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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Uma verdadeira ´bomba´ está para explodir perto do "prédio" da crença cega na absoluta cientificidade de Charles Darwin

DARWIN: OS MÉRITOS E OS MITOS EM TORNO DO HOMEM E DE SUA TEORIA, EM UM LIVRO REVELADOR


Conforme a nova biografia provocadora de Darwin por Benjamin Wiker, The Darwin Myth: the Life and Lies of Charles Darwin (O Mito de Darwin: A Vida e Mentiras de Charles Darwin), Charles Darwin foi um homem honrado e agradável, um homem de família. Ele amava seus seus irmãos; ele foi dedicado à sua esposa; ele amava seus filhos e ficou profundamente triste pela morte de sua filha [Annie]. Mas Darwin também foi alguém que apresentou para o público uma estória elaborada e até enganadora sobre si e seu trabalho para promover uma agenda filosófica. Embora haja muitas biografias de Charles Darwin, a de Wiker merece atenção por causa do seu fascinante relato da interação complexa entre Charles Darwin, o homem, e o Darwinismo, a teoria que ele defendeu e popularizou. A apresentação de Wiker das contradições humanas de Darwin é uma valiosa contribuição para este ano de aniversário de Darwin (200 anos de aniversário do nascimento de Darwin e os 150 anos de aniversário da publicação do Origem das Espécies).

Wiker demonstra que Darwin juntou a sua teoria da evolução — a ideia de que todas as coisas vivas descendem de um ancestral comum através de um processo cego de seleção natural agindo sobre variações aleatórias — com seu materialismo persistente. Como escreveu Wiker: “O problema com Charles Darwin não é a evolução em si, mas a sua estranha insistência em criar um relato de evolução totalmente ateia. Que a evolução deve ser ateia para ser científica é O Mito de Darwin”.

Para apoiar seu “mito”, Darwin criou uma estória sobre si mesmo que se aparta de maneiras significativas da realidade, segundo Wiker. Por exemplo, Darwin afirmou que ele tinha originalmente crido não somente na religião, mas no cristianismo ortodoxo. Na sua autobiografia, escrita anos mais tarde, Darwin fala sobre o tempo em que ele estava considerando a ideia de entrar para o ministério sacerdotal. Wiker é cético: Então ele [Darwin] leu alguns livros de teologia, e “como eu então não tinha a menor dúvida da verdade estrita e literal de cada palavra na Bíblia, eu logo persuadi a mim mesmo de que o nosso credo deve ser totalmente aceito”. Considerando-se o background dele [Darwin], essa afirmação vai além da credulidade. A crença de que toda a realidade é material e que tudo que existe é derivado de causas materiais sem nenhum propósito tem uma longa história filosófica.

No caso de Darwin, isso também teve uma longa história familiar. Como Wiker explica, antes de Darwin nascer, seu avô Erasmus Darwin foi um defensor da evolução (que ele chamou de “transmutacionismo”) e, como muitos intelectuais europeus, do ateísmo. Erasmus Darwin considerava-se um deísta, mas de acordo com Wiker, o ceticismo dele tinha ido muito além do deísmo que até o unitarista Samuel Taylor Coleridge, após conhecê-lo, concluiu: “Ele é um ateu”. Como Wiker explica, “Erasmus famosamente descreveu o unitarianismo como um colchão de penas para apanhar um cristão que caiu. Seja o que foi Erasmus, ele foi além daquilo”. Segundo Wiker, Darwin seguiu as pegadas de seu avô: para Darwin, a noção de alma e vida após a morte era agora [ocasião de seu casamento] uma noção inteiramente ininteligível. Ele era totalmente materialista, assim como tinha sido seu avô, assim como permaneceu sendo seu pai.

Sabemos disso porque por dois anos ele esteve ocupado escrevendo nos seus notebooks (livros de notas - grifo nosso) privados, todos os seus pensamentos privados sobre o transmutacionismo. E os notebooks deixam bem claro que ele estava atrás de uma versão particular de transformação das espécies, uma versão totalmente materialista, uma que começou, com a ajuda de seu pai, como uma meditação da Zoonomia de seu avô. No seu “Notebook M” de 1838, descobrimos que ele sonda o seu pai em busca de informação, e os dois estão caçoando pra lá e pra cá sobre o Zoonomia. Frequentemente encontramos “meu pai pensa que”, “meu pai diz que”.

Mais e mais evidências que revelam um relacionamento estreito entre Darwin e o naturalismo filosófico, bem como sentimentos que eclodiram ao longo de sua vida, vêm sendo redescobertas na atualidade. Isto não é favorável aos ferrenhos defensores do estrito rigor científico com que alegam ter Darwin desenvolvido duas ideias.

Embora anos mais tarde Darwin tenha preferido descrever a si mesmo como “agnóstico”, seus escritos deixam claro, de acordo com Wiker, que, por todos os propósitos práticos, Darwin abraçou o ateísmo. Na verdade, muito da preferência de Darwin pelo termo agnóstico pareceu ser prudencial: Darwin não queria chocar mais a sua esposa, uma teísta que já tinha ficado preocupada com a falta de fé do marido, ou de seus contemporâneos.

Talvez a insistência de Darwin na rejeição absoluta de qualquer realidade exceto as realidades materiais tenha sido realmente uma lealdade à sua família, que tinha sido ateísta por pelo menos três gerações. Todavia, Darwin foi relutante em reconhecer as sãs dívidas para com outras pessoas, até seus ancestrais. Embora o argumento básico de Darwin sobre a transmutação das espécies já estivesse presente no livro de seu avô Erasmus Darwin, o Zoonomia, Darwin quis afirmar que a teoria da evolução era somente dele.

Uma das muitas poucas falhas de caráter de Charles Darwin foi esta: ele foi estranhamente possessivo sobre sua teoria, tanto que deixou de reconhecer seus predecessores, inclusive seu avô, até que seus detratores destacaram essas omissões gritantes. Ele queria que a teoria da evolução fosse a sua descoberta, a sua criação, o seu filho.

Fontes: Desafiando a Nomenklatura Científica, Criacionismo

NOTA: Mais e mais evidências surgem do comprometimento prévio do que hoje é conhecido como ´darwinismo´ e a filosofia natural, herança do Iluminismo do século XVIII. Darwin era fã do empiriocentrismo filosófico e viveu sob esta vertente filosófica. De fato, é preciso que entendemaos o mundo no qual Darwin vivia, ou seja, o que era a Europa de meados do século XIX, em termos da antropologia filosófica. Londres havia sido bombardeada, anos antes, pelo empirismo de David Hume (1711-1776), o terceiro e ´mais radical´ dos empiristas britânicos; bem como pelo do filósofo John Locke (1634-1704) e do filósofo e teólogo George Berkley (1685-1735). Este último era, também, ministro anglicano. Hume foi um cético radical, é chamado o pai do ´Utilitarismo´ e influenciou toda uma geração, combatendo os milagres (e, com este viés, lançando dúvidas quanto à própria existência de Deus), demitificando a Bíblia (como o faz em sua "História Natural das Religiões", de 1757) e trazendo a moral do campo absoluto para o existencial-material. Embora a obra de Darwin tenha se resumido ao campo da filosofia natural (nome comum para a ciência, na época de Darwin), é óbvio que ele contrastou as ideias científicas vigentes com o seu parco sentimentalismo religioso obtido à época em que cursou teologia, em Cambridge. O século XIX foi marcado por movimentos de avesão à doutrina da Igreja da Inglaterra. "Livre pensadores" ateus expunham suas dúvidas aos dogmas da Igreja desde a ascenção do Iluminismo. Esta era a sociedade na qual Darwin crescera e se formara. Questionamentos filosófico-teológicos, e não necessariamente científicos permearam claramente sua teoria, como o seu ´horror´ (como descritras em seu diário da famosa viagem a bordo do navio Beagle, para pesquisar formações rochosas e ideias taxonômicas na zoologia, na América do Sul) por uma vespa injetar ovos dentro de uma larva de borboleta para que esta servisse de alimento vivo para a cria daquela. Ideias como esta iam, de acordo com Darwin, de encontro à harmonia teleológica do argumento de pensadores como William Paley (1743-1805), personagem que Darwin admirou e cujas ideias defendeu por algum tempo. Após a morte de sua filha Annie, em 1851, Darwin parece ter se afastado completamente do Cristianismo e - hoje isto não é tão "absurdo" mesmo para os mais ferrenhos defensores de Darwin - abandonado quaisquer resquícios de crença em Deus que nele eventualmente houvesse. Darwin morreu ateu, desgostoso com sua vida e atribulado por causa do niilismo para o qual suas teorias e convicções filosófico-naturais o empurravam.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

Um comentário:

João Paulo Mendes disse...

Paz do Senhor meu irmão,

Seu blog contém muito bom material para pesquisa e análise, também gosto muito de apologia e vejo seus posts que visam essa área também. Parabéns!

João Paulo

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