BRASILEIROS ESTÃO MAIS DISPOSTOS A GASTAR COM SUPÉRFLUOS, AFIRMA PESQUISA
Os consumidores brasileiros e os asiáticos são os mais dispostos a retomar neste ano gastos em despesas que não são tidas como essenciais, como reformas da casa, artigos tecnológicos e férias. Esta é uma das conclusões de uma pesquisa da consultoria Nielsen, que entrevistou em dezembro do ano passado 17.500 usuários de internet em 29 países para saber sobre sua confiança na economia, suas principais preocupações e seus hábitos de consumo. A pesquisa coloca o Brasil no terceiro lugar do ranking de otimismo em relação à recuperação econômica.
De acordo com o estudo, o índice de confiança dos brasileiros é de 110, em uma escala de 0 a 200. Apenas Índia e Indonésia estão à frente do Brasil. Há seis meses, o índice brasileiro era de 96, colocando o país na quarta posição. Artigos supérfluos no Brasil - 49% dos entrevistados consideram que 2010 será um bom ou um excelente momento para voltar a gastar em artigos supérfluos e 38% acreditam que o ano "não será tão bom". A confiança dos brasileiros contrasta com a de outros países latino-americanos. Apenas 33% dos argentinos e 29% dos mexicanos pensam da mesma forma. Nos Estados Unidos, 31% dos ouvidos se disseram dispostos a investir em artigos supérfluos.
Segundo a pesquisa da Nielsen, 39% dos brasileiros planejam gastar dinheiro em férias, 43% em artigos tecnológicos e 40% em reformas em suas residências. Apenas 11% dos entrevistados dizem não ter nenhum dinheiro sobrando para gastar com itens que não são essenciais. Confiança global O índice de confiança dos consumidores ao redor do mundo subiu de 82 para 87 entre junho e dezembro de 2009. "A pesquisa da Nielsen mostra que nos últimos seis meses, os consumidores se tornaram mais confiantes na retomada de crescimento econômico de seus países", disse James Russo, vice-presidente da consultoria.
Russo explicou que a expectativa de recuperação econômica é maior nos países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos. Mais de 90% dos americanos e dos britânicos ouvidos consideram que seus países continuam em recessão, enquanto 83% dos chineses e 60% dos cingapurenses dizem que suas economias já está crescendo novamente. No Brasil, apenas 32% dos ouvidos acreditam que o país permanece em recessão, enquanto na Argentina e no México esse percentual chega a 69% e a 92% respectivamente. No primeiro trimestre de 2009, 69% dos brasileiros viam o país em crise.
Ásia Os asiáticos, assim como os latino-americanos, são os consumidores com o índice de confiança na economia mais alto. Os europeus seguem sendo os mais pessimistas. Na lista dos dez primeiros colocados no ranking de otimismo, seis países são da Ásia e dois da Oceania. Brasil e Canadá completam o grupo. Hong Kong foi o país que teve maior crescimento em seu índice de confiança: foram 21 pontos de elevação. Com isso, o país saltou para a sétima posição. Na outra ponta da tabela, o país em que o pessimismo mais cresceu foi o Emirados Árabes Unidos em decorrência da crise financeira de Dubai no final do ano.
Fonte: Uol
NOTA: Um fato curioso: não são todos os países "em desenvolvimento" que têm a (falsa) sensação de um crescimento rápido, vide os casos da Argentina e México. Obviamente que estamos falando de realidades diferentes, mas é fato que a percepção do que é "crescimento econômico real" não é bem compreendido pelos brasileiros. Isto também é fruto da falta de instrução: um percentual baixíssimo de brasileiros tem um curso superior (pelo que sei, é algo em torno de 1,5%); "conquistamos" os piores lugares nos exames internacionais e, vez ou outra, a imprensa divulga como nossa Educação anda caótica. Enquanto as Universidade Federais do Brasil, em quase sua totalidade, transformam seus cursos de Humanas em trincheiras revolucionárias contra o "imperialismo" capitalista, observa-se um índice como este, que revela um país mais consumista do que nunca. É o Brasil, paradoxal, indecifrável e sofrível.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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