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domingo, 1 de junho de 2008

A arte de "informar desinformando"

UMA REPORTAGEM DE REINALDO JOSÉ LOPES, DO "G1" DA GLOBO, PARCIAL, PSEUDO-CIENTÍFICA, PRETENSIOSA E QUE OMITE UM SEM NÚMERO DE PONTOS DISCORDANTES É VEICULADA... E TEM UMA RESPOSTA DESTE BLOG


OBS.: Como o artigo mistura ficção e realidade, sem fazer uma nítida divisão dos dois, o quê confunde grande parte de quem está lendo, colocamos as respostas às principais colocações mais problemáticas do referido artigo em negrito-itálico vermelho.


Os mais cínicos entre os antropólogos costumam dizer que “mitologia” é só o nome que a gente gosta de dar para a religião dos outros. De forma ironicamente parecida, nossa espécie às vezes parece achar que evolução é um troço que acontece com as outras espécies, não conosco. OK, podemos ter sido primatas peludos e quadrúpedes antigamente, mas agora já somos Homo sapiens crescidinhos, chegamos ao topo da Grande Cadeia do Ser e não precisamos mais desse método tosco envolvendo mutações e seleção natural. Já inventamos a cultura, que faz o mesmo serviço de modo muito mais limpinho.

E se essa visão “estacionária” sobre a evolução humana estivesse tão errada a ponto de ser quase ridícula? E se, na verdade, estivéssemos passando por uma explosão evolutiva sem precedentes, com transformações biológicas (e não apenas culturais) que chegam a ser cem vezes mais rápidas nos últimos milênios do que foram nos 6 milhões de anos anteriores de história humana? (A visão "estacionária", na verdade, não se encaixa com alguns padrões observados na genética, uma ciência moderna. O problema é o estudo da genética).

Mesmo entre os cientistas, a idéia acima não tem nada de ortodoxa. O consenso (ou a coisa mais parecida com ele que consegue subsistir numa área tão controversa quanto a evolução humana) é que, há pelo menos uns 40 mil anos, nossos ancestrais adquiriram essencialmente as mesmas características mentais e físicas que nós. [sic]

A data está ligada a uma série de “impressões digitais” do comportamento humano moderno que só então aparecem com força no registro arqueológico: arte (pintura e escultura) de altíssima qualidade, o que implica uma mente capaz de lidar com símbolos; roupas costuradas; ferramentas sofisticadas, montadas com muitas peças feitas de materiais variados; caça sistemática e planejada a animais de grande porte. (Observe: O que o autor "se esqueceu" de mencionar foi o fato de que tais "impressões" (deixadas as discussões sobre datas de fora, por hora) mostram as ferramentas prontas, exisitindo como se ao homem fosse lhe dada inteligência "de repente". Os cientistas, na verdade, sabem disso. Cada vez mais os achados arqueológicos têm dissolvido idéias dogmáticas sobre a chamada evolução humana, sem quaisquer explicações científicas. A exceção é a explicação bíblica. Exemplo: No livro "Forbiden Archeology" (com mais de 1.000 páginas), os autores mostram como as datações dos arquólogos não se encaixam com uma quantidade gigantesca de evidências de pesquisas de campo, o que é simplesmente negligenciado, silenciado pela dogmática comunidade científica que (confessadamente) tem um comprometimento "a priori" com a filosofia naturalisa.)

Juntando tudo isso com o que sugerem os fósseis, seria possível afirmar que esses antigos Homo sapiens teriam poucas dificuldades para viver na Grande São Paulo de hoje. No máximo, seriam mais vulneráveis a gripes, resfriados e outras doenças que começaram a atacar nossa espécie quando passamos a viver em grandes aglomerações.

Sinal verde?
Algumas notas dissonantes nesse quadro simples já vinham sendo emitidas, aos pouquinhos, pela genômica, o ramo da biologia que se debruça sobre a seqüência de “letras” químicas do DNA. Depois de “soletrar” o genoma humano e o de nosso parente vivo mais próximo, o chimpanzé, os especialistas detectaram, com a ajuda de métodos estatísticos, “assinaturas” de seleção natural recente – alterações exclusivas do DNA humano cuja freqüência parece ter aumentado muito há relativamente pouco tempo.

