O motoqueiro José Cleber, 55, atingido na coxa por bala perdida, no Rio.
Voluntários da Cruz Vermelha vão atuar em favelas do Rio a partir de junho. A decisão foi anunciada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que considera o número de vítimas na capital fluminense equivalente ao de locais onde há guerra declarada. "A violência urbana é um sério desafio com o qual precisamos lidar", disse ao Estado o presidente do CICV, Jakob Kellenberger.
A Polícia Militar do Rio matou oficialmente 1.548 pessoas em 14 meses do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) - de janeiro de 2007 a fevereiro deste ano, último dado divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). Registradas como autos de resistência, as mortes em supostos confrontos são contabilizadas há dez anos no Rio, e atingiram sua maior marca no governo Cabral: 110 por mês, em média. Foram 1.330 mortes em 2007 - aumento de 25,11% em relação a 2006 - e 218 em janeiro e fevereiro deste ano, ante 207 no mesmo período de 2007 (5,31%). Para efeito de comparação, foram mortos por armas de fogo em confrontos 14.235 pessoas no Iraque em 2007.
Policiais e imprensa nacional e internacional, numa operação no Complexo do Alemão - violência é rotina há muito tempo...
A Cruz Vermelha tem como uma de suas principais missões agir, em caso de guerra, em favor de vítimas civis e militares. Um acordo para atuar no Brasil foi assinado em 2007. Anteontem, em Genebra, Kellenberger evitou dar detalhes sobre o programa. No Rio, a filial da Cruz Vermelha informou que equipes já foram treinadas - inclusive na Argentina - e que o trabalho deverá começar na segunda quinzena de junho, com pelo menos 30 "socorristas" voluntários.
"É a primeira vez que ocorre um trabalho com esse perfil no Brasil, e a filial do Rio foi escolhida", informou a entidade. O porta-voz da entidade para a América Latina, Marçal Izard, explicou que o programa também deverá apoiar presidiários, diante das acusações de maus-tratos em centros de detenção, além de moradores de favelas.
Para a Cruz Vermelha, a decisão de atuar em temas de violência urbana demonstra uma mudança no perfil do comitê. Com sede em Genebra, a entidade atuou na Guerra do Chaco (entre Bolívia e Paraguai, de 1932 a 1935), na 1ª Guerra Mundial (1914-1918), na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), e está espalhada em conflitos no mundo.
O governador Sérgio Cabral, à esq. da Primeira-Dama, e os chefes das polícias civil e militar, em mais um cerimônia (de muitas) para homenagear policias mortos.
O CICV auxilia a identificação de prisioneiros em locais de conflito - só no Iraque, atende 20 mil pessoas por ano nas cadeias mantidas pelos EUA. Num primeiro momento, porém, o foco de atenção será "a capacitação de socorristas residentes nas zonas mais vulneráveis à violência no Rio". Isso permitirá que a organização possibilite "maior acesso dos moradores aos primeiros socorros, já nos primeiros momentos em que essa assistência é necessária".
Fontes: Estadão, Globo.com
NOTA: Dizer o quê diante disto tudo?... "Vem, Senhor Jesus"! Tenha misericórdia de nós, Senhor Deus. Que Deus abençoe o trabalho da Cruz Vermelha Internacional. Que igrejas do Rio se mobilizem neste trabalho. Que falem, mais do que nunca, a palavra da salvação àqueles que caminham com seus espíritos ébrios, cheios de violência de sangue. Esta situação não pode perdurar. Se nada for feito, o Rio de Janeiro, e outras localidades do Brasil irão, literalmente, explodir.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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