Criança muçulmana, em protesto xiita, sobre uma bandeira americana que está sendo pisada. Ela segura (obrigada, certamente) uma pistola, apontando-a para a câmera. Fonte - Vancouver Sun (Canadá).
O governo do Irã está ensinando as crianças do país a discriminarem mulheres e minorias, a encararem não-muçulmanos com suspeita e a perpetuarem a ideologia teocrática do regime, de acordo com relatório do instituto americano Freedom House. De acordo com o estudo Discriminação e Intolerância nos Livros Escolares do Irã, preconceitos estão profundamente enraizados em livros que formam a base do currículo escolar do país.
"A discriminação e a intolerância que aparecem de maneira consistente em todos os livros escolares do Irã não são acidentais e nem esporádicas", disse Saeed Paivandi, professor de Sociologia da Universidade Paris-8 e autor do relatório. "O governo usa os livros escolares como um elemento-chave no processo de doutrinação, e os valores propagados lá determinam a forma como a próxima geração de cidadãos iranianos verá o mundo exterior", disse ele.
O relatório diz que os livros promovem o antagonismo para com o mundo não-islâmico, indicado como além de Estados Unidos e Israel, e que incluiria Europa e Rússia. Os livros escolares iranianos qualificam a ordem política do Irã como "sagrada" e advertem que críticas ao regime constituem oposição à vontade divina, na avaliação do instituto americano.
O instituto afirma que as conclusões do relatório foram baseadas na análise de 95 livros escolares de uso compulsório publicados em 2006 e 2007, nas áreas de ciências, humanidades e assuntos religiosos. A análise foi realizada por uma equipe de pessoas de língua persa, a predominante no Irã. A Freedom House diz que vem monitorando direitos políticos e liberdades civis no Irã desde 1972.".
Fonte: BBC Brasil
Enquanto isso....
O Irã tem uma alta taxa de abusos sexuais no interior da família e o número de 5.300 crianças violadas anualmente por familiares é apenas a ponta do icebergue, disse à Agência Lusa uma advogada iraniana.A Behzisti, uma organização não governamental que trabalha com órfãos e crianças pobres, regista uma média de 5.300 casos de crianças abusadas sexualmente por ano. Mas estas são apenas as queixas registadas, pois a maioria das pessoas tem medo e não fala sobre o assunto", explicou Nasrin Soutoudeh.
"Os números são difíceis de conseguir, porque o assunto é escondido pela família. É tabu", acrescentou a advogada numa entrevista no seu escritório em Teerão.
Advogada e activista dos direitos humanos no Irão, Soutoudeh trabalha com a Nobel da Paz Shirin Ebadi na Sociedade para a Protecção dos Direitos das Crianças e no Centro para a Defesa dos Direitos Humanos, além de também defender casos de forma privada.
"O abuso de crianças no interior da família é um dos problemas principais de violação dos direitos humanos no Irã, principalmente o pai que viola os filhos do sexo masculino", revelou a advogada.
Além da pressão social, a mulher que tenta denunciar o crime cometido pelo seu marido também enfrenta o peso da justiça, porque não só os tribunais favorecem quase sempre a versão masculina da história, como a mulher pode acabar por ser processada pelo marido.
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"Desde que o sr. Ahmadinejad se tornou Presidente do Irã, a pressão sobre as organizações não governamentais aumentou. O Ministério do Interior passou a obrigar as ONG a registarem-se para poderem exercer a sua actividade e a publicar os nomes dos membros da sua direcção num jornal oficial", denunciou Soutoudeh.
A advogada garante que "a pressão está a aumentar", embora prefira "não falar mais sobre o assunto".
"Não confiamos nem nos nossos telemóveis", acrescentou, enquanto retirava o seu aparelho da sala onde decorria a entrevista.".
Fonte: Rádio e Televisão Portugal
NOTA: Este é o Irã que o fundamentalismo islâmico quer esconder do Ocidente. Os "críticos" dos direitos civis do Ocidente, que reclamam tanto da "falta de (abuso) de direitos" dos países ocidentais, e vivem supervalorizando as ideologias esquerdistas orientais e/ou islâmicas, deveriam mudar-se para lá, pois pelo que dizem, é uma maravilha! O quê o Irã e o resto do mundo islâmico precisam é de uma abertura ao diálogo sincera e sem reservas, com cristãos sérios, para que as divergências doutrinárias sejam postas sob a ótica de uma discussão religiosa sadia, ou seja, livre do fundamentalismo. Nunca o Ocidente irá se aproximar do Oriente muçulmano apenas por processos geopolíticos. Negligenciar a força da religiosidade islâmica (que, repito, não se limita ao fundamentalismo) é como querer atravessar o Canal da Mancha em cima de uma banheira. Enquanto houver este tipo de negligência, amplificada no lado oriental pelos agentes do fundamentalismo, apenas acentuar-se-ão as diferenças.
Sura 5,44 - "Nós (Deus) revelamos o Tora, onde está a orientação e a luz..."Sura 5,46 - "Nós enviamos Jesus... confirmando que o que foi revelado antes deles no Tora, e Nós lhe outorgamos os Evangelhos nos quais está a orientação e a luz..."
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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