A coisa estava mais ou menos nesse patamar quando um quinteto de pesquisadores americanos enfiou o pé na porta de vez. O trabalho dos cinco foi publicado em dezembro do ano passado na revista científica “PNAS” e ainda está causando controvérsia ao propor que, nos últimos 10 mil anos, a evolução humana passou a acontecer cerca de cem vezes mais rápido. A pesquisa é especialmente suculenta porque eles partem de um pressuposto teórico quase inatacável: nossa população cresceu tanto, com tanta rapidez e em tantos ambientes diferentes, que a evolução acelerada seria inevitável.

Considere comigo o raciocínio, nobre leitor. As mutações – transformações aleatórias nas “letras” do DNA – são a matéria-prima da evolução. A imensa maioria delas é prejudicial (causando doenças de origem genética) ou neutra (não tendo efeito sobre as proteínas cujo código está contido no DNA e que comandam o organismo). Um número minúsculo de mutações, no entanto, pode ser vantajoso, possibilitando que alguns indivíduos sobrevivam e se reproduzam de forma mais eficiente que os demais.

Ora, quanto mais indivíduos existem, mais matéria-prima evolutiva há, já que temos mais cópias de DNA de uma espécie prontas a sofrerem mutações. Acontece que o Homo sapiens passou por um aumento desproporcionalmente alto de matéria-prima: talvez houvesse apenas uns 10 mil de nós algumas dezenas de milhares de anos atrás, enquanto hoje somos mais de 6 bilhões – ou seja, um crescimento populacional de 600 mil vezes. É de deixar qualquer um zonzo. (Veja como, segundo alguns, estes tipos de afirmações que "informam desinformando", tão peculiares da Globo em diversos assuntos que são e que lhe não são apropriados, causam estrago em mentes incaltas: O simples fato de termos "crescido muito" é o suficiente (segundo o autor) para chegarmos à "conclusão" de que temos um escopo que nos permita criar uma Teoria (com efeito de "Lei", em ciência)!! Isto sim nos deveria deixar "zonzos". O que faltou ao meticuloso autor deste artigo mencionar foi o seguinte: A sociedade não vem crescendo aritmeticamente, mas exponencialmente (Os números são em milhares de milhares - ex. em 1 Anno Dommini, éramos 300.000.000, trezentos milhões, segundo a pesquisa):

Ano Mundo África Ásia Europa América Latina América do Norte* Oceania
1 AD 300 000




1000 310 000





1750 791 000 106 000 502 000 163 000 16 000 2 000 2 000
1800 978 000 107 000 635 000 203 000 24 000 7 000 2 000
1850 1 262 000 111 000 809 000 276 000 38 000 26 000 2 000
1900 1 650 000 133 000 947 000 408 000 74 000 82 000 6 000
1950 2 518 629 221 214 1 398 488 547 403 167 097 171 616 12 812
1955 2 755 823 246 746 1 541 947 575 184 190 797 186 884 14 265
1960 3 021 475 277 398 1 701 336 604 401 218 300 204 152 15 888
1965 3 334 874 313 744 1 899 424 634 026 250 452 219 570 17 657
1970 3 692 492 357 283 2 143 118 655 855 284 856 231 937 19 443
1975 4 068 109 408 160 2 397 512 675 542 321 906 243 425 21 564
1980 4 434 682 469 618 2 632 335 692 431 361 401 256 068 22 828
1985 4 830 979 541 814 2 887 552 706 009 401 469 269 456 24 678
1990 5 263 593 622 443 3 167 807 721 582 441 525 283 549 26 687
1995 5 674 380 707 462 3 430 052 727 405 481 099 299 438 28 924
2000 6 070 581 795 671 3 679 737 727 986 520 229 315 915 31 043
2005 6 453 628 887 964 3 917 508 724 722 558 281 332 156 32 998

Fontes: ESA ONU, Global Change

Observe que, do ano 1 a 1900 (em 19 séculos) houve um aumento de pouco mais de 400% da população mundial. De 1900 a 2005, houve um crescimento de praticamente 300% da população, e isto em 105 anos!! Contudo, a retórica do artigo aponta para um crescimento acelerado desde a existência do homo sapiens: "a linha contínua" do crescimento populacional seria a base para estas transformações (mutações) tão extraordinárias, apontadas pelo autor do artigo, mas os números o contradizem. Só estamos experimentando um crescimento verdadeiramente explosivo de cem anos para cá. Em suma, esta teoria não encontra apoio nos números: Na maior parte da história da raça humana o seu crescimento NÃO foi tão acelerado assim e, o curtíssimo período de tempo em que a densidade demográfica foi realmente explosiva é completamente inexpressivo ao fundamento teórico do autor do artigo. Além do quê, não sabemos, até agora, quais foram estas "mutações fantásticas" que auxiliaram o homem a evoluir... O quê sabemos é que o homem tinha e tem inteligência, e isto é sim a causa de sua adaptabilidade. O homem de 4.000 anos atrás é idêntico ao homem de hoje, só que em menor número.).

Novos nichos

A matéria-prima, por si só, não é tudo. As mutações “precisam” (metaforicamente, claro) de ambientes onde atuar, e os últimos milhares de anos foram pródigos em nos oferecer todo tipo de novo desafio ambiental. Para começar, saímos da África – provável origem da maior parte do material genético humano moderno – e colonizamos literalmente todas as regiões da Terra, da floresta equatorial amazônica à Groenlândia. Trocamos uma mistura ultravariada de frutas, sementes, raízes, mel, um pouco de peixe e carne de caça pelas dietas padronizadas de cereais e carnes dos povos “civilizados”. E, talvez mais importante ainda, nossas sociedades mudaram profundamente.

“Uma das maiores mudanças pelas quais a maioria dos humanos passou foi a transformação de uma estrutura social de caçadores-coletores numa sociedade agrícola há 10 mil anos”, explicou-me Robert K. Moyzis, geneticista da Universidade da Califórnia em Irvine e um dos autores do estudo na “PNAS”.

“Muitas alterações vieram daí, algumas das quais documentadas em esqueletos – passamos a ser atacados por doenças modernas. Mas não é só isso. A maioria das sociedades de caçadores-coletores exibe interações sociais limitadas entre os diferentes grupos familiares, nenhuma acumulação de riquezas e reações diferentes das nossas ao estresse – normalmente eles simplesmente viram as costas e vão embora”, diz Moyzis.

“Quando surgiram comunidades grandes e estáveis, ou seja, cidades, tudo isso mudou. As interações freqüentes entre membros de família diferentes aumentaram, o acúmulo de riquezas na mesma geração e entre gerações diferentes se tornou possível e os altos níveis de estresse não podiam mais ser resolvidos simplesmente indo embora. Acho muito provável que o novo nicho ecológico ocupado pelos seres humanos é a nossa própria cultura”, afirma. (Ok, ok.... desenvolvimento sócio-cultural NÃO é, em hipótese alguma, sinônimo de qualquer espécie de evolucionismo. Por que, afinal, estariam intrinsecamente associados? Quem disse? Quem prova? A sociedade base da pesquisa é a própria sociedade humana! Estes dados não pode usar O SUJEITO DA ARGUMENTAÇÃO PARA PROVAR A PRÓPRIA ARGUMENTAÇÃO. Aqui há uma sutil e perigosíssima petição de princípio: Estipula-se uma tese que se quer comprovar, e depois usa-se a própria tese para provar a si mesma. Não há modelos referenciais FORA DA RAÇA HUMANA para se provar o que se diz, ao contrário: Todos os agrupamentos de famílias de espécies animais têm os mesmos hábitos que tinham desde que as conhecemos. Os leões continuam com os mesmos hábitos, os equinos, os bovinos, os canídeos etc. ).

Impressões digitais
OK, Bob. Faz todo o sentido no papel. E nos genes? O que o genoma humano diz sobre isso tudo? É aí que a coisa começa a ficar interessante. Moyzis e companhia puderam analisar um dos mais completos mapas da diversidade genética humana, o HapMap. Todos os membros da nossa espécie são bastante parecidos geneticamente, mas nosso DNA está salpicado de variações minúsculas, correspondentes à troca de uma única “letra” de DNA. (Caso você tenha tirado um cochilo nas aulas de biologia, essas letras são conhecidas como C, T, G e A.) Tais variantes, ou SNPs (pronuncia-se “snips”; ótimo nome pra cachorros), chegam a quase 4 milhões na contagem feita pelo pessoal do HapMap.

