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domingo, 14 de novembro de 2010

Juiz afirma: "Ossuário de Tiago não é falso"!

JUSTIÇA ISRAELENSE AFIRMA QUE NÃO HÁ EVIDÊNCIAS DA SUPOSTA FALSIFICAÇÃO DO "OSSUÁRIO DE TIAGO", IRMÃO DE JESUS

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Ela pesa 25 quilos. Tem 50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura. E está, indiretamente, no banco dos réus de um tribunal de Jerusalém desde 2005. A discussão em torno de uma caixa mortuária com os dizeres “Tiago, filho de José, irmão de Jesus” nasceu em 2002, quando o engenheiro judeu Oded Golan, um homem de negócios aficionado por antiguidades, revelou o misterioso objeto para o mundo. A possibilidade da existência de um depositário dos restos mortais de um parente próximo de Jesus Cristo agitou o circuito da arqueologia bíblica. Seria a primeira conexão física e arqueológica com o Jesus do Novo Testamento. Conhecido popularmente como o caixão de Tiago, a peça teve sua veracidade colocada em xeque pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

Em dezembro de 2004, Golan foi acusado de falsificador e a Justiça local entrou no imbróglio. No mês passado, porém, o juiz Aharon Far­kash, responsável por julgar a suposta fraude cometida pelo antiquário judeu, encerrou o processo e acenou com um veredicto a favor da autenticidade do objeto. Também recomendou que o IAA abandonasse a defesa de falsificação da peça. “Vocês realmente provaram, além de uma dúvida razoável, que esses artefatos são falsos?”, questionou o magistrado. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões. Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.

Especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém, Rodrigo Pereira da Silva acredita que todas as provas de que o ossuário era falso caíram por terra. “A paleografia mostrou que as letras aramaicas eram do primeiro século”, diz o professor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). “A primeira e a segunda partes da inscrição têm a mesma idade. E o estudo da pátina indica que tanto o caixão quanto a inscrição têm dois mil anos.” O professor teve a oportunidade de segurá-lo no ano passado, quando o objeto já se encontrava apreendido no Rockfeller Museum, em Jerusalém.

Durante o processo, peritos da IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase escrita nele em araimaco seria forjada. Depois, mudaram de ideia e se ativeram apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas ele seria falso, afirmaram.

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O ossuário pode ser a primeira conexão arqueológica de Cristo com o Novo Testamento.
Em parte da inscrição (acima) está escrito, em aramaico: “irmão de Jesus”.

A justificativa é de que, naquele tempo, os ossuários ou continham o nome da pessoa morta ou, no máximo, também apresentavam a filiação dela. Nunca o nome do irmão. Professor de história das religiões, André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, levanta a questão que aponta para essa desconfiança. “A inscrição atribuiria a Tiago uma certa honra e diferenciação por ser irmão de Jesus. Como se Jesus já fosse um pop­star naquela época”, diz ele. Discussões como essa pontuaram a exposição de cerca de 200 especialistas no julgamento. A participação de peritos em testes de carbono-14, arqueologia, história bíblica, paleografia (análise do estilo da escrita da época), geologia, biologia e microscopia transformou o tribunal israelense em um palco de seminário de doutorado. Golan foi acusado de criar uma falsa pátina (fina camada de material formada por microorganismos que envolvem os objetos antigos). Mas o próprio perito da IAA, Yuval Gorea, especializado em análise de materiais, admitiu que os testes microscópicos confirmavam que a pátina onde se lê “Jesus” é antiga. “Eles perderam o caso, não há dúvida”, comemorou Golan.

O ossuário de Tiago, que chegou a ser avaliado entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões, é tão raro que cerca de 100 mil pessoas esperaram horas na fila para vê-lo no Royal Ontario Museum, no Canadá, onde foi exposto pela primeira vez, em 2002. Agora que a justiça dos homens não conseguiu provas contra sua autenticidade, e há chances de ele ser mesmo uma relíquia de um parente de Jesus, o fascínio só deve aumentar.

Fonte: Isto É

NOTA: Parece que esta decisão judicial, afinal, aponta para o fim de boa parte das discussões sobre o objeto que, diga-se de passagem, já era considerado autêntico por boa parte da comunidade acadêmica envolvida nas disciplinas que giram em torno da arqueologia da caixa. Se este "Tiago" for o meio-irmão de Jesus, então esta é uma prova indubitável da historicidade de Cristo, o que, aliás, há muito não é mais negado pelos acadêmicos. Contudo, é sempre bom termos mais evidências palpáveis, tanto da existência de Cristo, quanto da de seus discípulos e outros personagens mencionados nas páginas da Escritura. Creio que a Arqueologia Bíblica ainda fará muitas outras fascinantes descobertas, dando continuidade à maravilhosa série de descobertas feitas nos séculos XIX e XX.

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

2 comentários:

Marcos disse...

Olá pastor,
depois do cenario com galileu, a romana dos ultimos tempos tem se dobrado perante a comunidade cientifica, o q será q fará desta vez? um dogma está sendo desmascarado!
glória!!

Marcos disse...

lembrei-me agora...
apesar de eles já dizerem que José tinha filhos de outra mulher!! rs

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