Policial lamenta mortes de dois PM´s, fuzilados dentro do carro da polícia, em 17/07/08
O Rio de Janeiro, uma das cidades mais belas do mundo, está se degradando a cada minuto que passa. Ninguém é capaz de conter a violência que se estende como um câncer por suas ruas e praças. Não adiantou nem a ajuda do exército brasileiro. As milícias ilegais, que atuam em cerca de 180 favelas e começaram a atuar nos bairros ricos da cidade, aumentaram ainda mais o índice de violência. Agora seus membros combatem todos contra todos.
As autoridades e os candidatos às eleições municipais do próximo mês de outubro fazem promessas que sabem que não poderão cumprir, enquanto nas pesquisas de opinião a violência aparece como a preocupação número 1 dos cidadãos cariocas.
A prefeitura do Rio decidiu combater a aguda violência urbana colocando 750 câmeras nas ruas e praças, sobretudo nos pontos de maior conflito da cidade, e construindo 23 delegacias policiais em 17 das zonas do norte da cidade e em Niterói.
O secretário de Segurança do Estado do Rio, José Mariano Beltrame, confessou na sexta-feira (1) que a polícia não tem condições de agir em todas as áreas dominadas pelos narcotraficantes e pelos milicianos: 1.200 favelas e bairros conflituosos da cidade. Diante da falta de efetivos, Beltrame afirma que é necessário escolher os pontos de maior violência.
As autoridades do Rio têm de atuar em uma dupla frente: a luta contra a violência dos narcos e a incompetência e corrupção de parte da polícia. Na sexta, três agentes foram demitidos por ter torturado e chantageado um empresário de quem exigiram o pagamento de R$ 50 mil. Vários agentes, com as vozes desfiguradas, confessaram diante das câmeras de televisão que saíam às ruas "sem estar treinados" e inclusive "sem saber direito como funcionam as armas que nos entregam".
A conhecida colunista do jornal "O Globo" Cora Ronai se viu envolvida em uma ação violenta dias atrás. Cora foi surpreendida durante uma série de assaltos a motoristas depois que uma rua inteira foi fechada ao trânsito por adolescentes armados com pistolas. A rua tomada pelos delinqüentes em pleno dia foi a de São Clemente, no antigo bairro central de Botafogo. Cora Ronai dedicou sua coluna semanal a evocar o incidente e a criticar a situação de insegurança que a cidade alcançou. Depois de dar graças a Deus por ter saído com vida do assalto, comentou que afinal se sentia feliz por pertencer ao grupo social dos que tiveram acesso à educação e aos meios para viver dignamente, e não ao dos assaltantes, vítimas de outra violência não menor: a da exclusão social.
Fonte: UOL
Abaixo, excertos do documentário "Notícias De Uma Guerra Particular", de João Moreira Salles. Pelos mesmos você pode entender o sentimento da maioria dos moradores das mais de 500 favelas que existem no Rio, atualmente. Este sentimentos são, é claro, incentivados ao máximo pelos traficantes. Uma moradora reconhece que estes têm "um espírito suicida". Fica evidente, também, as consequências deixadas pelas ´lacunas do Estado´, desde o início, uma oporntunidade que não foi desperdiçada por facções criminosas, como o ´Comando Vermelho´, cujo fundador fala no documentário. Outro ponto, no mínimo curioso, é a frivolidade dos próprios adolescentes protagonistas do tráfico de drogas e daqueles que os circundam sobre sua vida, na maioria das vezes brevíssima, violenta e sem perspectiva. Diante da dura realidade exposta no documentário, fica evidente a pergunta presa na garganta de todos os que se importam: Quem alimenta o tráfico? É óbvio que a resposta tem enormes implicações sociais.
As consequências, contudo, superam as implicações da pergunta. Uma roda vida se forma, não somente no Rio de Janeiro, mas no mundo ´civilizado´ que caminha para a total falta de esperança, ao ponto de as instituições que representam esta mesma civilização cederem sob pressupostos sociológicos abstratos, fazendo verdadeiras parcerias com o crime para se manter a "fachada social". É o que estamos vendo na Europa, com cada vez mais ´bocas-de-fumo´legalizadas. É o que tem conseguido os sociólogos socialistas anarquistas na América Latina, com a velha pregação da mentira de uma eterna luta contra um "Império" americano deminizado que ninguém sabe ao certo aonde se delimita, que males causa e que influências reais tem. É o que está acontecendo nos EUA, agora, com a maior sucessão de incompetências administrativas de toda a sua história, numa demonstração clara de como podemos pré-anunciar a fragmentação de uma liderança pautada em liberdade quando esta mesma liderança sucumbe perante a letargia e faz negociatas com indivíduos que, pelo seu histórico, desprezam tudo o que esta mesma liderança valoriza, e vice-versa.
Assim, não é de se admirar que ovacionemos um a país por ´sediar as olimpíadas´, como a China, que há menos de 70 anos (a média de uma vida, no Brasil), dizimava cerca de 50 a 60 milhões de pessoas, um nome de uma ditadura que não se contenta em destruir ideologias contrárias, mas impõem-se ao ponto de destruir individualidades!! É por isso que até no nome o documentário, cujos excertos disponíveis na Internet e que disponibilizo mais uma vez no BLOG, acerta. Apesar de sintomático, revelador das endemias que atacam a sociedade moderna, com imagens que refletem algo muito maior do que vemos a princípio, o nome se encaixa perfeitamente: "Notícias De Uma Guerra Particular", pois é a "nossa" guerra. É a guerra no Brasil, de brasileiros contra brasileiros. A cada batalha, em última análise, não importante quem "vence". Na verdade, todos têm perdido. O documentário "Notícias De Uma Guerra Particular" foi um das fontes que inspirou o polêmico filme "Tropa de Elite", de José Padilha.
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
"Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem. (...) O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento...". Livro do Profeta Oséias, 4:1-6a
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário