Nas infindáveis representações em quadro da crucificação, penso haver um elemento fundamentalmente errado: a cena estática não faz jus à dinâmica real, por mais belas que sejam as formas pelas quais as tintas foram colocadas nas telas. Inigualável é a forma como o Evangelho de Lucas, por exemplo, pinta a imagem com as letras. À esquerda e abaixo de Cristo o Evangelho sugere que eclode o que há de ...pior na Humanidade; à direita, de um dos ladrões que foram crucificados com o Senhor, o Evangelho reproduz-lhe as palavras, fazendo-nos perceber que o Homem pode ao menos clamar por esperança; ao centro está Cristo.
Não creio que se deva imaginar apenas um homem moribundo, como os quadros geralmente fazem, pois não são dinâmicos e o momento da morte torna-se o mais iconográfico. Pelo contrário, a dinâmica da cena descrita no Evangelho descreve escárnios, confusão, alvoroço e trevas, que cobriram toda a cena. É a hora da morte de Cristo. Mas, espiritualmente, é a partir das trevas descritas que temos certeza da Luz divina que perpassa a cruz e ainda salva "o Homem da direita".
É através da Luz de Deus pela cruz em trevas que o "quadro" da crucificação deveria ser pintado, mas penso não ser possível tal feito apenas com pincel e tinta. Creio que é por isso que muitos pintores esforçam-se ao máximo para reproduzirem, a partir do que eles mesmos sentem e da maneira mais dinâmica possível, o que realmente significou o momento da crucificação. Como, por mais hábeis que sejam, tais pintores só podem reproduzir um momento de cada vez, tentam fazê-lo beirando a perfeição. E assim eternizam, da cena, espanto, dor, lamento, lágrimas, morte e, em alguns trabalhos mais acurados, Luz.
Não creio que se deva imaginar apenas um homem moribundo, como os quadros geralmente fazem, pois não são dinâmicos e o momento da morte torna-se o mais iconográfico. Pelo contrário, a dinâmica da cena descrita no Evangelho descreve escárnios, confusão, alvoroço e trevas, que cobriram toda a cena. É a hora da morte de Cristo. Mas, espiritualmente, é a partir das trevas descritas que temos certeza da Luz divina que perpassa a cruz e ainda salva "o Homem da direita".
É através da Luz de Deus pela cruz em trevas que o "quadro" da crucificação deveria ser pintado, mas penso não ser possível tal feito apenas com pincel e tinta. Creio que é por isso que muitos pintores esforçam-se ao máximo para reproduzirem, a partir do que eles mesmos sentem e da maneira mais dinâmica possível, o que realmente significou o momento da crucificação. Como, por mais hábeis que sejam, tais pintores só podem reproduzir um momento de cada vez, tentam fazê-lo beirando a perfeição. E assim eternizam, da cena, espanto, dor, lamento, lágrimas, morte e, em alguns trabalhos mais acurados, Luz.
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
Pr. Artur Eduardo
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