
Questões como essas podem parecer "bobagens" para muitos cristãos, mas exemplificam algumas das mais debatidas na atualidade, nos melhores centros acadêmicos do mundo. Para tal, é necessário uma discussão interdisciplinar, e é mais ou menos isso a que se propõe o presente documentário. Como "respostas" a alguns dos problemas levantados, surpreendeu-me o fato de como a ciência pode ser paradoxal: ao mesmo tempo em que ojeriza o "dogmatismo obscurantista da religião", torna-se, ela mesma, dogmática no anseio (quase irracional) de eximir qualquer tipo de aceitação à "hipótese divina"! Fugindo do dogmatismo, tornam-se tão dogmáticos quanto os estereótipos dos quais tentam desvencilhar o pensamento científico. Pérolas como a explicação "científica" para uma das principais "questões antrópicas" (aquelas que parecem revelar que só um "milagre" - literalmente - poderia explicar a nossa existência no Cosmos), como é o caso da teoria do Multiverso, são tão surreais que o dr. Martin Rees curva-se perante uma comparação inevitável: é necessária tanta (ou muito mais) fé neste tipo de hipótese do que simplesmente imaginar um Criador ilimitado, transcendente... e que explicaria muito melhor o porquê de não termos problemas de contingências (casualidades) neste Universo.
Teorias como a do "Big Crunch" (um Universo retrocedendo até voltar a ser uma partícula fundamental e, a partir daí, gerar novamente outro "Big Bang"), a de mentes simuladas por computador e (a melhor de todas ;) ), a do "Multiverso" são exploradas e cientistas sérios bem como filósofos dão suas opiniões neste documentário. Goste você ou não é exatamente isso, repito, o que perfila na vanguarda das discussões metafísico-empíricas nos mais renomados centros acadêmicos mundiais. Exercite seu poder de crítico construtivo!!! Desligue um pouco a sua tv e assista ao documentário "O que ainda não sabemos". Por fim, comente, debata, exponha sua opinião! É exatamente assim que podemos construir algum pensamento juntos!!
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Um último pensamento. O apóstolo Paulo foi um dos cristãos que lidou com a aceitação da mensagem cristã e com o escárnio, a vituperação de sua mensagem, o desprezo de quem o considerava um louco. O livro de Atos dos Apóstolos fala sobre isso, mas é nos próprios escritos de Paulo, na Bíblia, que podemos observar que Paulo acerta quando pondera questões da existência humana que permeavam seus dias e que permeiam os nossos! Como é fácil, por exemplo, "inculcar-se por ´sábios´", haja vista que o modelo estabelecido neste mundo (grego, kosmos) é frontalmente contrário àquele que nos é apresentado oriundo do próprio Deus, conforme dizem-nos os escritos da Bíblia Sagrada. Sendo assim, Paulo sintetiza o "espírito de sua época" (observe o quão atemporal o mesmo é) ao escrever aos cristãos de Roma, em Romanos 1:22-23a: "Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível...". É exatamente isso o que vemos: o homem como a "medida" de todas as coisas, conforme preanunciava Protágoras (480 - 410 a.C.). Ao descobrirmos nossas limitações e, paradoxalmente, nossas incríveis e aparentemente insuperáveis capacitades intelectivas, só podemos imaginar que não somos a medida de todas as coisas... algo ou alguém o é.
Esse alguém (sim, "alguém", para que o Cosmos tenha sentido) é Deus!!!
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
3 comentários:
É fácil acreditar em algo. Difícil é questionar e descobrir a essência daquilo em que acreditamos.
Tiago, não deve ser fácil acreditar em algo, pois você vive questionando tudo e todos!
Pr. Artur Eduardo,leia "A Era das Máquinas Espirituais" de Ray Kurzweil- editora ALEPH.
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