Irlan disse que Felipe foi morto por reagir ao assalto: criminoso não deu pistas do comparsa
Um dos criminosos da dupla suspeita de ter matado o estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, entregou-se à polícia na tarde desta quinta-feira (9) em São Paulo. Segundo o delegado Mauricio Guimarães Soares, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Irlan Graciano Santiago, 22 anos, assumiu que, ao lado de um comparsa ainda não-identificado, tentou roubar o carro do aluno da Universidade de São Paulo (USP) no dia 18 de maio.
Em seu interrogatório, o bandido disse que a vítima reagiu no momento da abordagem e que, por isso, seu colega acabou efetuando um disparo "a esmo", nas palavras do delegado. Irlan foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte), crime cuja pena varia de 20 a 30 anos de prisão. Como se apresentou por vontade própria, não tem passagem pela polícia e possui residência fixa, o suspeito já está solto. O delegado assumiu que há "um risco" de criminoso fugir, mas acredita que "seria pior para ele".
Irlan, conhecido como "Queiroz", é morador da favela São Remo e, segundo seu advogado, Jeferson Baddan, teria decidido participar do assalto por enfrentar dificuldades financeiras. O criminoso confesso chegou a ser colocado diante dos repórteres para explicar sua versão do ocorrido. Segundo ele, o estudante da USP teria dado "dois socos na cara" de seu comparsa e tentado tomar a arma do crime. Foi nesse momento, disse ele, que o disparo fatal teria sido dado. Nitidamente nervoso e com um gorro na cabeça, o jovem afirmou que praticou o crime "por necessidade". Questionado se teria algum recado para a família de Felipe, afirmou estar "arrependido".
Investigações
O nome do suspeito foi incluído nas investigações após uma série de denúncias logo nos dias seguintes ao crime. Desde então, a polícia fez operações para tentar deter o rapaz. A família de Irlan já havia sido localizada e avisada de que, caso ele fosse mesmo o autor do assalto, deveria se entregar.
Violência na USP é problema antigo
O advogado do criminoso também prestou esclarecimentos à imprensa na sede do DHPP. Ele explicou que sua estratégia foi convencer Irlan a se apresentar à polícia como forma de garantir sua liberdade. O delegado, no entanto, afirmou que ao final do inquérito - que não tem data para ser encerrado - irá pedir à Justiça a prisão preventiva do rapaz. A polícia diz ter o esclarecimento "quase que total" do que aconteceu na noite da morte de Felipe. Irlan e o comparsa teriam abordado inicialmente um outro veículo para efetuar o roubo armado. Os bandidos, porém, perceberam que a vítima seria deficiente física. Alegando ter sentido "pena" da mulher, eles a deixaram seguir. Instantes depois, a dupla atacou Felipe com o objetivo de roubar seu veículo e usá-lo na fuga do local, como apontam as investigações.Com o imprevisto, os assaltantes desistiram de levar o Passat blindado do estudante morto e voltaram a abordar a deficiente, que ainda permanecia por perto. Teria sido com o carro dela que eles fugiram da universidade. O rapaz se negou a dizer o nome de seu comparsa. Seu advogado evocou a "ética" do crime para afirmar que, ao contrário das insinuações de repórteres, ele não estaria atrapalhando as investigações. "Todo cagueta ou morre na cadeia ou na comunidade", disse Baddan, insistindo que seu cliente não está obstruindo o trabalho das autoridades.
Fonte: UolNOTA: Ohhh, vamos, então, dar um prêmio a este bandido, que "não está atrapalhando as investigações" da polícia, por não dizer o nome do amigo criminoso que, segundo ele, foi quem matou o jovem aluno Felipe. E o pior: não ficar preso! Não deveria haver cláusula alguma que pudesse ser evocada mediante um réu confesso chegar à polícia, por vontade própria, admitindo que cometeu o crime pelo qual está sendo investigado. É o fim da picada!...
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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