Manifestantes carregando um caixão invadiram a Câmara Legislativa do Distrito Federal nesta quarta-feira, 2, em protesto contra as denúncias de corrupção que envolvem o governador José Roberto Arruda (DEM) e o vice Paulo Octávio. Em meio a confusão, computadores, mesas e portas foram danificados. Chega a aproximadamente 500 o número de manifestantes reunidos no plenário da Casa. Eles afirmam que só se retiram do local quando sua reivindicação for atendida. Arruda e Octávio são acusados de comandar um esquema de corrupção em que estariam envolvidos também deputados distritais, secretários do governo e empresários. Inicialmente, 150 manifestantes chegaram à Câmara e quebraram a porta principal, de vidro, e a porta do plenário, de madeira. Os dois seguranças que tentavam conter os manifestantes não resistiram. Após alguns minutos, o número de invasores aumentou consideravelmente, chegando a cerca de 500. Entre eles há sindicalistas de várias categorias, estudantes e militantes de partidos como o PSOL. Os manifestantes entraram carregando um caixão que, dizem, simboliza o enterro do governador Arruda. Dentro do caixão, há um homem com uma faixa em que está escrita a palavra "governador". Eles usam megafones e gritam "Arruda na Papuda" - uma referência ao principal presídio do Distrito Federal - e "PO no xilindró", em referência a Paulo Octávio.
Estudantes que participaram do protesto contra o então reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mullholand, acusado de corrupção, participam do ato. Eles afirmam que ficarão acampados no plenário da Câmara como fizeram na UnB. Além do caixão, os manifestantes depositaram no plenário uma caixa de madeira que dizem ser uma "Caixa de Pandora" (nome da Operação da Polícia Federal que investiga o esquema de corrupção). No objeto, há palavra "DEM" e uma tradução: "Dinheiro escondido na meia".
Fonte: EstadãoNOTA: Em meio à sucessão de escândalos, dinheiro na meia, "orações pela propina" e aberrações do tipo, esvai-se cada vez mais a imagem do político honesto, do "homem do povo", daquele que luta pelos interesses da sociedade. Polarizam-se as tendências, principalmente entre os jovens (mais eufóricos), e abre-se a possibilidade de, em nome de uma contundente reestruturação do cenário político nacional, haver uma gradual supressão do estado democrático de direito que, acreditem, não só não resolverá o problema como poderá agravar muito mais algumas questões já críticas em nosso meio. Precisamos ter "vergonha", como NAÇÃO, e procurarmos a reflexão (isso - a reflexão - o mais necessário em quaisquer momentos de crise); uma auto-reflexão na qual nos perguntemos o porquê dos rumos que a nação tomou, como lida com questões sérias como esta e como nos deixamos levar por esse modus vivendi que, infelizmente, é o que caracteriza o povo brasileiro: a "malandragem", a "esperteza" e o sentimento de querer tirar vantagem em tudo. Sugiro uma auto-análise, a partir de cada indivíduo consciente desta nação, sob uma perspectiva bíblica, primeiramente para que estudemos o que a milenar ética bíblica teria a nos dizer sobre os rumos que decidimos trilhar.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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