A troca de uma única letra, ou seja, um único SNP, é suficiente para inutilizar um gene inteiro ou alterar a proteína codificada por ele. Conforme documentado pela equipe do HapMap, os SNPs variam entre as populações humanas (no projeto foram estudados europeus, africanos da etnia iorubá, chineses e japoneses), e essa variação parece estar associada à adaptação de cada povo às condições do local onde vive. (Isto, há muito, é conhecido como "microevolução". Estas alterações não são suficientes para produzirem "novas espécies", como asseveram os cientistas evolucionistas. Adaptações sempre houve, e sempre haverá. Observe a cor da pele, por exemplo. Nós sabemos que existem diferenças entre os homens, desde que somos homens. Estudou-se muito a presença da melanina na pigmentação da pele de povos africanos, por exemplo. É óbvio que as condições climáticas favoreceram o surgimento de peles com alto nível de melanina, bem como as demais características dos povos em suas regiões características. Observem os caucasianos do norte da Europa. Não têm uma quantidade expressiva de melanina no corpo, pois vivem em áreas nas quais não precisam se proteger do sol ou calor, mas do frio intenso. Suas peles são claras, os narizes mais compridos (para poderem melhor canalizar o ar quente que tende a subir, ao contrário do frio, pois o suprimento de ar quente para os mesmos é crucial, principalmente nas regiões de altitudes elevadas), são altos etc. Contudo, após milhares de anos de separação geográfica entre os povos, observe que nao surgiu "uma espécie nova de homo sapiens", que sobreviva exclusivamente àquele ambiente no qual foi encontrada - o que se observa com alguns animais. Um aborígene australiano - o que tem uma maior ´separação genética´ dos demais seres humanos, sobreviveria em quaisquer ambientes nos quais fosse inserido, porque as populações não têm uma diferenciação genética substancial. Mesmo, repito, que tenham havido separações geográficas de milhares de anos. Com o projeto Genoma, por exemplo, caiu o conceito de "raças", em relação à humanidade!!).

Mas como saber se essa variabilidade é recente, ou que ela aumentou só de uns tempos para cá? O quinteto americano usou um truque especial para tentar verificar isso. Para entendê-lo, é importante lembrar que os seus genes nunca ficam “sentados” no mesmo lugar durante muito tempo. De geração em geração, quando produzimos espermatozóides ou óvulos, o DNA que recebemos do nosso pai e da nossa mãe passa pela chamada recombinação, sendo misturado e só então repassado aos nossos filhos.

Lembre-se de que todos temos duas cópias do nosso material genético, distribuídas em pares de cromossomos, as estruturas enoveladas que guardam o DNA. Só passamos metade disso para os nossos filhos – do contrário, eles teriam o dobro dos nossos genes. Ora, essa divisão nunca pára de acontecer: nossos netos têm um quarto do nosso DNA, nossos netos apenas um oitavo, e por aí vai. As sucessivas picotagens e recombinações significam que dois genes (ou trechos menores de DNA) que hoje aparecem num único bloco dos seus cromossomos vão estar separados no futuro distante. Quanto mais próximos os genes – ou os SNPs, que é o que nos interessa aqui – mais tempo isso demora para acontecer.

E esse é o pulo do gato. Em cada população, os pesquisadores foram em busca de blocos relativamente grandes de DNA, que incluíam vários SNPs de uma vez só e tinham freqüência alta – acima de 20% num dado grupo. O fato de o bloco ser comum indicaria, primeiro, que provavelmente ele está sendo favorecido pela seleção natural (do contrário, deveria ser raro); e o fato de aparecer inteiraço, sem ser “quebrado” pela recombinação, indica que o grupo de SNPs se espalhou tão rápido pela população que não deu tempo de a recombinação fatiá-lo em pedaços menores. (É claro! Isto está sendo verificado hoje, com populações atuais. E seria assim, com as antigas. Portanto, só há DUAS explicações: Ou está acontecendo um evento raríssimo dentro de outro evento raríssimo: uma preservação de SNP´s dentro do processo evolucionário.... OU tais processos (um raríssimo dentro de outro) só existem nas mentes daqueles que querem ver assim!!! Se o homem, e quaisquer outras espécies, não foram PROJETADAS originalmente para virarem espécies diferentes (isto é "possível" somente com a manipulação genética, e esta engenharia, observe, nada tem a ver com evolucionismo... é intervenção inteligente!!!), então esta característica se dá porque o homem foi PROJETADO ASSIM. É óbvio que a adaptabilidade do homem está ligado às suas característica genéticas. Mas, porque não se pode imaginar, em momento algum, num "Projeto". Por que é mais fácil acreditar em mirabolismos estatísticos que apontam, inevitalmente, para a impossibilidade??).

