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sábado, 13 de junho de 2009

Para refletir

PENSAMENTOS DE HOMENS À FRENTE DE SEU TEMPO


"...A pergunta ´Por que agora e não previamente?´ está em pé de igualdade com ´Por que neste lugar em vez daquele?´. Pois se eles imaginam que havia infinitas extensões de tempo antes de o mundo existir, uma infinidade na qual não podem conceber que Deus estivesse inativo, eles imaginarão, na mesma ordem das ideias, infinitas extensões de espaço e se alguma coisa existia em qualquer parte nessa infinidade, eles se veriam compelidos a compartilhar da fantisa epicurista de inumeráveis mundos". Agostinho, em A Cidade de Deus (XI, 5), especulando sobre tempo e espaço infinitos ou infinitudes de espaço-tempo, curiosamente semelhantes às ideias em moda no pensamento físico teórico atual.

"É parte da cura o desejo de ser curado". Sêneca, especulando séculos atrás sobre a força que têm a vontade e outros aspectos psicológicos, que são admitidos atualmente como fundamentais pela medicina, no processo de cura e recuperação dos doentes.

"O livro é um mestre que fala mas que não responde". Platão, mostrando já no 5º século antes de Cristo as dificuldades da interpretação, e, talvez, lançando as bases da hermenêutica ´desconstrucionista´, ou seja, aquela que valorizará mais o leitor do que a obra.

"O homem que vê mal vê sempre menos do que aquilo que há para ver; o homem que ouve mal ouve sempre algo mais do que aquilo que há para ouvir". Friederich Nietzsche, especulando (ao meu ver, acertadamente) quanto às diferenças empírico-metafísicas do ouvir mal e ver mal. Pena que o filósofo tenha sido míope em relação a Deus...

"O mal dos tempos de hoje é que os estúpidos vivem cheios de si e os inteligentes cheios de dúvidas". Bertrand Russell, filósofo e matemático, que infelizmente viveu cheio de dúvidas em relação a Deus.

"Não me sinto obrigado a acreditar que o mesmo Deus que nos dotou de sentidos, razão e intelecto, pretenda que não os utilizemos". Galileu Galilei, tentando mostrar aos seus inquisidores do século XVII que razão e intelecto às vezes nos levam a lugares estranhos, mas não necessariamente heréticos.

"Quando as pessoas falam de forma muito elaborada e sofisticada, ou querem contar uma mentira, ou querem admirar a si mesmas. Ninguém deve acreditar em tais pessoas. A fala boa é sempre clara, inteligente e compreendida por todos". Liev Tolstói, o famoso romancista russo, expondo uma premissa correta, mas não geralmente aceita: que verdades profundas podem e devem propagar-se através de palavras simples.

Constatamos no mundo sensível a existência de causas eficientes. É, entretanto, impossível que uma coisa seja sua própria causa eficiente, porque, se assim fosse, esta coisa existiria antes de existir, o que não tem nenhum sentido. Ora, não é possível proceder até o infinito na série de causas eficientes, porque, em qualquer série de causas ordenadas, a primeira é causa intermediária e esta é causa da última, quer haja uma ou várias causas intermediárias. Com efeito, se suprimirdes a causa, fareis desaparecer o efeito: portanto, se não há causa primeira, não haverá nem última, nem intermediária. Ora, se fosse regredir até o infinito dentro da série de causas eficientes, não haveria causa primeira, e, assim, não haveria também nem efeito, nem causas intermediárias, o que é evidentemente falso. Portanto, é preciso, por necessidade, colocar uma causa primeira que todo o mundo chama Deus". Tomás de Aquino, em sua Summa Teológica (I, q. 2), baseando-se em uma lei imutável da lógica formal, a qual algumas vertentes da ciência tentam hoje, desesperadamente e sem sucesso, contradizer.

"Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor". Jesus, o mais atemporal de todos os homens, no Evangelho de João (10:16), profetizando que sua palavra atrairia ´ovelhas desgarradas´, isto é, pessoas de outros lugares, de todas as partes do mundo para a salvação em Deus, através de si mesmo!

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Parabêns por seu blog.
Agostinho era um devoto da fé cristã, que a sua filosofia era compartilhar o amor, e inquirir sobre o ser como necessitado de descobrirse como criatura de Deus.
Acesse meu8 blog. www.vivendoteologia.blogspot.com

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