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domingo, 29 de novembro de 2009

Mais uma vez, o Irã

IRÃ ANUNCIA MAIS DEZ NOVAS USINAS DE ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO E, COM ISSO, ESCOLHE O ISOLAMENTO

O governo iraniano anunciou neste domingo, 29, planos de construir dez novas plantas de enriquecimento de urânio e disse que o trabalho começará dentro de dois meses, de acordo com a TV estatal. O anúncio é um claro desafio às potências ocidentais e à Agência Internacional de Energia Atômica, órgão ligado à ONU, que acusam o Irã de desenvolver um programa nuclear com o objetivo de obter armas nucleares. As novas plantas de enriquecimento de urânio terão o mesmo tamanho do principal complexo nuclear do país em Natanz e os trabalhos começarão em dois meses, anunciou a TV.O presidente linha dura Mahmoud Ahmadinejad, que teria participado da reunião em que a construção das novas plantas foi definida, disse que o Irã deve ter como objetivo a produção de 200 a 300 toneladas de combustível nuclear por ano.

Na semana passada, o líder iraniano esteve no Brasil e se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula, que foi criticado por receber Ahmadinejad, afirmou que o Irã tem o direito de desenvolver um programa nuclear pacífico e exortou o país a colaborar com a ONU na busca de uma solução negociada. "Dez novas plantas de enriquecimento serão construídas", disse o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, segundo a agência de notícias semi-oficial Mehr News. Segundo a TV estatal IRIB, os locais de cinco das novas plantas já foram definidos.

A decisão de construir novas plantas agravará as tensões entre a República islâmica e países como EUA, França, Reino Unido e Alemanha, além da Rússia e China, tradicionais aliados do Irã, que nos últimos meses negociaram com o país uma solução diplomática para o impasse em relação ao programa nuclear iraniano. O Irã nega que pretenda construir bombas nucleares e afirma que seu programa é pacífico.

(...)

REPERCUSSÃO

A Casa Branca disse que os planos do Irã representam sérias violações às suas obrigações internacionais e podem isolar ainda mais o país. "Se verdadeiro, isso representaria outra séria violação às claras obrigações do Irã com as múltiplas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e outro exemplo do país escolher o isolamento", disse o porta-voz Robert Gibbs em comunicado.

Fonte: Estadão

NOTA: Como se a negação do Irã, de que irá usar o enriquecimento de urânio para a construção de armas nucleares, valesse algo!... E continuamos com a passividade da ONU, "extremamente preocupada" com questões que são infinitamente secundárias; e passiva, inerte e omissa, com os crescentes desafios à instituição, oriundos da Ásia. Desacreditada pelos "de dentro" e chacoalhada pelos de fora, a ONU precisa ser completa e totalmente reformulada. Uma pena que o mundo assista também passivo à ascenção, mesmo que isolada, do autoritarismo, da supressão dos direitos humanos, do discurso segregacionista e o pior: baseado em uma predisposição mística maluca, chamada de "fé". Só se for a "fé" no fim!

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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