veio à tona depois que o jornal inglês Financial Times publicou um artigo de quatro páginas criticando duramente o tratamento reservado às mulheres na Itália: “o uso de bailarinas em todos os gêneros de programas televisivos, as peças publicitárias dominadas por alusões sexuais, o prevalecimento da mulher como objeto, destinada a excitar os órgãos genitais dos homens em vez do cérebro”.
Adrian Michaels, autor do texto, diz que o mais surpreendente é a ausência de protestos. De acordo com ele, “aparentemente, as mulheres não vêem nada de mal em terem seus corpos descobertos inutilmente para divulgar qualquer produto”.
'Fim do feminismo'
No centro da polêmica, está a campanha publicitária da companhia de telefonia celular TIM, com cartazes e outdoors espalhados por todos os cantos do país utilizando a imagem de uma famosa ex-bailarina de programa televisivo, vestindo um reduzido biquíni vermelho numa pose para lá de sensual.
Na foto, o que mais se vê são as pernas em pose sexy e os fartos seios da modelo. É preciso se esforçar para entender que o produto da venda é um celular. Um representante da TIM, que não quis se identificar, disse à BBC Brasil que o nível de erotismo na publicidade e na televisão italiana reflete a cultura do país.
De acordo com ele, quem inventa as campanhas são os publicitários. "Eles fazem pesquisas de mercado e detectam o que pode melhorar as vendas. Se o retorno é positivo, quer dizer que a maioria dos italianos está satisfeita.". "Não acredito que a televisão e a publicidade na Itália sejam melhores ou piores do que é no Brasil, na Inglaterra, ou nos Estados Unidos. Apenas mostra como é a realidade cultural italiana."
(....)Sonho
Com homens decidindo a elaboração das leis, além do acesso desigual ao mercado de trabalho, a falta de creches e o machismo imperante, grande parte das adolescentes italianas diz sonhar em trabalhar como bailarinas - velina, valletta, soubrette, showgirl, os mais diversos nomes usados na Itália para identificar as jovens que usam pouca roupa, dançam ou têm papel secundário em programas televisivos.
“Há uma grande confusão. As jovens não entendem mais a diferença entre o trabalho de uma atriz e aquele de uma valletta”, disse a atriz Francesca Reggiani em uma entrevista ao La Repubblica. “Entre seios e traseiros ao ar estamos arriscando chegar a um retrocesso cultural do país”. Na avaliação da socióloga Chiara Saraceno, o feminismo no país é uma batalha perdida. De acordo com ela, até mesmo as parlamentares e as jornalistas buscam se assemelhar às modelos e atrizes.
Mostra de ´arte gay´ italiana causa polêmica, torna-se assunto de mobilização nacional, e escarnece da religiosidade e consciência cristãs
Uma exposição sobre 'arte e homossexualidade' em cartaz em Milão, depois cancelada e exibida em Florença, causou grande polêmica na Itália. A Liga Católica Italiana Antidifamação anunciou que iria processar os organizadores do evento. A exposição chama-se 'Vade retro, arte e homossexualismo de Von Gloeden a Pierre et Gilles', em referência, com duplo sentido, à expressão em latim que significa 'vá embora' ou 'vá para trás' e apresenta cerca de 150 obras. É óbvia, também, a alusão à expressão usada para a expulsão de espíritos imundos. A fraseologia é um jogo de palavras, portanto, satírica e ligadas à religião.Além de fotografias de autores famosos, estão expostas também pinturas e esculturas. A mostra foi aberta na segunda-feira e proibida para menores de 18 anos. Com a retirada de algumas obras polêmicas, poderá agora ser vista pelo público menor de idade. Uma das obras retiradas da mostra era baseada na fotografia de Silvio Sircana, assessores do premiê Romano Prodi, que era mostrado com um travesti brasileiro. Na elaboração artística, o travesti foi substituído pela imagem de Cristo.
"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes.".
2 Carta de Paulo a Timóteo 3:1-5
Fontes: BBC Brasil, BBC (2007), Michelson Borges (foto inicial)
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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