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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Irã, 30 anos depois

30 ANOS DEPOIS DA ´REVOLUÇÃO ISLÂMICA´, IRÃ ATRAI DESCONFIANÇA CRESCENTE DE VIZINHOS E DO OCIDENTE, DIZEM ESPECIALISTAS



O Irã atrai ainda hoje a desconfiança e hostilidade do Ocidente e dos países árabes vizinhos devido à Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, segundo a opinião de analistas ouvidos pela BBC Brasil. O movimento islâmico de Khomeini, que tem seus 30 anos completados nesta quarta-feira, colocou um fim à monarquia iraniana, condenando o xá Reza Pahlevi ao exílio.

Para o analista paquistanês Iftikhar Hussein, o Irã ainda hoje está no centro das questões do Oriente Médio e a maior herança da revolução é a divisão dos árabes. Hussein disse por telefone à BBC Brasil que os países árabes continuam receosos de que a revolução iraniana possa inspirar movimentos islâmicos que coloquem em risco seus próprios regimes.

"Mesmo entre os regimes árabes, há divisões sobre como lidar com os iranianos. Temos dois blocos, um liderado pelo Catar e Síria, com boas relações com o Irã, e outro encabeçado pelo Egito e Arábia Saudita, alinhados com o Ocidente e hostis aos iranianos", afirma.

Fonte: BBC

NOTA: A tolerância com que a Arábia e o Egito enfrentam o terrorismo e levantes de movimentos revolucionários islâmicos dentro de suas fronteiras não pode ser exatamente tido como um alinhamento com o Ocidente. O mundo islâmico é, de fato, desunido pois são muitos povos e interesses distintos. Contudo, há uma única regra: Para os radicais, independentemente de onde sejam, só o extremismo é solução e em todos os casos tentam implantar a ´Sharia´ (lei muçulmana) como regra para o controle civil. A questão também não é exclusivamente os EUA tentarem conversações amistosas com o Irã... O próprio Irã, que se diz ´pacífico´, deveria querer conversações amistosas com o Ocidente. Relegar aos EUA a exclusividade da responsabilidade é, por si só, um ato de irresponsabilidade ou má fé. A paz é um caminho de mão dupla. Contudo, tenta-se desviar o foco destas verdades básicas para se isentar o Irã, e consequentemente os clérigos radicais fundamentalistas como o aiatolá Khamenei (sucessor de Khomeini), de sua ideologia de ódio e xenofobia.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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