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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Nossa alma, essa enganadora!...

"A CONFUSA VOZ DA ALMA"


Vivemos em meio a muitas correntes de pensamentos antagônicos aos valores do Reino de Deus. Existem muitos discursos correntes que adotamos, ou melhor, que nos adotam e nos fazem suas marionetes, mas nem sempre temos plena consciência de sua existência. Tal influência é sutil e instala-se em nossa alma de maneira profunda e enraizada. É necessário flagrarmos com precisão a voz de nossa alma para discernirmos com clareza a voz de Deus.

A voz da alma recebe, em primeiro lugar, a influência intelectual. Quanto maior a capacitação, mais fortemente será a tendência de ser conduzida por uma voz cheia de indagações e soluções próprias. Como característica, esta voz terá sempre uma sequência lógica, apreciadora de si mesma, autossuficiente, autoconfiante e auto dependente. O apóstolo Paulo disse que “... a ciência incha, mas o amor edifica. Se alguém pensa saber alguma coisa, ainda não sabe como convém saber” (1 Coríntios 8.1-2). Mesmo homens profundamente intelectualizados aprenderam a não se deixar enganar pela pobre voz da razão. Werner Heisenberg (1901-1976), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1932, disse que o primeiro gole do copo das ciências naturais torna ateu; mas, no fundo do copo, Deus aguarda. No ápice de sua intelectualidade, Albert Einstein afirmou que existem duas maneiras de você entender a vida: ou acredita que não existem milagres, ou se entrega à verdade que tudo é um milagre. (Leia também: Pv 3.5-8; 14.12; 16.1-9; Jr 9.23-24; Rm 12.16; 1Co 3.18-20; Gl 6.3; 1Tm 6.3-4).

A alma também recebe a influência emocional. O salmista identifica diferentes sentimentos que se passam em seu mundo interior perguntando: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus” (Salmo 43.5). Parece-nos que o salmista lidava conscientemente com a voz de sua alma que queria perturbá-lo. Esta voz emocional da alma apontava uma realidade de não percepção da presença de Deus. Davi, porém, contra-atacava com lembranças positivas de sua experiência com Deus (v 4). Seu comando à alma - “espera em Deus” - nos ensina como devemos tratar nosso mundo interior. O profeta Jeremias também nos ensina que, em meio às lutas e adversidades, ao invés de sermos dominados por desespero e angústia, devemos trazer à memória o que nos dá esperança (Lamentações 3.21). (Leia também: 2 Sm 15.30ss; Sl 62.5; 131.1-3; Mt 6.25ss; Lc 12.22; Jo 14.1; Fp 4.6; 1 Pe 5.7).

Por último, a voz da alma recebe a influência volitiva, ou da vontade. Sem necessária origem na razão ou na emoção, temos impulsos, desejos e vontade própria. O livro de Juízes diz que a vontade desenfreada reinava no meio do povo com cada um fazendo o que parecia direito aos seus olhos (Juízes 17.6). O governo da vontade própria afastava o povo de Deus, trazendo sobre eles as consequências trágicas de serem dominados por outros povos. Em meio à escravidão, os filhos de Israel clamam e o Senhor levanta um libertador para restabelecer a paz. Em meio à paz, novamente cada um deixa-se dominar por sua própria vontade. Esse ciclo se repete por sete vezes neste período, retratando nossas vidas quando nos deixamos ser governados por nossos desejos loucos e desvairados. Jesus nos ensina que devemos nos submeter totalmente a Deus dizendo: “Pai, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.42). (Leia também: Nm 15.39; Dt 12.8; Jz 21.25; Pv 12.15; 21.2; 30.12; Ec 11.9).



Somos seres inteligentes, temos um fantástico mundo emocional e possuímos vontade própria. Mas nenhuma dessas características da alma deve controlar nosso ser. Ao contrário, nossa alma deve aprender a aquietar-se, deixar-se ser restaurada pela Palavra e controlada pelo Espírito Santo. Quando isso acontece, a voz da alma alinha-se à voz de Deus. (Leia também: Sl 46.10; 19.7; Rm 12.2; 1 Ts 5.23; 1 Pe 1.22; Gl 5.22-23; Ef 3.19).

Fonte: Pr. Rodolfo Montosa, da Ipilon

Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo

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