E se você descobrisse que quase tudo o que aprendeu na escola sobre a história da América Latina estava errado? O livro Guia politicamente incorreto da América Latina (Editora LeYa, 335 páginas, 39,90 reais) desconstrói os maiores mitos e ataca as figuras mais sagradas do continente. Numa continuação do sucesso editorial Guia politicamente incorreto da história do Brasil, de Leandro Narloch, o autor, desta vez ao lado do repórter de VEJA Duda Teixeira, desfaz os velhos discursos expondo os erros cometidos pelos mocinhos e as virtudes daqueles considerados vilões. A publicação já chega às livrarias de todo o país como um best-seller.
Fato: O guerrilheiro promovia execuções sem julgamento, além de perseguir roqueiros, hippies, gays e trabalhadores preguiçosos. Tinha vontade de começar uma guerra nuclear e repetia que “um povo sem ódio não pode triunfar sobre um inimigo brutal”.
Mito: Os índios viviam felizes numa sociedade bem organizada e igualitária quando os malvados europeus chegaram à América, no fim do século XV. Explorados, astecas, incas e maias perderam seus grandiosos impérios e sua identidade cultural.
Fato: Os indígenas faziam sacrifícios humanos e obrigavam povos subjugados por eles a fazer migrações forçadas e a aceitar símbolos religiosos alheios. Milhares de índios festejaram a chegada dos conquistadores espanhóis e a vitória deles sobre os imperadores nativos.
Mito 3: Bolívar
Mito: Simon Bolívar comandou as revoluções que promoveram a independência de Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Ele chegou a ser aclamado ‘libertador’ em 1813. Ficou conhecido por ter uma visão socialista e ir contra os privilégios dos mais ricos.
Fato: Bolívar nasceu na aristocracia colonial e recebeu uma educação digna de nobres. Adulto, tornou-se um homem altamente autoritário e centralista. Ele participou da luta de classes – só que na parte de cima: temia que os negros e mestiços assumissem o governo.
Mito 4: Negros revolucionários do Haiti
O revolucionário haitiano Toussaint L'Overture (Mansell/Time Life Pictures/Getty Images)
Mito: A Revolução do Haiti, em 1791, foi a única revolta escrava vitoriosa na América. Seus resistentes protagonistas lutaram contra a escravidão instaurada pelos mandatários brancos, que restringiam a liberdade dos vassalos com políticas racistas.
Fato: Os revolucionários haitianos criaram uma monarquia escravista ainda pior do que a europeia. Eles próprios submeteram os outros negros à escravidão e os atacaram para vendê-los como escravos em troca de pólvora e de dinheiro.
Mito 5: Perón
Mito: Juan Domingo Perón foi três vezes presidente da Argentina. Ele é visto como herói no país por ter promovido grandes mudanças sociais e ajudado o país a crescer. Ao lado de sua mulher, Evita, tem um enorme apelo popular na esquerda.
Fato: Perón destruiu a economia argentina ao inibir investimentos internos e externos. Atacou grupos de esquerda e tinha admiração por fascistas italianos e alemães. Acolheu nazistas na Argentina após a II Guerra. Já Evita era consumista e fã de vestidos de grifes francesas.
Mito 6: Pancho Villa
Mito: Durante a Revolução Mexicana, Pancho Villa tornou-se muito popular entre os camponeses, que o admiravam como uma espécie de Robin Hood. Eles apoiaram Pancho porque pensavam que ele faria uma reforma agrária no México.
Fato: O bandoleiro foi, na verdade, um latifundiário cruel. Além de se recusar a dividir suas terras, submeteu os empregados da fazenda que ganhou do governo a uma rígida disciplina, fuzilando os que eram pegos roubando. Dizia que a ideia de igualdade social era uma farsa.
Mito 7: Allende
Fato: Allende atacou e perseguiu a imprensa chilena, favoreceu terroristas cubanos, além de passar por cima dos sistemas Judiciário e Legislativo do país. Criou um enorme caos econômico e institucional no Chile e foi deposto por militares que inicialmente estavam do seu lado, como Pinochet.
Fonte: Veja
NOTA: É como se diz no The History Channel: Se não quisermos repetir os erros do passado, precisamos conhecê-lo! Um povo sem passado é um povo sem história!
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