Os antigos já especulavam sobre os limites dos sentidos, que por serem os nossos sentidos ainda não nos permitiram traçar um perímetro epistemológico (limitativo) geral. Sabe-se que não podemos nos fiar 100% nos mesmos, e é esta certeza - a de que não podemos ter absoluta certeza empírica - talvez o maior ponto de tensão entre os filósofos idealistas e os empiristas. Em tempos de crise metafísica, é bom sempre lembrarmos de nossos limites sensoriais e do fato de que, se atrelarmos tudo o que somos e todos os aspectos de nossa existência exclusivamente a este mundo, condenamo-nos a vivermos sempre sem um conhecimento efetivo, mas constantemente no não-conhecimento ou "quase-conhecimento", que resulta em conhecimento algum.
Por isso, uma realidade existe, a realidade formal de nosso conhecimento, da qual não podemos escapar, e pela qual formulamos questões como esta, que estou passando para você. Se a realidade formal do conhecimento é possível, ela se revesta de um aspecto de necessidade prévia, não que a necessidade implique na possibilidade, mas no fato daquela apontar para esta (como ressaltava Mário Ferreira dos Santos, em suas palestras sobre o "ilimitado" e o "ser necessário"). Uma vez que só pode haver especulação se houver conhecimento (por exemplo, o conhecimento do que é especular), então é necessário que haja conhecimento para que o próprio conhecimento exista. Se o conhecimento existe necessariamente, ele existe possivelmente. Logo, não criamos o conhecimento, mas nos amparamos nele, apropriando-nos, de forma que, sem cometer petição de princípio, valemo-nos do próprio conhecimento para justificá-lo, posto que este é apriorístico.
Por isso, uma realidade existe, a realidade formal de nosso conhecimento, da qual não podemos escapar, e pela qual formulamos questões como esta, que estou passando para você. Se a realidade formal do conhecimento é possível, ela se revesta de um aspecto de necessidade prévia, não que a necessidade implique na possibilidade, mas no fato daquela apontar para esta (como ressaltava Mário Ferreira dos Santos, em suas palestras sobre o "ilimitado" e o "ser necessário"). Uma vez que só pode haver especulação se houver conhecimento (por exemplo, o conhecimento do que é especular), então é necessário que haja conhecimento para que o próprio conhecimento exista. Se o conhecimento existe necessariamente, ele existe possivelmente. Logo, não criamos o conhecimento, mas nos amparamos nele, apropriando-nos, de forma que, sem cometer petição de princípio, valemo-nos do próprio conhecimento para justificá-lo, posto que este é apriorístico.
Conhecimento só é possível, se o ser for possível. E, como o conhecimento é comprovadamente necessário, o ser também o é. Todo e qualquer conhecimento coaduna-se à existência do ser necessário, como já especulavam os gregos. Este ser, indubitavelmente, é Deus.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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