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domingo, 14 de dezembro de 2008

Rebeldias, manifestações desproporcionais, movimentos revolucionários... esta é a atualidade da Grécia!

OCASO GREGO




Policiais defendem-se de coquetéis molotov, em mais um dia de manifestações na Grécia.

A capital da Grécia, Atenas, tem clima tenso neste domingo (14), depois de mais uma noite de confrontos entre manifestantes e policiais. Jovens atacaram uma delegacia, lojas e bancos, e houve novos confrontos com a polícia na noite de sábado e na madrugada de domingo. Carros e latões de lixo queimados tomavam as ruas próximo à Escola Politécnica, onde manifestantes enfrentaram a polícia com pedras no sábado.

Os confrontos ocorreram depois de um dia marcado por vigílias pacíficas em memória ao jovem Alexis Grigoropoulos, morto baleado por um policial no dia 6. Os policiais continuavam de prontidão. Durante a manhã, os bombeiros apagaram um incêndio nas dependências do Ministério de Obras Públicas, no bairro de Patision. A situação estava mais calma, mas os estudantes já anunciaram novas manifestações para segunda-feira e um grande protesto para a próxima quinta-feira de todos os setores da educação diante do Parlamento.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro grego, o conservador Costas Caramanlis, descartou a possibilidade de renunciar ou convocar eleições antecipadas. Ele é pressionado pela oposição a renunciar. O governo também enfrenta, desde quarta-feira, uma greve geral que paralisou a maior parte dos bancos, comércios e escolas. Pelo menos 70 pessoas ficaram feridas nos oito dias de confronto, e centenas de lojas foram destruídas e saqueadas. Mais de 200 pessos foram presas. (...)

O próximo textoque você vai ler agora, caro leitor, é parte de uma notícia da BBC:

(...) O desprezo pela polícia, que é latente na população, e que agora explodiu de forma tão vulcânica, tem suas raízes na ditadura, quando a polícia era vista como agente dos coronéis e traidora do povo. A morte do adolescente Alexandros Grigoropoulos, de 15 anos, nas mãos de um experiente policial de 37 anos, precipitou uma onda nacional de violência, algo que não se via desde a ditadura.

Se ela vai levar à queda do impopular governo conservador do primeiro-ministro Costas Karamanlis, não está claro. É prematuro ver os tumultos como uma repetição, na Grécia, do levante estudantil parisiense de 1968. Um dos comentários mais sábios veio de Nikos Konstandaras, editor do Kathimerini, um dos mais sóbrios e respeitáveis jornais do país.

Em um editorial, Konstandaras escreveu que o sangue de Grigoropoulos vai ser "usado para amalgamar todo protesto e reclamação absurdos em uma plataforma de ódio moralista contra todos os males da nossa sociedade"."(O sangue do adolescente) vai se tornar rapidamente uma bandeira de conveniência para qualquer pessoa que tenha algum ressentimento contra o Estado, o governo, o sistema econômico, poderes estrangeiros, capitalismo e por aí vai", diz o artigo.

"Se a Grécia já parecia difícil de governar, agora vai ficar fora de controle", afirma o editorial.

Fontes: G1, BBC

NOTA: No fim, ao que tudo indica, um ´ressentimento´ latente contra uma ditadura extinta não permite que o povo grego veja que necessita, como nunca, de unidade para a construção sócio-econômica do país, e não da fomentação por parte do espírito revolucionário. O país já amarga prejuízos de centenas de milhões de euros e, não sei quanto a você, caro leitor, mas nunca soube de qualquer levante que tenha tido sucesso, nos moldes sob os quais passam agora os gregos, que tenha obtido êxito em por as civilizações que os perpetraram ´nos eixos´. Este tipo de atitude gera mais anarquismo, mais levantes, que por sua vez geram mais anarquismos... sucessivamente. Uma gigantesca paralisação é o suficiente para que o governo perceba que a população está insatisfeita e, no fim das contas, isto é o que faz os governos se moverem. Temo, porém, como disse o jornal Kathimerini, que muitos estejam se valendo do clima de insatisfação nacional para ingerirem seus planos revolucionários, talvez até com ajuda internacional. Oremos pelos gregos.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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