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quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma escola para (futuros!!) transexuais, na Tailândia

BANHEIRO PARA "TRANSEXUAIS" É INSTALADO EM ESCOLA, NA TAILÂNDIA - NOTA: OS "TRANSEXUAIS" SÃO, NA VERDADE, CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 12, 13 E 15 ANOS QUE SONHAM COM OPERAÇÕES DE MUDANÇA DE SEXO, MUITO COMUNS NO PAÍS




Um banheiro para transexuais instalado numa escola de ensino médio na Tailândia virou sucesso entre os alunos da instituição. A escola Kampang, localizada no nordeste do país, instalou os banheiros depois de uma pesquisa apontar que 20% dos alunos se consideravam transexuais.

De acordo com o diretor, Sitisak Sumontha, esses estudantes eram importunados por outros alunos quando usavam os banheiros masculinos. Quando passaram a usar as instalações para as meninas, a situação não melhorou. "Isso causou desconforto entre as garotas e deixou os alunos transexuais infelizes, o que começou a afetar sua produtividade na escola", afirmou o diretor.

Foi então que a diretoria da escola decidiu construir os banheiros para transexuais, cuja entrada traz uma placa com um boneco rosa e azul, metade feminino, metade masculino. "Não somos meninos. Não queremos usar o banheiro dos meninos - queremos que eles saibam que somos transexuais", disse Triwate Phamanee, 13 anos, que sonha em fazer uma cirurgia para mudança de sexo.

"As pessoas precisam saber que ser transexual não é uma brincadeira. É como queremos viver nossas vidas. Por isso somos gratos pelo que a escola fez", reforçou Vichai Saengsakul, 15 anos.

Comportamento
Os alunos transexuais da escola Kampang andam juntos como um grupo e praticam seus maneirismos femininos com exagero. O mais jovem estudante a se declarar transexual tem 12 anos de idade.

Apesar de serem obrigados a usar o uniforme masculino, eles usam acessórios femininos e tentam colocar um pouco de batom e rímel, mesmo com a proibição do uso de maquiagem na escola. Eles são tratados de maneira perfeitamente normal pelos professores e outros estudantes.

Quando questionado sobre a precocidade com a qual os alunos decidem sobre a opção sexual, o diretor da escola afirmou que, em 35 anos trabalhando no sistema educacional, já encontrou muitos meninos travestis e nenhum deles mudou de opinião. Segundo Sumontha, a presença dos jovens travestis nas escolas é algo comum e muitos deles acabam fazendo a cirurgia de mudança de sexo quando se tornam adultos ou vivem como homens gays.

Sociedade
A Tailândia é famosa pela tolerância com os homens transexuais e a presença deles é visível no cotidiano do país. A cirurgia de mudança de sexo se tornou uma especialidade na indústria tailandesa de saúde e é relativamente barata no país, o que atrai pacientes de diversas partes do mundo.

Para a travesti Suttirat Simsiriwong, cuja atitude feminina é realmente convincente, torna difícil não acreditar que não nasceu como mulher, muitos homens tailandeses que são gays, tendem a ser transexuais. "A sociedade e a cultura tailandesa são muito doces e suaves e os homens podem ser muito femininos", disse.

Ativista dos direitos dos transexuais, ela concorda com a adoção dos banheiros específicos para esses alunos nas escolas do país. "Nessa idade é bom para eles ter um lugar específico. Mas quando eles terminarem a universidade, irão procurar ajuda médica e não precisarão ir em um banheiro para transexuais porque serão aceitos como mulheres - por isso, freqüentarão o banheiro feminino", afirmou.

"Discriminação"
De acordo com Simsiriwong, a tolerância da sociedade não quer dizer que todos aceitam os transexuais, já que a discriminação ainda é presente. Muitos reclamam que ainda sofrem com estereótipos e conseguem empregos na indústria da beleza, na mídia ou como prostitutas com facilidade, mas enfrentam dificuldades para serem contratados como advogados ou banqueiros.

Além disso, uma das principais reclamações dos transexuais do país é o fato de que eles não podem mudar seu status legal. Uma proposta para permitir a mudança de sexo nas carteiras de identidade dos transexuais ainda não foi aprovada pelo governo.

2 comentários:

Maya Felix disse...

A Tailândia é notória por ser um lugar que acolhe pedófilos homossexuais de países ricos, que fazem sexo com meninos a preço de banana.

Quem sabe a maioria desses "transexuais" já não foram crianças abusadas com a complacência do Governo e dos pais.

É lamentável. Triste, mesmo.

Roberta Nunes disse...

Sou transexual (individuo com disforia entre o gênero fisico e o psicológico), sou formada e trabalho com estatistica na iniciativa privada. Sinto sim uma enorme segregação no próprio segmento LGBT. Temos no Brasil banheiros para gays e trans, homens e mulheres. Vagões de metro que separam as mulheres dos homens, e agora? teremos separações para LGBT? Acredito que deve-se haver uma melhoria de valores humanos na familia a fim de diminuir o preconceito pelo diferente(cor, gênero, doença e sexualidade).
Desde que a escola respeite a individualidade do aluno, é interessante manter algumas segregações para evitar a evasão escolar de minorias(cor, gênero, doença e sexualidade) por causa da discriminação.
No caso do artigo acima, é necessário um acompanhamento psicológico para entender e esclarecer o comportamento e separar de casos que envolvem traumas psicológicos dos verdadeiros casos de disforia de gênero.

Cabe ressaltar que pedofilia não escolhe gêneros.

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