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sábado, 20 de agosto de 2011

Violência urbana cresceu 22% em 10 anos

UM BRASIL MUITO MAIS VIOLENTO


Policial militar ajudando transeuntes em meio a um tiroteio.

O percentual de pessoas assassinadas em vias públicas no Brasil cresceu 22% entre 1999 e 2009. No mesmo período, o índice de vítimas que chegaram a receber algum tipo de atendimento em hospitais e unidades de saúde caiu 12,6%. Em média, de cada 10 brasileiros baleados nas ruas em 2009, apenas três conseguiram chegar com vida a um hospital para receber o socorro. Os números contrastam com a ampliação da oferta de serviços médicos-hospitalares no mesmo período.

Segundo dados do sistema Datasus, do Ministério da Saúde, das 26.902 mortes causadas por agressão de arma de fogo em 1999, 10.858 (ou 40,3% do total) ocorreram em via pública. Em 2009, das 36.624 mortes registradas, 18.009 (49,1% do total) ocorreram em ruas. Por outro lado, em 1999, 8.881 mortes (33%) aconteceram em hospitais ou outros tipos de unidades de saúde. Dez anos depois, esse número passou para 10.567 (28,8%).

As mortes nas ruas contrastam com um detalhe considerado importante pelas autoridades em saúde ouvidas pelo UOL Notícias. Em 2003, houve a implantação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que reduziu o tempo-resposta dos atendimentos nas ruas, especialmente dos crimes violentos. Segundo o Ministério da Saúde, o serviço atende hoje a uma população de 112 milhões de pessoas, em 1.502 municípios --entre eles os maiores e mais violentos.

Assassinatos no Brasil superam números de guerra!
Responsável pelo estudo Mapa da Violência, o diretor do Instituto Sangari, Julio Jacobo, disse ao UOL Notícias que as armas de fogo do Brasil possuem uma das maiores letalidades do mundo, com índices piores que os registrados em guerras.

"Aqui nós temos uma média de cerca de 1,5 morte para cada internação hospitalar por arma de fogo. Em guerras, esse número é de um morto para cada 3, 4 ou 5 internamentos. Ao contrário dos países da Europa, onde os índices de mortes por arma de fogo são pequenos, no país ultrapassa os 70%, o que mostra que existe mais premeditação e menos passionalidade", afirmou o pesquisador.

Questionados sobre os dados do Datasus, Jacobo disse que acredita que eles ainda trazem uma subnotificação de mortes violentas nos hospitais. "O que acontece é que muitos dos registros de armas de fogo se perdem dentro dos hospitais. Ele dá entrada como vítima de arma de fogo, mas depois ele acaba sendo notificado Datasus com o tipo de contusão, ou seja, se foi ferimento no pulmão, um trauma, um problema neurológico. Esse quadro começou a mudar há de três anos para cá, mas ainda não temos estudos feitos que apontem um número real", disse.

Um especialista em medicina legal apontou que, especialmente no Nordeste, é comum ver execuções com muitos tiros, o que reduz significativamente a chance da vítima chegar com vida a um hospital.

"Já vi casos de pessoas levarem 22 tiros. Ou seja, o indivíduo vai para matar e não dá mais chance à vítima. As balas mais comuns que vemos nas necropsias aqui no Nordeste são a do revólver 38 e das pistolas 380 e 765. Mas o poder de explosão da 765, por exemplo, é muito maior que a de um 38. Ela é comum, e causa um dano a órgãos e tecidos muito grande. Isso, claro, causa uma maior letalidade”, explicou o legista do IML (Instituto Médico Legal) de Pernambuco, que pediu para não ser identificado.

Já os professores Claudio Beato e Luís Felipe Zilli, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, citam no estudo “A Estruturação de Atividades Criminosas” outro ponto que contribui para o aumento da mortalidade: o acesso fácil às armas de fogo e suas balas. “No início dos anos oitenta, pouco mais de 40% dos homicídios eram praticados por arma de fogo. Hoje são mais de 70%. Pode-se atribuir às armas o crescimento dos homicídios desde meados dos anos 80 até 2004. Hoje é cada vez mais barato e fácil ter acesso a elas no mercado ilegal. Com pouco mais 150 reais é possível obter um revólver”, dizem.

Fonte: Uol

NOTA: Contudo, o problema não são apenas as armas de fogo! Quem está matando? O estudo não diz, mas são criminosos, bandidos que cobram dinheiro no tráfico de drogas, latrocidas e grupos de extermínio! Não pense, prezado internauta, que os cidadãos que têm armas estão matando mais do que nunca! Num país de IMPUNIDADE ABSOLUTA, desestruturação familiar, omissão criminosa do governo, o que você e eu esperaríamos? Redução da criminalidade? Não e não! Vamos ver, ao que tudo indica, estes números aumentarem - e muito! - e, por fim, a "soluçaõ final": um controle onipresente, estatal, baseado na premissa do "controle da segurança pública". Quem viver, verá.

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