...."NEM TUDO O QUE UM CIENTISTA DIZ É CIENTÍFICO". Norman Geisler
Por Michelson Borges
Adaptado por Artur Eduardo
Stephen Kanitz (foto) escreveu em sua apreciada coluna na revista Veja desta semana: "Muitos cientistas, talvez a maioria, não acreditam em Deus, muito menos na vida após a morte. Os argumentos não são fáceis de contestar. Um professor de matemática me perguntou o que existia de mágico no número 2. 'Por que você não acredita que teremos três ou quatro vidas, cada uma num estágio superior?' O que faria sentido, disse ele, seriam os números zero, 1 e infinito. Zero vida seria a morte; uma vida, aquela que temos; e infinitas vidas, justamente a visão hinduísta e espírita.
Outro dia, um amigo biólogo me perguntou se eu gostaria de conviver bilhões de anos ao lado dos ectoplasmas de macaco, camundongo, besouro e formiga, trilhões de trilhões de vidas após a morte. 'Você vai passar a eternidade perguntando: É você, mamãe?, até finalmente encontrá-la.' Não somos biologicamente tão superiores aos animais como imaginávamos 2.000 anos atrás. 'É uma arrogância humana', continuou meu amigo biólogo, 'achar que só nós merecemos uma segunda vida´. O cientista Carl Sagan (foto) adverte, como muitos outros, que vida só se tem uma e que devemos aproveitar ao máximo a que temos. 'Carpe diem', ensinava o ator Robin Williams, 'curtam o sexo e o rock and roll.' Sociólogos e cientistas políticos vão argumentar que o céu é um engenhoso truque das classes religiosas para manter as massas 'bem-comportadas e responsáveis'.
Aonde eu quero chegar é que, dependendo de sua resposta a essa questão, seu comportamento em terra será criticamente diferente. Resolver essa dúvida religiosa logo no início da vida adulta é mais importante do que se imagina. Obviamente, essa questão tem inúmeros ângulos e dimensões mais completas do que este curto ponto de vista, mas existe uma dimensão que poucos discutem, o que me preocupa. Eu, pessoalmente, acredito na vida após a morte. Acredito que existem até provas científicas compatíveis com as escrituras religiosas. A genética mostra que você continuará vivo, depois de sua morte, no DNA de seus filhos. Seu DNA poderá ser eterno, ele continuará 'vivo' em nossa progênie, nos netos e bisnetos. 'Nossa' vida continua; geração após geração, teremos infinitas vidas, como pregam os espíritas e os hindus. ..."
Nota: Concordo com Kanitz em dois pontos: (1) aquilo que pensamos sobre o destino último do ser humano acaba determinando em grande medida a maneira como vivemos o agora (na verdade, a forma de encararmos a origem da vida também tem esse papel determinante); e (2) vamos "viver", de certa forma, por meio dos nossos filhos, afinal, mais do que um legado genético, deixamos impressa no caráter deles a nossa marca. Por outro lado, discordo de Kanitz e acredito que ele esteja sendo minimalista quando reduz a vida após a morte a uma questão puramente genética. Prefiro pensar como C. S. Lewis, que escreveu: "Se descobrimos um desejo dentro de nós que nada neste mundo consegue satisfazer, talvez devêssemos começar a questionar se talvez nós tenhamos sido criados para outro mundo." O ser humano tem o desejo inato de transcender, por isso não se conforma com a morte e, mesmo que tente racionalizá-la, como faz Kanitz, no fundo não aceita a possibilidade de não mais existir. Não mais aprender. Não mais sentir. Segundo a Bíblia Sagrada, a vida após a morte é tão certa quanto a vida deste lado da eternidade. [MB]
Fonte: Criacionismo
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário