
Segundo um comunicado conjunto, tanto o presidente americano quanto o Papa manifestaram durante a reunião "sua total rejeição ao terrorismo e à manipulação da religião para justificar atos imorais e violentos contra inocentes".
Bento XVI e Bush também lembraram a "necessidade de o terrorismo ser combatido com meios apropriados que respeitem o ser humano e seus direitos".
O presidente americano já havia tecido comentários sobre o tema durante seu discurso de boas-vindas ao Papa, quando afirmou que "em um mundo onde o nome de Deus é invocado para justificar atos de terrorismo, de morte e de ódio", se faz necessária a mensagem lançada pelo pontífice em "Deus é amor", título de sua primeira encíclica.
"Acolher esse amor é a maneira mais segura de salvar os homens de serem presas das doutrinas do fanatismo e do terrorismo", afirmou Bush. O chefe de Estado dos EUA prosseguiu ao dizer que, "em um mundo onde alguns já não acham que seja possível distinguir entre o bem e o mal", é necessária a mensagem do papa de "rejeição a essa ditadura do relativismo, para abraçar uma cultura da justiça e da verdade".
Joseph Ratzinger, por sua vez, fez um discurso no qual elogiou os EUA por terem conseguido criar um Estado com forte presença dos valores religiosos e onde também se defende a liberdade de culto.
Bush concordou com o pontífice ao declarar que "a fé e a razão coexistem" nos EUA, ao mesmo tempo em que destacou os esforços do país por erradicar doenças, aliviar a pobreza e promover a paz em "lugares imersos na escuridão da tirania e da desesperança".
Bento XVI também louvou a "generosidade" demonstrada pelos EUA no momento de ajudar a família. Segundo o Papa, o país sempre se mostrou "generoso ao sair ao encontro das necessidades humanas imediatas, promovendo o desenvolvimento e oferecendo alívio às vítimas das catástrofes naturais".
Além disso, o pontífice comunicou sua "esperança de que essa preocupação com a grande família humana continue se manifestando com o paciente apoio da diplomacia internacional, orientado a solucionar conflitos e a promover o progresso".
"Desta forma, as gerações futuras poderão viver em um mundo no qual floresça a verdade, a liberdade, a justiça. Um mundo onde a dignidade e os direitos dados por Deus a cada homem, mulher e criança, sejam levados em consideração, protegidos e promovidos eficazmente", acrescentou Ratzinger.
A guerra do Iraque foi outro assunto discutido entre Bento XVI e Bush. Ambos expressaram sua "comum preocupação" com a violência no país árabe e, em particular, "com a precariedade na qual vivem os cristãos".
Em 2003, o Vaticano se opôs à invasão do Iraque, mas sua atual posição está orientada para a necessidade de uma presença militar no país, com o objetivo de dar estabilidade e proteger as minorias cristãs locais.
Após a reunião com Bush, o papa celebrou seu aniversário de 81 anos com um almoço privado na Nunciatura Apostólica americana, do qual participaram cardeais do país.
Hoje à tarde, o Papa deve realizar uma celebração com os bispos americanos, no que será a primeira ocasião em que abordará com eles o escândalo de pedofilia entre sacerdotes dos EUA.
Fonte: Terra Notícias
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário