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domingo, 18 de outubro de 2009

Crise no Judiciário

SÓ EM 2009, JUÍZES FORAM ALVOS DE 113 SINDICÂNCIAS

Motivo de resistência entre magistrados desde que surgiu, no final de 2004, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou seus quatro primeiros anos sem apresentar números significativos no que diz respeito, por exemplo, a investigações de juízes e desembargadores suspeitos de corrupção. De um ano para cá, tudo mudou. São 113 sindicâncias abertas em 2009, contra apenas 15 no ano passado, um crescimento de 653%.

O CNJ passou a cumprir a atribuição de mapear desvios éticos e disciplinares de um poder historicamente avesso a ser fiscalizado. Desde que foi instalado, em junho de 2005, o modus operandi também mudou. Agora, o conselho tem recorrido até a expedientes de polícia, como análise de variação patrimonial e de movimentações financeiras dos juízes. O centro nevrálgico da mudança é a Corregedoria Nacional de Justiça, instância do CNJ planejada para fiscalizar desvios disciplinares de juízes e solucionar o mau funcionamento de fóruns e tribunais.

Sob o comando do ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de setembro de 2008 a setembro deste ano a corregedoria abriu 5.358 procedimentos para apurar desvios de toda ordem no sistema judiciário brasileiro, desde falhas processuais e administrativas até venda de sentenças.

Nos primeiros quatro anos, tendo à frente outros dois ministros do STJ, Antônio de Pádua Ribeiro, hoje aposentado, e César Asfor Rocha, atual presidente do tribunal, a corregedoria abriu apenas 28 sindicâncias. Das 113 abertas neste ano, dez já se transformaram em processos administrativos disciplinares, que podem custar o emprego dos investigados.

Sete magistrados foram afastados preventivamente e quatro, aposentados compulsoriamente. É a pena máxima a que um juiz pode ser submetido na esfera administrativa. E ainda tem direito a salário proporcional ao tempo de trabalho, que só perde após uma sentença final.

Para ler a matéria completa, clique AQUI.

NOTA: Observe, prezado leitor, como nossas leis são injustas. Um magistrado que é "aposentado compulsoriamente" já foi julgado e condenado (administrativamente). Contudo, continuará recebendo o salário, que só perderá "após uma sentença final". Mas, se a maioria dos processos é exclusivamente administrativos (ou seja, quase não há processos criminais... pelo meno não havia), então os maus magistrados continuarão aposentados, sugando dos cofres públicos e com o todo o direito do mundo. Este show de anarquia de injustiças é um palco propício perfeito para a corrupção e, se não vimos vontade política para mudar tal cenário é porque muitos dos que estão formulando leis (e os que estão julgando-as) podem ser os réus de amanhã.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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