
Visitar a Coreia do Norte pode parecer tão pouco tentador quanto, por exemplo, o Butão. A diferença é que este último afasta mais pelo nome que por qualquer outra coisa. Os templos e monastérios encravados nas cordilheiras evidenciam a completa falta de transformação que o tempo provocou neste pequeno e mágico território. Cercado de espiritualidade e ainda chamado de “reino”, o Butão ignora indicadores convencionais de desenvolvimento, sobrevivendo ora da felicidade, ora da falta de conhecimento de sua população “trancada” em um mundo à parte. A abertura ao turismo é controladíssima, e só se pode entrar comprando um pacote completo, que inclui de guias a acomodações e traslados. Quem já foi, diz que a burocracia é totalmente compensanda pela beleza do lugar.
Também na linha “impossível para viajantes independentes”, a Arábia Saudita vai na contra-mão de toda a Península Arábica. Enquanto Qatar, Emirados Árabes, Bahrein e outros países da região abrem suas portas para o turismo, os sauditas continuam sob um conservadorismo irredutível. Não muçulmanos são especialmente mal vistos mas, até mesmo os fieis mais fervorosos do Islã, tentando fazer sua peregrinação sagrada à Meca, por exemplo, têm pedidos de visto recusados frequentemente. A mão de ferro da ditadura, constantemente atribuída à religião, dá 100% de controle ao rei do maior e menos desvendado país da Península.
Fonte: Opinião e Notícia
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