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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Exportando censura

CHINA PRESSIONA E DISSIDENTES SÃO "DESCONVIDADOS" DE MESAS REDONDAS, NA FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT

Dois livros traduzidos ao inglês com palestras e discursos do ex-presidente Jiang Zemin estão entre os lançamentos oficiais na Feira do Livro de Frankfurt. O maior evento comercial do mundo literário tem a China como o país homenageado, o que já provoca suficiente polêmica - a China censura cerca de 600 livros por ano, publicações estrangeiras são rotineiramente proibidas de entrar e vários escritores se encontram presos por questões políticas e de liberdade de expressão.

Escritores chineses críticos ao regime comunista de Pequim têm sido "desconvidados" de mesas redondas e debates na Feira de Frankfurt, por pressão do governo chinês. A China já ameaçou boicotar o evento se dissidentes fossem convidados. Cerca de 2.000 editores, escritores, artistas e jornalistas chineses participarão da Feira - o governo chinês investiu US$ 15 milhões em sua participação, a primeira em um grande evento cultural internacional.

Mas essa pouca tolerância do regime a críticas demonstra o desejo do cada vez mais poderoso regime comunista de exportar a censura para outros cantos do mundo. Em agosto, o governo chinês tentou impedir o Festival de Cinema de Melbourne (Austrália) de exibir um documentário sobre Rebiya Kadeer, a exilada líder uigur que acusa a China de cometer "genocídio cultural" contra sua etnia. O festival manteve a exibição. Hackers chineses vandalizaram o site do evento e o governo chinês, então, cancelou missões oficiais à Austrália como forma de retaliação. Cineastas chineses, pressionados pelo Ministério da Cultura, cancelaram a participação em Melbourne.

Fonte: Raul na China (Blog da Folha)

NOTA: Sinceramente, não entendo esta subserviência ocidental aos caprichos chineses... maiores exportadores de produtos "mão-de-0bra quase gratuita" do mundo (o que, aliás, quase leva à bancarrota grande parte de economias ao redor do planeta), os chineses demonstram seu desprezo pelos valores e costumes ocidentais, reafirmam-se como uma nação supressora dos direitos individuais e, mesmo assim, conseguem um status quo mundial que é inversalmente proporcional aos valores que mais desprezamos, como "sociedades liberais" ocidentais que somos. Realmente, é difícil de entender. Sabe-se que a economia é uma mestra cega e maligna, que dita normas e adequa, pós-modernisticamente, os valores àquilo que ela impõe. Deveríamos ter salvaguardado um pouco mais de amor próprio e ao próximo, pelo menos.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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