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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Outro ultraje político do Brasil (VÍDEO)

A RELAÇÃO ENTRE OS POLÍTICOS E A JUVENTUDE POBRE NO BRASIL (OU "COMO TRATAR UM ADOLESCENTE BRASILEIRO")


Recebi do Vitor Grando, do site Despertai, Bereanos!, o seguinte e-mail, sobre o vídeo acima:

O flagrante abaixo, (...) apesar de curto, é bastante esclarecedor sobre a relação torta entre a população carente e os políticos brasileiros. O vídeo, filmado através de uma câmera digital simples, é obra do menino Leandro, que na época tinha 17 anos.

Segundo o advogado Ricardo Gama, que publicou o vídeo na internet, Leandro faz “marcação cerrada” no governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, desde que este teria, segundo o jovem, lhe prometido um notebook que nunca foi entregue.

Todas as vezes que encontra Cabral, Leandro registra o evento. Dessa vez, não foi diferente: o jovem filmou a visita do governador a um complexo esportivo de sua comunidade na companhia do presidente Lula e, segundo Gama, da candidata Dilma Rousseff, que não aparece no vídeo.

O início já é chocante. O menino diz que seu esporte preferido é tênis e pergunta por que não há jogos da modalidade no local. Lula responde que “Tênis é esporte da burguesia, p*%rra!” e, em seguida, sugere que Leandro pratique natação. O jovem então responde: “A gente não pode entrar na piscina!”.

Antes que Lula esboçasse qualquer reação, Cabral pergunta ao menino – em tom quase debochado, diga-se de passagem – por que a população não poderia entrar na piscina. Leandro, que não é governador, não tinha a resposta.

Nesse momento, há um corte no vídeo e Lula aparece falando com pessoas que, aparentemente, são responsáveis pelo complexo. O presidente, visivelmente preocupado com a imagem, avisa: “O dia que a imprensa vier aí e pegar um final de semana com essa p*%rra fechada, o prejuízo político será infinitamente maior que colocar dois ‘guarda’ aí. Coloca dois ‘guarda’ aí. Coloca ‘o Bombeiro’ para tomar conta e abre isso.”. Cabral concorda.

Depois, abraçado com o presidente, Leandro reclama que todo dia acorda com o barulho do Caveirão, nome popular do carro blindado usado pelo BOPE em incursões nas favelas. Cabral, ao lado, pergunta: “Caveirão ou traficante na porta, ‘malandragem’?”. Leandro reafirma o que disse, alega ter vídeos para comprovar e ainda ouve risadas quando fala que na rua onde mora não há tráfico de drogas.

No fim, Cabral chama o menino de “otário” e sugere: “Coloca essa inteligência toda para estudar, sacana”. Foi o desfecho ideal para o jovem, além de dizer que vai sempre á escola, corrigir o governador e mostrar que tem nome: “Leandro.”.

Esses são os "salvadores da pátria", para muitos, da nossa combalida, enganada e perdida população. Não é com uma retórica vazia "de oposição pela oposição", ou com oubras meramente populistas, alienatórias e subversivas que iremos modificar a realidade violenta e sem perspectiva dos brasileiros, de um modo geral. Que neste ano de eleição, os milhões de brasileiros que irão às urnas, obrigatoriamente, demonstrem através do voto seu repúdio quanto a esta escandalosa relação existente entre estas raposas políticas mandatórias, no Brasil, e uma população que a cada dia se mostra completamente sem condições para a promoção de mudanças efetivas no país.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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