Por Gilberto Dimenstein, da Folha
Adaptado por Artur Eduardo
A declaração do ministro Fernando Haddad sobre a desocupação da reitoria da USP foi um desastre. Não teve absolutamente nada de educativa. Em vez de pregar o respeito à lei e ao Estado de Direito, sugeriu a aceitação à desordem.
Haddad disse que a polícia não poderia tratar a USP como se fosse a cracolândia, e a cracolândia como se fosse a USP. O problema, entretanto, não é a maconha (os leitores aqui sabem que sou favorável à descriminalização). O problema é que um prédio público foi invadido numa ação radical e minoritária. A Justiça determinou a reintegração de posse. E a polícia cumpriu.
Exatamente, aliás, como estão fazendo com os sem-teto que invadiram nesta semana prédios na cidade de São Paulo. O que Haddad está dizendo, na prática, é que invadir um prédio público pode, em certas circunstâncias, ser aceito por todos e amparado pela Justiça. Para tentar agradar o eleitor, Haddad tentou se mostrar contra a ação policial. O que poderia soar bem. Errou: aquele grupo não representa nem a comunidade da USP. Muito menos o eleitor. O desastre, porém, é que se Haddad for eleito, será cobrado por desocupar prédios públicos invadidos. Ou seja, ele começou mal sua campanha eleitoral.
Fonte: FolhaNOTA: É o que dá, Dimenstein, seus patrões da Folha apoiarem incondicionalmente gente feito o sr. Haddad, com compromisso social e cívico "0", frente à possibilidade de se tornar governador de São Paulo. E sabe o porquê do sr. estar "contra" algo que é obviamente um erro trágico, para se dizer o mínimo? Porque está sempre nos EUA, mais especifcamente em Harvard, aprendendo e usufruindo de tudo o que o comunismo do sr. Haddad não construiu.
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