O presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, assinou o Tratado de Lisboa às 15h, conforme a hora da Europa Central (3 de novembro - grifo nosso). Ele é o último líder dos 27 líderes da União Européia a assinar, removendo assim a última barreira para a implementação do Tratado de Lisboa, o documento que dizem ser efetivamente idêntico à Constituição Européia que foi derrotada pelos eleitores públicos na França e na Holanda em 2005.
Klaus, o líder eurocético do país que fazia parte do bloco soviético, alertou repetidas vezes contra a intrusão do Tratado de Lisboa na soberania nacional e democracia, chamando o projeto de uma "Europa unida" de uma volta à tirania esquerdista. Desde o começo da batalha por causa do tratado, Klaus avisou que a ratificação do tratado sinalizaria o fim de seu país e o fim de todas as nações européias como Estados soberanos independentes.
Depois do voto "sim" no referendo da Irlanda no mês passado, a oposição de Klaus ao tratado era a última barreira para a plena implementação do acordo que os ativistas pró-vida alertaram que provavelmente resultará na perda dos direitos dos países de aprovarem leis que protegem os bebês em gestação e os idosos do aborto e eutanásia. Líderes pró-vida da Irlanda avisaram que sob o tratado as leis dos países membros serão interpretadas não pelos tribunais nacionais, mas pelo Tribunal Europeu de Justiça que não está sob a obrigação legal de considerar nenhuma outra lei além da lei européia. (...)
O tribunal decidiu que o Estado italiano tem de "parar de impor crenças em locais em que indivíduos dependem para ficar". Defensores da família avisaram que esse tipo de decisão sob o Tratado de Lisboa se tornaria obrigatória para todos os países membros, levando à ativa repressão em toda a Europa de expressões públicas do Cristianismo ou qualquer outra convicção que se oponha ao dominante secularismo europeu oficial.
Num discurso em 2005, Klaus perguntou a si mesmo se os ex-países comunistas não estavam arriscando cair em outro beco sem saída de sociedade controlada, de assistencialismo improdutivo, de bravo novo mundo de democracia social européia e de europeísmo vazio e artificial". A capitulação de Klaus foi antecipada na cúpula da UE da semana passada, quando o presidente francês Nicholas Sarkozy disse: "O Tratado de Lisboa entrará em vigor sem dúvida nenhuma no máximo até 1 de dezembro".
NOTA: O que esperar do superestado europeu? Primeiro, que as profundas raízes de discordâncias, por "n" motivos, jamais deixarão de existir. Segundo, para tal estrutura dê certo, é necessária uma liderança forte, carismática e que concentre, a princípio, a imagem de centralização dos interesses comuns. Não vejo outra coisa, além da religião, que teria estas características, imediatamente. É claro que há a política; mas, o líder ou a liderança política para tal empreitada precisaria de forças sobrehumanas para tal.... assim como a religiosa. Não olho e nunca olhei com bons olhos o tal "superestado" europeu. Nos moldes de hoje, seria mais uma mega-organização para a difusão do secularismo anticristão, e porque não dizer, de um paralelo autoritarismo híbrido (i.e., "social-democrata"), com autocracias institucionais e institucionalizadas, pelo Estado macro, em detrimento da supressão de liberdades civis fundamentais e do Cristianismo.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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