Ao mesmo tempo, a administração Obama, gentilmente secundada pela grande mídia, faz o que pode para impedir que os militantes da Al-Qaeda, do Hamas e de entidades congêneres sejam chamados de "terroristas" e para fomentar, em vez disso, o uso desse termo como qualificativo adequado para os membros do Tea Party e das organizações religiosas conservadoras em geral. Há várias décadas todos os atentados terroristas do mundo são cometidos por muçulmanos radicais ou por organizações esquerdistas; nenhum por qualquer grupo de conservadores ou cristãos (a tentativa de assim rotular o norueguês Anders Breivik revelou-se uma farsa grotesca). Bem ao contrário, por toda parte os cristãos são vítimas de uma política de extermínio que os elimina à base de cem mil por década, mas isso não vem ao caso.
"Terrorista", segundo a elite obamista, não é quem mata pessoas a granel: é quem vota ou fala contra Barack Hussein Obama, contra o abortismo ou contra o excesso de gastos públicos. No Egito, um dos líderes elevados ao poder com a ajuda do governo Obama já prega abertamente a matança generalizada de cristãos, mas não há nisso o menor sinal de uma política de terror: terror é sugerir, mesmo por hipótese, que o atual presidente americano se elegeu com documentos falsos ou que ele tenha algum interesse em comum com os inimigos do seu país. Dentro de alguns anos, a opinião pública terá se habituado aos novos sentidos das palavras, ao ponto de não conseguir mais conceber um ataque terrorista senão sob a forma de pregação bíblica com sotaque Redneck.
Para maior glória da reforma semântica, a chefe da Homeland Security, Janet Napolitano, divulgou recentemente a nova descrição oficial do terrorista típico. Qual a raça do cidadão? "Caucasian". É o branco de origem europeia. Isso exclui os árabes in limine. Claro, quem não sabe? As hostes do Hamas e da Al-Qaeda compõem-se eminentemente de loiros de olhos azuis. Só um maldito racista ousaria pensar que não. O desafio satírico de Groucho Marx – "Afinal, você vai acreditar em mim ou nos seus próprios olhos?" – tornou-se política oficial. Será possível continuar não enxergando por trás dessa confluência de iniciativas uma estratégia geral de mutação psicológica das massas, a mais ambiciosa, prepotente e louca de todos os tempos?
Fonte: MsM
NOTA: Não, professor Olavo, não há nada de "demência" naquilo que o sr. bem chamou de "estratégia geral de mutação psicológica das massas". Na disjunção que é o título que coloquei para o referente post, a primeira parte é VERDADEIRA ("prepotência")!
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