Os que acompanham o blog FATOS EM FOCO já sabem como é nossa filosofia. Não expomos só fatos exclusivamente relativos à religião, embora damos preferência àqueles que são, neste aspecto, relevantes. Também nos propomos a emitir nossa opinião numa perspectiva genuinamente cristã. Particularmente, como cristão e pentecostal, sinto-me cada vez mais impelido a esclarecer, com artigos próprios, o porquê de não se inteligente confundir pentecostalismo com neopentecostalismo, e mais: fundamentar a crença pentecostal - e aqui refiro-me especificamente à questão da ação do Espírito Santo, conforme rezam as Escrituras -, até deixando um pouco de lado abordagens que considero mais periféricas no pensamento pentecostal em geral, como a Escatologia. Como pré-milenista histórico, sinto por não ter o tempo que gostaria para esmiuçar melhor as diferenças entre as principais correntes de pensamento pentecostais e não-pentecostais, sobre os mais diversos assuntos. Mesmo correndo contra o tempo, friso aqui que vou dar uma resposta bíblica a alguns blogueiros, auto-intitulados "filósofos cristãos", que propagam mais a discórdia, sob a forma de escárnio e uma pseudo-intelectualidade que não só é frustrante, como mostra um dos motivos de, apesar de já sermos quase 50 milhões de evangélicos no Brasil, não termos uma teologia com cara própria, cujos desdobramentos tenham vindo de pensadores da terra.
Mas isto é para um outro momento; inclusive, dedicar-me-ei com afinco à tarefa de corrigir os erros dos autoproclamados cessacionistas, daqueles que vibram por servirem a cada dia mais a um evangelho moderninho, narcisista, "com aparência de piedade, mas que lhe nega o poder". Já venho falando sobre estes tipinhos que pululam na Internet, vangloriando-se da uma tradiçãozinha denominacional e que nada - efetivamente NADA - têm feito para o resgate espiritual dos indivíduos e famílias desta tão combalida nação. Mas, como eu disse, essas minhas considerações bíblico-teológicas terão de ficar para um outro momento.
Agora, eu gostaria de compartilhar um vídeo que me foi repassado, com a sra. Ana Paula Valadão, principal proponente da Ig. Batista da Lagoinha, que vez ou outra protagoniza algumas das cenas mais infantis em todo o meio neo-evangelical e neopentecostal do Brasil. Como um cristão pentecostal, sei que muitas vezes somos, sim, tomados pela acalentadora e reconfortante presença do Espírito de Deus. O Espírito Santo testifica conosco, em momentos de oração de contrição e de busca sincera, fazendo-nos, inclusive, falar em línguas, edificando-nos a nós mesmos, não num mero estado alterado de consciência, como vociferam alguns escarnecedores e soberbos cessacionistas, mas numa demonstração espiritual que nos incentiva a buscarmos mais e mais da presença gloriosa do próprio Deus.
Há muito se sabe que devaneios antibíblicos, exageros e meninices são relativamente comuns no meio dito "pentecostal", embora a polissemia do termo não nos permita delinear quais são as igrejas e movimentos evangélicos cuja proposta se coadune ao real pensamento pentecostal à luz das Escrituras. São movimentos "espiritualizados" de uma forma esquisita, com iguais ares de soberba aos de muitos cessacionistas que vangloriam-se de um passado que nem seu é! Como lidam melhor com os anseios do povo, esse pessoal, às vezes, migra para uma prática completamente neopentecostal, degenerada à luz da prática bíblica de busca e contrição perante o Criador. Daí surgem os mais deploráveis, esquisitos, insanos e perturbadores movimentos da ala pentecostal, que faz com que até se atenue ao limite do confundível a linha que separa o pentecostalismo do neopentecostalismo.
Este é exatamente o caso com o pessoal da Ig. Bat. da Lagoinha. Afundando-se em "práticas humanas" com ares de mercadologização da fé (vide os seus últimos DVD´s) e muita, muita meninice espiritual, o pessoal da Lagoinha demonstra claramente não saber "de onde veio e para onde vai"! Há algum tempo a irmã Ana Paula estava, pelo que vi, em uma reunião de oração. Como em todos os eventos lá, na Lagoinha, o salão estava lotado. Ambiente propício ao quebrantamento genuíno, em favor de fato da salvação desta nação. Qual não foi minha (falta) de surpresa quando vi que todo aquele momento reservado à busca do Senhor Deus é hilariamente interrompido por uma Ana Paula que ruge, fala meio "leonês" e mostra - pelo menos para mim - que de fato ela sabe o que não é falar em línguas! Sem mais delongas, assistamos o vídeo acerca do qual, pergunto: o quê e para quê é isso, Ana Paula?
Oremos, irmãos, pela propagação do genuíno Evangelho em toda a nossa nação!
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