Um investigador da Polícia Civil confirma a suspeita. "Estamos investigando três casos de esfaqueamento que de fato têm relação com o tráfico. Em um deles, a vítima é uma mulher que teria algum tipo de ligação com o Mica." Segundo o Exército, ocorreram cinco homicídios nos complexos desde a ocupação pela Brigada Paraquedista em 23 de dezembro passado. Os militares não informaram exatamente quantos morreram a golpes de faca.
O Exército confirma que ainda existem drogas e armas escondidas nos complexos.
Outro indício da nova investida do tráfico é que bandidos, segundo disse à Folha um oficial do Exército, voltaram a montar barricadas, desta vez com pedras, para barrar patrulhas. Cinco delas foram encontradas e desmontadas pelas tropas. Moradores relatam que são vigiados pelos "soldados do tráfico" remanescentes no morro. Líderes comunitários estão entre os alvos; um deles chegou a deixar a favela por 20 dias, após ameaça. O Exército já fez 72 detenções de suspeitos de ligação com o tráfico, mas sem provar vínculo. Outras sete pessoas ficaram presas, acusadas de traficar no sistema chamado pelo general de "formiguinha" -- o tráfico discreto, sem as chamadas bocas de fumo vigiadas por homens com fuzis.
Fonte: G1Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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