Entre o fim do terror stalinista e o início da presidência de Brejnev, alguns intelectuais russos gozaram de um pouco de liberdade. Em “Zhivago’s Children: The Last Russian Intelligentsia”, Vladislav Zubok conta como círculos de amigos passaram a discutir temas como amor e literatura na União Soviética após a morte em 1953 de Stálin, que costumava proibir trabalhos artísticos por considerá-los subversivos e decadentes. Foi em um desses grupos que o então jovem Mikhail Gorbachev iniciou uma relação apaixonada com Raisa, com quem viria a se casar. Mas o verdadeiro degelo cultural soviético aconteceu sob o governo de Khruschev, com a realização em Moscou do Festival Mundial da Juventude, em 1957.
Fonte: Opinião e Notícia
NOTA: Pena que o degelo se mostre, de fato, breve. Desde Putin até agora, com Medvedev, o "gelo" tem aumentado. Na Rússia da atualidade, alguns assuntos parecem ter voltado ao patamar de tabus, e o governo não se mostra muito tolerante com oposicionistas políticos. Vários destes estão presos, ainda sob o mando de Putin. A Rússia tem voltado a falar sobre o seu arsenal nuclear com mais ênfase, além de não ser muito claro em relação ao seu posicionamento em crises graves de países que estão, geopoliticamente, ainda sob a sua sombra. Isso tudo, sem falarmos na situação de cristãos evangélicos que, na Rússia, têm visto seus direitos mais e mais cerceados (neste caso, muito por causa da pressão feita, de maneira indireta, pela Igreja Ortodoxa Russa). Esperamos que não haja um retrocesso grotesco na Rússia por causa de sucessivos presidentes e líderes, cujas perspectivas históricas não conseguiram sair dos dias da "guerra fria".
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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