A diplomacia americana, baseada em informações divulgadas no Wall Street Journal acusou nesta quinta-feira (14) o Irã de ajudar o governo da Síria na repressão de manifestações a favor da democracia. "Acreditamos que há informações críveis de que o Irã está ajudando a Síria... na repressão das manifestações", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. "É uma preocupação real para nós", afirmou. "Se a Síria está se voltando para o Irã para pedir ajuda, não pode ser séria em relação a verdadeiras reformas", acrescentou. O governo da Síria negou as acausações. "As declarações do porta-voz do Departamento de Estado não têm fundamento", declarou à France Press um funcionário, que não quis se identificar. "Se o Departamento de Estado tiver provas, que as mostre."
Enquanto isso, nas ruas sírias...
Pelo menos 200 pessoas morreram na Síria desde o início do movimento de protesto contra o governo, no dia 15 de março, em sua maioria vítimas das forças de segurança ou de policiais vestidos à paisana, denunciou nesta quinta-feira (14) a Anistia Internacional em comunicado.
A organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres, disse ter recebido uma lista nominal de pelo menos 200 pessoas mortas durante as manifestações, embora "o número real possa ser muito mais elevado". "A maioria morreu vítima dos tiros disparados pelas forças de segurança ou de homens em roupas civis que estavam a seu lado e usaram balas reais, por mais que o governo afirme que os principais responsáveis são grupos armados da oposição", disse a Anistia Internacional.
As afirmações e desmentidos do governo "são contraditórios com os depoimentos que vimos recebendo de testemunhas" dos polos do movimento de protesto, em Deraa (sul), Damasco, Latakia e Banias (noroeste), afirma Malcolm Smart, diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e a África do Norte. "Testemunhas falam de franco-atiradores do governo que dispararam contra manifestantes, e do uso da força desmedida", acrescenta. "Para determinar a verdade, é preciso realizar com urgência uma investigação independente, completa e profunda", sustenta. O regime sírio enfrenta desde 15 de março um movimento popular de protesto sem precedentes, inspirado nas rebeliões em outros países árabes.
NOTA: E, creiam-me, prezados internautas, isto é só o começo!
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário