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sábado, 12 de junho de 2010

"Israel ante o poder global"

ISRAEL - O ETERNO PÁRIA INTERNACIONAL


O episódio do navio turco em Israel resume-se em dois termos: "factóide" e "guerra assimétrica". Seria a marinha turca tão despreparada, tão ingênua, tão pueril ao ponto de ignorar que nenhum governo do mundo jamais deixaria um navio estrangeiro desembarcar toneladas de caixas numa zona em conflito sem examiná-las primeiro? Sobretudo depois que os mediadores israelenses foram recebidos a socos e pontapés, por que deveria o governo de Tel-Aviv aceitar a priori a hipótese de que o conteúdo das caixas fosse algo de tão inocente quanto bolinhos de bacalhau ou picolés de abóbora? É com base nesta hipótese maluca, teatral, fingida até o último limite de desespero, que a tal "opinião pública mundial" se desfaz em lágrimas de cólera contra a ação israelense.

O significado do caso vai, no entanto, muito além do de mais uma encenação patética de autovitimização palestina
. Muitos estudiosos do poder global, inclusive alguns bem honestos, asseguram que o establishment bancário europeu e anglo-americano tem no Estado de Israel um dos seus principais instrumentos de ação imperialista para a conquista do poder sobre todo o orbe planetário. A hipótese parece razoável à primeira vista, tendo-se em conta a elevada presença de judeus nos altos círculos do globalismo, mas ela recebe um desmentido cabal e flagrante quando se observa a atuação da mídia internacional nos vários conflitos que envolvem Israel. Afinal, um bilionário ter nascido judeu não faz dele automaticamente um patriota israelense ou um amigo dos demais judeus, como o sujeito ter nascido americano não faz dele um discípulo fiel dos Founding Fathers.

A mídia é o instrumento supremo de ação das elites globalistas sobre a opinião pública. Daniel Estulin demonstrou, em "A Verdadeira História do Grupo Bilderberg", que hoje em dia a grande mídia da Europa e dos EUA está concentrada nas mãos de uns poucos grupos globalistas. Se Israel estivesse a serviço desses grupos, o que veríamos nos jornais e canais de TV seria a defesa incondicional dos interesses israelenses mesmo quando fossem injustos e prejudiciais ao resto do mundo. Na realidade, o que se vê é precisamente o contrário: façam os judeus o que fizerem, eles são sempre os errados, os malvados, os imperialistas, os agressores. A guerra de ocupação cultural muçulmana no Ocidente, em contrapartida, é invariavelmente pintada com as cores mais inocentes e comovedoras, como se a imposição arrogante da shariah e do poder islâmico na França, na Alemanha ou na Inglaterra fosse apenas uma questão de proteger imigrantes desamparados e inermes. Diante de cada confronto espontâneo ou fabricado, a reação pró-islâmica e anti-israelense da classe jornalística mundial é sempre imediata, unilateral e sem o mais mínimo exame crítico.

A duplicidade de critérios com que aí são julgados os contendores mostra que a cobertura desses episódios, em praticamente todos os países e idiomas, já foi muito além do mero viés jornalístico e se transformou numa arma de guerra assimétrica. Ela tem a constância automática da obediência a um programa de ação previamente decidido. E quem o decidiu, senão os que têm os meios de fazê-lo, os donos da geringonça midiática? Se Israel tivesse a seu lado o esquema globalista, teria também a mídia internacional, mas esta é de fato o seu principal e mais odiento inimigo. Longe de ser instrumento de um projeto mundial de poder, Israel é hoje quase uma nação pária, como Honduras, a Colômbia, Uganda ou o Estado americano do Arizona, carregando, como eles, a culpa de tomar decisões independentes em favor de seu povo em vez de auto-sacrificar-se masoquisticamente no altar da Nova Ordem Mundial, como o fazem as nações européias.

Fonte:
Mídia sem Máscara

NOTA: É preciso que se deixe claro que o nosso posicionamento não é em favor a "arbitrariedades" de Israel, mas às dos que insistem em pintar um quadro - como exposto no texto acima - de uma imperialismo israelense que simplesmente não existe. Atacado de todos os lados, desde sua fundação, Israel sobrevive porque se tornou uma nação forte, apesar de pequeníssima. Antes da fundação de Israel, nunca ocorreu aos árabe-palestinos formar seu Estado, mas, em tudo o que o judeu toca, o islâmico (e especialmente o palestino) considera imediatamente como "sagrado" e "imprescindível" à existência cultural de seu povo. O episódio do barco turco, a "flotilha humanitária", foi lamentável, é verdade... mas o foi por causa do uso da máquina midiática globalista (essa sim, em função da Nova Ordem Mundial) que informa desinformando e que insiste em combater a única democracia do Oriente Médio.

Oremos, cristãos, pela paz em Jerusalém e pela nação de Israel.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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