Pesquisar no blog

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A má educação e o ´pé no freio´ do desenvolvimento

PARA THE ECONOMIST, PÉSSIMA EDUCAÇÃO DO BRASIL É UM DOS PRINCIPAIS MOTIVOS DE O PAÍS TER SEU DESENVOLVIMENTO "FREADO"!

Um artigo na edição mais recente da revista britânica The Economist traça um panorama da situação da educação no Brasil e afirma que a má qualidade das escolas, "talvez mais do que qualquer outra coisa", é o que "freia" o desenvolvimento do país.

Citando os maus resultados do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a revista afirma que, apesar dos grandes investimentos e progressos em setores como política e economia, em termos de educação, o país está "bem abaixo de muitos outros países em desenvolvimento".

A publicação compara a situação brasileira à da Coreia do Sul, que apresenta bons resultados no Pisa. "Até a década de 1970, a Coreia do Sul era praticamente tão próspera quanto o Brasil, mas, ajudada por seu sistema escolar superior, ela saltou à frente e agora tem uma renda per capita cerca de quatro vezes maior".

Sindicatos
Para a revista, entre os principais motivos para a má qualidade da educação no país está o fato de muitos professores faltarem por diversas vezes às aulas e os altos índices de repetência, que estimulam a evasão escolar. Na opinião da Economist, o governo precisa investir mais na educação básica. "Assim como a Índia, o Brasil gasta muito com suas universidades ao invés de (gastar) com a alfabetização de crianças".

A publicação afirma ainda que o Brasil precisa de professores mais qualificados. "Muitos têm três ou quatro empregos diferentes e reclamam que as condições (de trabalho) são intimidadoras e os pagamentos baixos". Afirmando que, apesar da situação, os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva conseguiram avanços - embora vagarosos - no setor, a revista afirma que os sindicatos de professores "representam um grande obstáculo para melhorias".

"Quase qualquer coisa que atrapalhe sua paz causa greves", afirma a publicação britânica, dizendo que o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, por exemplo, se opôs "a uma proposta que obrigava os novos professores a fazerem testes para assegurar que são qualificados". A Economist defende que a receita para melhorar a educação no país seria "continuar reformando o sistema escolar, enfrentar os sindicatos dos professores e gastar mais em educação básica".

"A conquista do mundo - mesmo a amigável e sem confrontos que o Brasil busca - não virá para um país onde 45% dos chefes de famílias pobres têm menos de um ano de escolaridade", diz a publicação.

Fonte: Uol

NOTA: A surpresa maior que pode advir de um artigo como esse é o fato de ser um jornal "de fora" a apontar erros tão patentes no sistema educacional brasileiro. Não se vê publicações brasileiras respeitadas falando com tamanha franqueza e equilíbrio, pois a questão não se limita a ´más condições´ de ensino, como é dito nas (poucas) vezes em que vemos jornais e revistas daqui falando sobre o problema. A dimensão da ligação entre a precariedade do ensino no Brasil e sua condição sócio-econômica sofrível abrange variáveis outras, como (entendo eu) o problema dos sindicatos, dentre outras questões, como as apresentadas pelo periódico britânico.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Nenhum comentário:

Ofertas Exclusivas!!!!