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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O caos instaura-se no Zimbábue

NOBEL DA PAZ EM 1984, ARCEBISPO DESMOND TUTU PEDE QUE PRESIDENTE DO ZIMBÁBUE RENUNCIE E, SE NÃO O FIZER, QUE A ÁFRICA USE A FORÇA PARA TIRÁ-LO




Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez (à esq.) e do Zimbábue, Rubert Mugabe, num encontro em janeiro deste ano. Chávez elogiou Mugabe a quem chamou ´guerreiro da liberdade´. Mugabe, na mansão de 25 quartos aonde vive, culpa as ´potências imperialistas´ pela desgraça de seus 28 anos déspotas no comando do país africano. Atualmente, uma epimedia de cólera, que já matou 200 pessoas, ameaça se espalhar por todo o Zimbábue. O país não tem a mínima infra-estrutura de saúde e de quaisquer serviços populacionais básicos.

O arcebispo sul-africano e Nobel da Paz, Desmond Tutu, pediu que os países africanos usem a força militar para tirar do poder o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, se este se negar a renunciar. Em entrevista à televisão pública holandesa transmitida na noite de quinta-feira, 4, o dirigente religioso disse que, se Mugabe se negar a renunciar, "tem que haver uso da força militar".

Tutu, que recebeu o Nobel da Paz em 1984, também defendeu que Mugabe seja acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) da ONU, que tem sede em Haia. "Acho que o mundo deve dizer (a Mugabe): o senhor foi responsável por sérios crimes e vai enfrentar uma acusação em Haia se não renunciar", segundo o religioso sul-africano.

Perguntado se era necessário usar a força para destituir Mugabe, Tutu respondeu que, "se ele se negar, deve-se usar a força militar", que deveria ser mobilizada pela União Africana ou pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, em inglês).

Inflação astronômica provocada pela insanidade do ´guerreiro da liberdade´, segundo Chávez, provocou a total desvalorização da moeda do Zimbábue. Governo chegou a criar nota de "dez milhões".

A economia do Zimbábue está em um absoluto caos, sem abastecimento de alimentos e outras mercadorias essenciais, mais de 80% de desemprego e uma inflação astronômica, que oficialmente chega a 231.000.000%, por isso a moeda local perdeu totalmente o valor e a população, seu poder aquisitivo.

As Nações Unidas consideram que mais de 5 milhões de pessoas, quase a metade da população, precisarão de ajuda alimentícia para sobreviver a partir de janeiro, enquanto o atual governo do presidente Mugabe coloca impedimentos para a atuação das agências e organizações internacionais neste campo. Além disso, uma epidemia de cólera que já matou mais de 200 pessoas afeta o país, onde os serviços de saúde não funcionam, por isso teme-se que a doença se estenda ainda mais.

Fontes: Estadão, Hardmob

NOTA: "Dize=me com quem tu andas que te direi quem és". Este é um adágio popular muito conhecido e que traz consigo uma verdade inelutável. A verdade do adágio pode ser usada tanto para Mugabe quanto para Chávez. Estes governos populistas que, inevitavelmente, se transformam em regimes déspotas de terror, ostracismo e retrocesso são uma marca indelével da ambição humana maquiada por utopias ideológicas sócio-econômicas que não convencem ninguém. Em sua efêmera e angustiante ânsia por poder e riqueza, os líderes destes regimes, similares em vários aspectos, não pensam duas vezes se tiverem de afundar seus países em inflações astronômicas (a da Venezuela, em 2007, chegou a 27%, muito superior à meta de 12% do governo), gigantescas prisões internas por intermináveis estados de sítio, guerras civís e a destruição total de suas economias somente para darem vazão aos seus caprichos megalomaníacos e excêntricos. Isto é fato desde Napoleão. Aconteceu com as maiores ditaduras socialistas do século XX, como a de Ceucesco (Romênia), que tinha mais de 20 castelos ornados com obras e um requinte incríveis enquanto o povo morria de fome e apatia; Pol Pot e o seu famigerado Khmer Vermelho, responsável pela morte violenta de milhões de seus compatriotas (as imagens deste facínora não podem nem ser exibidas hoje, no Camboja); Stálin e suas dezenas de milhões de assassinatos (enquanto viva de castelo em castelo nas suas muitas propriedades russas); e, talvez, o mais famigerado de todos, Mao Tsé, na China, que assassinou algo em torno de 60 milhões de chineses e criou o regime déspota que mais matou em toda a História. E, enquanto a comunidade internacional só lamenta, estes líderes estranhos avolumam-se no poder, parecendo dar, com cada vez mais ênfase, um recado ao mundo: Sua sombra só tenderá a aumentar.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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