Os dois pré-candidatos democratas à Casa Branca, Hillary Clinton e Barack Obama, se disseram favoráveis ao direito ao aborto, em um debate sobre religião e política realizado no domingo na Pensilvânia, palco da próxima votação primária de peso nas eleições americanas. Ambos os candidatos, que se definiram como cristãos, foram questionados separadamente no fórum promovido pelo Messiah College, em Harrisburg, transmitido nacionalmente pela rede de TV CNN. "Acredito que o potencial para a vida se inicia na concepção", disse a senadora Hillary Clinton, respondendo se acreditava ou não que a vida se iniciava na gravidez. "Mas, para mim, não se trata apenas da vida em potencial, mas também da vida de outras pessoas envolvidas."
Para Hillary, os indivíduos devem ter direito de tomar a "decisão profunda" de optar por encerrar a gravidez. Ela disse que o procedimento deve ser "seguro" e "permanecer legal", ainda que praticado poucas vezes. Já Obama defendeu que o aborto é "responsabilidade das mulheres" à interrupção da gravidez. Mas acrescentou que os que se opõem à prática "devem continuar a poder objetar legalmente e tentar mudar a lei".
Obama disse que não saberia responder à questão sobre se a vida começava na concepção. "Isto é algo sobre o qual nunca cheguei a uma conclusão firme, acho. Não tenho a pretensão de saber a resposta para essa questão", ele disse. "O que sei é que há algo de extraordinariamente poderoso no potencial para a vida, e que há um peso moral que temos de considerar ao ter esses debates."
Voto religioso
Os candidatos responderam a perguntas de um público formado por líderes de diversas religiões, que quiseram saber suas opiniões a respeito de aborto, eutanásia, Aids e a presença de Deus na vida dos candidatos. Tanto Hillary quanto Obama cortejam o voto de americanos religiosos, cada vez mais influentes na política dos Estados Unidos.
Obama lidera numericamente a corrida à indicação presidencial até aqui. A última contagem, realizada pela agência Associated Press, dá a Obama 1.638 delegados conquistados nas primárias, contra 1.502 de Hillary. O pré-candidato quer consolidar essa liderança com uma vitória na Pensilvânia antes da convenção do Partido Democrata, em agosto.
Hillary aproveitou o debate para criticar a "escorregada" de Obama, que na semana passada afirmou que a atual crise financeira americana vem levando moradores de cidades pequenas da Pensilvânia a se tornarem pessoas "'amargas'", apegadas à religião e às armas.
A rival de Obama disse que o comentário do senador foi "elitista" e "insensato". Obama já havia pedido desculpas por causar qualquer ofensa com suas palavras e dito que não se expressou "tão bem quanto deveria". O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, não aceitou participar do debate.
Fonte: BBC Brasil
NOTA: Pelas respostas e recentes acontecimentos em torno da corrida presidencial americana, podemos observar que o liberalismo do ´desmistificado´ Obama e da ´pós-moderna´ Hillary será levado às últimas consequências. Estas palavras de ´direito à vida´e opinião não significam, de fato, coisa alguma. Obama, que aqui e acolá tem sofrido revezes, continua o preferido dos democradas.... e de muitos, aqui na América Latina. O misticismo em torno de Barack Hussein Obama é fruto, penso, mais de ignorância e desleixo por assuntos globais do que de preferência pessoal. Com um desconhecimento incrível das ´raízes´e posicionamentos passados de todos os candidatos, os expectadores (a maioria), de muitos países sob a influência direta dos EUA vivem uma triste mistura de ilusão e deformação da realidade, com a imagem de uma ´direita maligna´ e uma social-democracia amena, a ´solução às vistas, para todo o mundo´! Não é bem assim. O Pastor de Obama, Jeremiah Wright, de quem o candidato (já comprovadamente desmentido) afirmou não saber o teor de seus maiores e mais insidiosos ´sermões´, mesmo após 20 anos de convivência direta com aquele, está mundialmente conhecido por sugerir, por exemplo, a troca da expressão "God bless America" (Deus abençoe a América), por "God damn América" (Deus amaldiçoe a América), por causa de seu racismo com os brancos, seu anti-semitismo e o apoio escrachado a líderes árabes na África e no Oriente Médio. Bem, se tudo é tão bom nestes lugares, por que o referido Pastor não se muda para lá, e faz, de lá, sua base para a crítica à ´amaldiçoada América´. Sabe por quê? Porque ele pode dizer o que quiser, e ainda ter apoio (mesmo que isto repercuta mais mal do que bem) na América, um país que, em nome da liberdade, está criando peçonhas que o destruirão! Se a América der outro duro golpe em seu passado histórico de fé e convicção nos preceitos realmente cristãos, que foram o PRINCIPAL MOTIVO DE SUA ORGANIZAÇÃO, COMPETÊNCIA, DESENVOLVIMENTO E CONSEQUENTEMENTE HEGEMONIA MUNDIAL, estará fadada à ruína, não de ´fora para dentro´, mas de ´dentro para fora´!!
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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