Apesar de todo o custoso aparato empregado na repressão ao tráfico, o uso de drogas não cai, e não é por incompetência das autoridades. Em 2007, a polícia paulista havia aumentado em 56 por cento as prisões de traficantes (dados do Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN), e nem por isso houve redução no consumo.
O Estado do Rio de Janeiro despendeu aproximados R$ 120 milhões na luta contra os traficantes. Estima-se que o Primeiro Comando da Capital (PCC) fature RS 2 milhões mensais com o tráfico dentro dos presídios paulistas, segundo o Ministério Público Estadual. Assim como os gângsteres americanos dos anos vinte batizavam ou falsificavam as bebidas alcoólicas para aumentar seu lucro, os barões da droga fazem o mesmo, com grandes riscos para a saúde dos usuários, que aspiram pó de mármore, talco ou vidro moído misturados à cocaína, ou crack misturado à maconha, chamada “craconha”, que vicia rapidamente. Pela extrema violência na luta entre traficantes, o México é a bola da vez quando o assunto é tráfico de drogas, sendo classificado como um “estado falido”, uma inverdade. O presidente Felipe Calderón tem alocado grande parte das forças policiais e militares na guerra contra as drogas: 45 mil soldados e 29 mil, policiais federais, mas o inimigo parece mais forte e organizado . Uma curiosidade é que o México, assim como o Rio de Janeiro, gasta com a repressão, anualmente, praticamente os mesmos valores que o tráfico arrecada (R$ 129 milhões e US$ 40 bilhões, respectivamente).
Em números de 2008, cerca de 208 milhões de pessoas usaram drogas em todo o mundo, o equivalente a toda a população do Brasil, mas a grande iniqüidade é que 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do consumo do álcool, enquanto as drogas ilícitas matam apenas 200 mil pessoas anualmente, e o cigarro, 250 mil. O Afeganistão produz mais ópio hoje do que em 2007, e Mianmar é o segundo produtor mundial da substância. Mais barata e, por isso, mais popular, a maconha é a droga mais produzida e consumida no mundo. A Guiné-Bissau, que recentemente teve assassinados seu presidente Nino Vieira e o chefe do Estado-maior do Exército Batiste Tagmé na Waié, é o que se pode chamar de um legítimo narcoestado, um entreposto da droga produzida na América do Sul, de onde é distribuído para a Europa. O Peru, com o ressurgimento do grupo Sendero Luminoso, numa nova versão de narcoguerrilha, tem visto o cultivo da folha de coca aumentar, em regiões inóspitas da selva amazônica, na remota localidade de Rio Seco. O país produz atualmente 290 toneladas de coca, trás apenas da Colômbia. Com a prisão, nos anos noventa, de Abimael Guszmán, seu líder, o Sendero Luminoso vive hoje de cobrar proteção de traficantes e produzir a própria droga, na mesma linha das FARC colombianas.
Os autores do relatório da ONU sobre o combate às drogas declararam que não há evidências de que o problema global das drogas tenha sido minorado. “A produção e o tráfico apenas redistribuíram as atividades”, e os resultados da inutilidade da atual estratégia de combate a esta forma de crime organizado falam por si. Com todos os esforços envidados, anos a fio, as drogas são inerradicáveis, como admitiu uma autoridade mexicana.
O Estado do Rio de Janeiro despendeu aproximados R$ 120 milhões na luta contra os traficantes. Estima-se que o Primeiro Comando da Capital (PCC) fature RS 2 milhões mensais com o tráfico dentro dos presídios paulistas, segundo o Ministério Público Estadual. Assim como os gângsteres americanos dos anos vinte batizavam ou falsificavam as bebidas alcoólicas para aumentar seu lucro, os barões da droga fazem o mesmo, com grandes riscos para a saúde dos usuários, que aspiram pó de mármore, talco ou vidro moído misturados à cocaína, ou crack misturado à maconha, chamada “craconha”, que vicia rapidamente. Pela extrema violência na luta entre traficantes, o México é a bola da vez quando o assunto é tráfico de drogas, sendo classificado como um “estado falido”, uma inverdade. O presidente Felipe Calderón tem alocado grande parte das forças policiais e militares na guerra contra as drogas: 45 mil soldados e 29 mil, policiais federais, mas o inimigo parece mais forte e organizado . Uma curiosidade é que o México, assim como o Rio de Janeiro, gasta com a repressão, anualmente, praticamente os mesmos valores que o tráfico arrecada (R$ 129 milhões e US$ 40 bilhões, respectivamente).
Em números de 2008, cerca de 208 milhões de pessoas usaram drogas em todo o mundo, o equivalente a toda a população do Brasil, mas a grande iniqüidade é que 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência do consumo do álcool, enquanto as drogas ilícitas matam apenas 200 mil pessoas anualmente, e o cigarro, 250 mil. O Afeganistão produz mais ópio hoje do que em 2007, e Mianmar é o segundo produtor mundial da substância. Mais barata e, por isso, mais popular, a maconha é a droga mais produzida e consumida no mundo. A Guiné-Bissau, que recentemente teve assassinados seu presidente Nino Vieira e o chefe do Estado-maior do Exército Batiste Tagmé na Waié, é o que se pode chamar de um legítimo narcoestado, um entreposto da droga produzida na América do Sul, de onde é distribuído para a Europa. O Peru, com o ressurgimento do grupo Sendero Luminoso, numa nova versão de narcoguerrilha, tem visto o cultivo da folha de coca aumentar, em regiões inóspitas da selva amazônica, na remota localidade de Rio Seco. O país produz atualmente 290 toneladas de coca, trás apenas da Colômbia. Com a prisão, nos anos noventa, de Abimael Guszmán, seu líder, o Sendero Luminoso vive hoje de cobrar proteção de traficantes e produzir a própria droga, na mesma linha das FARC colombianas.
Os autores do relatório da ONU sobre o combate às drogas declararam que não há evidências de que o problema global das drogas tenha sido minorado. “A produção e o tráfico apenas redistribuíram as atividades”, e os resultados da inutilidade da atual estratégia de combate a esta forma de crime organizado falam por si. Com todos os esforços envidados, anos a fio, as drogas são inerradicáveis, como admitiu uma autoridade mexicana.
Fonte: De tudo, um pouco
NOTA: E qual a solução? A liberação? Em absoluto! Dados recentes mostram que a liberação na Holanda não vem produzindo os resultados esperados pelas autoridades. Houve um aumento de, aproximadamente, 400% no uso de drogas leves, como a maconha, e drogas mais pesadas, como o ´Skank´ (um tipo mais forte de maconha) tem sido muito mais procuradas pelos usuários. O ´Ecstasy´, droga sintética e ilegal que causa euforia, também tem sido muito mais traficado, ao ponto de já ser conhecida a ´rota da droga´, a ponte Brasil-Holanda, com apreensões récordes do comprimido nos últimos anos. Discordo da hipótese que defende a liberação como forma de atenuação para o uso. Isto NÃO funciona. A ineficiência das medidas quase que estritamente repressivas dos governos que mais sofrem com o problema, na atualidade, NÃO credencia a liberação como uma medida eficaz na contenção e diminuição do uso de entorpecentes. Uma coisa nada tem a ver com a outra, e é preciso que se observe quais as motivações daqueles que apologizam o uso da droga com a retórica de que o uso é um fator social irremediável.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário