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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Governo Federal segue escandalizando com a infame cartilha para prostitutas, cuja profissão é ´regulamentada´ no Brasil (VÍDEO)

JURISTA ACUSA GOVERNO DE FAZER APOLOGIA AO DELITO DA EXPLORAÇÃO SEXUAL POR TERMOS QUE, LITERALMENTE, INCENTIVAM A PRÁTICA, NA ´CARTILHA DA PROSTITUIÇÃO´, PUBLICADA NO SITE OFICIAL DO GOVERNO



O Ministério do Trabalho disse nesta terça-feira (28) que irá rever a cartilha sobre a profissão de prostituta, divulgada no site oficial do ministério. A profissão ganhou um código na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) há seis anos. A cartilha dá dicas de saúde e detalhes do passo a passo da prostituição: da abordagem à satisfação do cliente. As atribuições dos profissionais do sexo foram definidas em conjunto com associações de prostitutas. No capítulo "Batalhar Programa" existem dicas como "seduzir com o olhar", "oferecer especialidades" e "elogiar o cliente" e ainda, "fazer strip-tease", "ajudar o cliente com carência afetiva" e "representar papéis".

A riqueza de detalhes da cartilha preocupa o jurista Luiz Flávio Gomes. “O que está ali no site dá uma sensação de uma apologia ao delito de exploração da prostituição, portanto cabe ao Ministério Público, a quem nós temos que nos dirigir neste instante, pedir providências concretas e imediatas de ajustar os termos do que está dentro do site, para que ele não seja uma fonte estimulante de prostituição.". A rede brasileira de prostitutas, que ajudou o ministério a elaborar o texto, diz que a polêmica não é nova. Desde 2002 as críticas reaparecem. “Nós não entendemos o porquê do retorno dessa discussão toda. Nós lutamos muito pelo direito de sermos reconhecidas como profissionais“, afirma a representante da rede brasileira de prostitutas, Carmen Lúcia Paz.



No entanto, o Ministério do Trabalho decidiu atualizar a cartilha e, com isso, pode rever alguns termos e expressões. Um novo documento já está sendo negociado com a comissão nacional que representa os profissionais do sexo e deve ficar pronto em janeiro do ano que vem. Em nota, o ministério informou que o objetivo da CBO não é promover qualquer profissão e explicou que, sem a existência do código, os profissionais do sexo seriam incluídos em outras categorias, prejudicando as estatísticas oficiais e o desenvolvimento de políticas públicas específicas.

Fonte: G1

NOTA: É sempre assim no populismo: Ao invés de se encarar e resolver o problema o governo quer fazer ingerências indevidas nas famílias (dizendo como os pais devem educar seus filhos, mesmo que estes aprendam muito mais em casa, por exemplo), regulamentar (já está regulamentado, aliás) a "profissão" da prostituição e tudo para não prejudicar as estatísticas oficiais. Este tipo de liberdade que um governo tem, mediante a passividade populacional, só reforça a idéia de que o povo foi completamente destituído de quaisquer ferramentas de análise, e isto já vem sendo feito sistemáticamente. Com uma mídia, no mínimo burra, que incentiva a o ´imbecil coletivo´, para aludir ao livro do Olavo de Carvalho, podemos observar demonstrações dantescas de descaso com o social, no Brasil, travestidos de "cuidado", e o pior: Ovacionado pela maior parte da população. Quando a imprensa se der conta de quem e como ela está auxiliando a fragmentação sócio-cultural na América Latina será tarde demais.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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