Números de estontear
Aplicado esse critério, os números que brotaram são de deixar qualquer um baqueado. Os pesquisadores dizem ter encontrado uma “assinatura” de seleção natural em nada menos que 3.000 SNPs de cada uma das populações estudadas pelo HapMap. O próximo passo foi usar um modelo matemático para estimar quando as variantes que estão sendo favorecidas pela seleção natural teriam tido um pico em seu surgimento. O veredicto: cerca de 8.000 anos atrás para as populações africanas e pouco mais de 5.000 anos atrás para as populações européias. Para os pesquisadores, os dados casam com o aumento da população africana no fim da Era do Gelo e com a chegada da agropecuária à Europa, que também deflagrou uma explosão populacional das grandes. Nas palavras nem um pouco moderadas de John Hawks, antropólogo da Universidade de Wisconsin e co-autor do estudo, “nós somos mais diferentes das pessoas que viviam há 5.000 anos do que eles eram diferentes dos neandertais”. (Aonde estão as provas desta "assinatura" extraordinária, que indica o que foi afirmado? Outra: Como se sabe tão bem como aquelas pessoas (de 5.000 anos atrás) eram mais parecidas com os Neandertais, se não se têm quaisquer materiais genéticos dos neandertais - infere-se toda uma história sócio-cultural desta suposta raça hominídea a partir de anatoma comparada, nada mais!!!).

Alguns dos genes de que estamos falando podem ser diretamente flagrados no registro fóssil. A maioria das pessoas da Europa Ocidental moderna, por exemplo, não tem problemas para digerir leite mesmo durante a vida adulta. No entanto, a “condição ancestral” humana (ou seja, o que parece ser a forma original do nosso metabolismo nesse quesito) é só digerir leite durante os primeiros anos da infância; afinal, caçadores-coletores não criam vacas holandesas. Acontece que o DNA de europeus que tinham “acabado de começar” a ter rebanhos leiteiros, há uns 5.000 anos, não contém a nova versão do gene ligado à digestão do leite. Tudo indica que foi o novo modo de vida o responsável por favorecer o espalhamento do gene “bebezão” na Europa Ocidental durante os últimos milhares de anos. (Desculpe-me, mas, isto aqui deveria estar na sessão "Planeta Bizarro", do "G1"....kkkkkk.... Se pegarmos índios que vivem em tribos isoladas, HOJE, eles não terão defesa imunológica para uma série de doenças com as quais estamos acostumados.... Isto faz deles "menos humanos do nós somos"???... O seu sistema imunológico é vitualmente diferente do nosso. "Gene para a o processamento de leite"???.. Há um sem número de explicações para isto... Ora, faça-me o favor!...).

Outros exemplos podem ser encontrados, como a resistência à malária no Mediterrâneo e na África, a facilidade de digerir grandes quantidades de amido (ideal para dietas à base de trigo ou milho, como as nossas) e até os tipos físicos de asiáticos e europeus, que parecem ser modificações do padrão ancestral africano. (Sim, senhores racistas, seus ancestrais quase certamente eram retintos.)

Dito desse jeito, os exemplos não parecem lá muito emocionantes. Aparência, resistência a doenças e capacidade digestiva não casam muito bem com a idéia que as pessoas fazem de uma explosão evolutiva. Mas os pesquisadores apostam que as nossas características comportamentais e mentais também podem ter mudado um bocado. (E aqui adentramos para a maior armadilha do evolucionismo da atualidade: A psicologia-evolucionista... Que será, sem dúvida, o calcanhar de Aquiles desta teoria!....).

Está tudo na cabeça?
“Sabemos que uma variante do gene do receptor D4 de dopamina [um mensageiro químico do cérebro] está sob forte seleção positiva. Ele está associado com hiperatividade infantil, desejo de correr riscos entre adultos, uma tendência a ser um tanto egoísta e uma vida sexual mais ativa. Meu palpite é que ele andou sendo favorecido em sociedades onde há muita guerra e pouco investimento dos homens na criação dos filhos”, contou-me Henry Harpending, co-autor do estudo, que trabalha na Universidade de Utah.

Moyzis segue a mesma linha de raciocínio. “Dos cerca de cem genes clássicos ligados aos neurotransmissores [nome dado aos mensageiros químicos cerebrais], 40% exibem evidências de seleção recente, muito mais do que esperaríamos ao acaso. Muitos estão sabidamente relacionados a variações de humor, excitabilidade geral etc. Será que não domesticamos a nós mesmos para que conseguíssemos viver em comunidades altamente densas, coisa que nunca tínhamos feito antes?”. (Esta pergunta é "científica"?? A dopamina está presente hoje, em atividade, como sempre esteve!! Não há qualquer tipo de sinal de um "desuso" da mesma, até porque precisaria-se de exemplares de homens antigos, com seus respectivos níveis de dopamina para que se levasse a sério declarações como estas. Isto é a prova máxima de que nem tudo o que "acha" ou o que um cientista diz é necessariamente científico. Pode ficar com seu "palpite"!..).

Com uma população tão grande como a nossa, e com desafios tão gigantescos como as mudanças culturais e sociais que vêm por aí ou já estão ocorrendo, os pesquisadores dizem não acreditar que a força dessa onda evolutiva vá arrefecer.

“A medicina certamente vai diminuir a ação da seleção natural causada por doenças, mas um monte de outras coisas importantes está acontecendo. Por exemplo, com a facilidade de acesso aos anticoncepcionais, apenas as mulheres que realmente querem filhos vão se reproduzir. Antigamente, as coisas aconteciam ao acaso. Em muitas sociedades, não é mais necessário que uma mulher tenha um parceiro confiável, que a ajude a criar os filhos, de forma que os machos ‘aproveitadores’ provavelmente estão sendo favorecidos pela seleção natural”, diz Harpending.

“Além disso, a minha impressão é que estamos vendo muito mais problemas mentais, especialmente entre os jovens. O suicídio de adolescentes não é uma causa trivial de morte nos Estados Unidos. Também temos muito mais asma por aí do que eu via quando criança. Não acho que tenhamos uma boa idéia do efeito líquido de todas essas coisas na nossa evolução”, disse-me ele. (Vou dizer porque creio que estão havendo mais problemas físicos e psiquiátricos: Poluição e má alimentação. O dcomentário "A Última Hora", produzido por Leonardo DiCaprio, que apresenta inúmeras considerações evolucionistas durante todo o filme, não mostra o crescimento do número de asmáticos como tendo "causas evolucionistas". O filme é claro em afirmar que este almento real está se dando por causa do ar que respiramos!! Milhões de toneladas de agentes químicos nocivos estão sendo despejados anualmente, na atmosfera, desde os primeiros anos da revolução industrial européia e americana. Estamos observando mudanças drásticas em nosso clima que interferem em nosso modo de vida, e isto em grande parte é nossa própria culpa. Aqui, não há nada de evolutivo... há de destrutivo! Aliado a isto vivemos em uma sociedade mais vazia, superficialista. As pessoas têm se refugiado na Internet, pois os aglomerados humanos têm desenvolvido uma característica peculiar: a insegurança. Isto gera níveis de comportamento social diferentes do que víamos no passado. Contudo, somos seres sociáveis. A segregação social, a insegurança, a frivolidade dos relacionamentos humanos têm gerado indiferenças, apatias, e uma série de sociopatias. Frustração, estresse, depressão, síndrome do pânico são cada vez mais comuns, e é óbvio que em um ambiente assim nós veremos muitos suicídios. O que estamos precisando é PARAR, refletir sobre os rumos que temos tomado, o materialismo que nos corrói, a incredulidade, a indiferença que tomaram conta de nossa sociedade... e voltarmo-nos para Deus, que tem todas as respostas que estamos procurando).

Adeus, cabeçudos
É natural que sintamos um misto de perplexidade e arrepio na espinha ao pensar em tudo isso. A única certeza é que não podemos ter certeza de nada. É claro que mais testes e métodos mais refinados são necessários para confirmar que a evolução humana está em ritmo de trem-bala. Marcelo Nóbrega, pesquisador da Universidade de Chicago e um dos principais geneticistas brasileiros, alertou-me, em conversa por e-mail, que outros trabalhos obtiveram estimativas vastamente diferentes para a evolução recente de genes humanos.

De qualquer maneira, a idéia simplista e um tanto ridícula de que nosso futuro evolutivo resumir-se-ia a um bando de baixinhos cabeçudos com braços e pernas atrofiados não chega nem perto de fazer jus à complexidade das forças que liberamos sobre nossos corpos e mentes ao criar, inconscientemente, o que chamamos de civilização.

Podemos tentar à exaustão, mas o laço que nos prende à maneira como funcionam todas as formas de vida na espiral do tempo não vai se esgarçar tão fácil. Para o bem e para o mal, vamos continuar evoluindo. (Ou "involuindo"...).

Fonte: G1

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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