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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Xuxa, sob a bandeira da G(L)obo, torna-se mais uma vez o centro das atenções após polêmicas declarações de supostos abusos infantis

ESTRANHO, HEIN, XUXA?....

Recentemente, uma polêmica instaurou-se no Facebook. Como "rede social aberta", lugar virtual para a expressão de opiniões numa sociedade que diz cultuar a liberdade de consciência e expressão, causou-me estranheza o que aconteceu hoje (22) quando da ação inexeplicável do sumiço de todo um post (e seus comentários) da minha página de perfil do Facebook. Primeiro, creio ser melhor explicar o início da polêmica: no último domingo, a apresentadora da Rede Globo, Xuxa Meneghel, deu uma emocionada e polêmica entrevista no "Fantástico", na qual ela afirma ter sido vítima de "abuso sexual", pelo que entendi, em três ocasiões distintas, isto quando era criança. Ok. Todos os brasileiros com mais de 30 anos lembram-se de que a trajetória artística de Xuxa não é exatamente um primor de apoio e cultivo de princípios morais virtuosos. E, talvez por isso, alguém colocou uma montagem no Face, uma dupla foto: na parte de cima, o rosto triste e, no momento, nítida e forçosamente "depressivo" de uma Xuxa de 49 anos, ex-"Rainha dos Baixinhos", completamente inautêntica - na minha parca opinião - com um discurso que extravasa o bom senso, pois ela se implica naquilo que condena. Xuxa, sem dúvida foi um trunfo mercadológico indubitável da Rede Globo que, como ávida por ser e sempre estar em primeiro lugar como mídia televisiva, usa e expõe como quer e bem entende a seus funcionários, aqueles que se submetem aos seus caprichos. Na parte de baixo da foto está uma cena do polêmico filme de Aníbal Massaine Neto, "Amor, Estranho Amor". O filme é polêmico porque mostra incesto, pedofilia, sexo burlesco, fetiches, etc... e tudo ao redor da história de um menino, o ator Marcelo Ribeiro, que à época do filme tinha 9 anos (o filme é de 1979 e foi lançado em 1982). Alguém, na foto-montagem veiculada no Facebook, criticava a personalidade de Xuxa, mostrando as duas imagens, uma em cima e a outra em baixo, com os seguintes dizeres:


É claro que reproduzi a imagem no meu perfil - como inúmeras outras pessoas fizeram -, mas, no meu caso, por entender que, a despeito de ter sido esse ou não o intuito original de quem fez esse cartaz, a "ironia" justifica-se e instaura-se como um marca indelével de uma sociedade promíscua, vil, hipócrita ao extremo e, em muitos casos, incrivelmente ingênua. Por que assevero o fator "irônico" da situação? Porque Xuxa, apesar de ter feito o filme antes de sua estrondosa fama advinda em meados da década de 80, já era uma "artista", sim! Aos 16 anos (época em que ela estrelou o filme) podia-se dizer que havia ainda uma "inocência" na pessoa da atriz, cuja percepção de mundo a impediam de vislumbrar os desdobramentos sócio-culturais que sua participação em um filme erótico, beirando a pornografia, como aquele, poderia causar. Mas o fato é que o filme só foi lançado quando Xuxa era de maioridade: em 1982, época em que tinha 19 anos. O ator mirim, protagonista da infame história, tinha 12 anos nesta época. Contudo, paradoxalmente, o filme foi classificado com censura 18 anos, o que, é verdade, não aconteceu apenas com este filme, mas com inúmeros outros com temas eróticos e atores mirins, o que só reitera aquilo que afirmamos acerca da nossa magistral sociedade aberta!

Não faltaram pessoas que, em meio a muitas outras que naturalmente desconfiaram de algo ou viram com ceticismo o que mais pareceu ser um "circo novelesco" a tal entrevista no "Fantástico", se mostraram "horrorizadas", "indignadas" e saíram soltando fumaça pelas narinas, aturdidas com o fato de alguém como eu, um "Pastor", um "religioso", um "cristão" ter descido tão baixo ao ponto de me degradar completamente com a simples republicação daquela imagem!! Como é típico em nossa sociedade escrava do formalismo hipócrita, estes mesmos que deslocam-se consciente ou inconscientemente suas cognições da cerne da questão a questões periféricas, ou que deliberadamente confundem a mensagem do AMOR cristão com um misto novelesco de "água com açúcar" sentimental, prontamente se apresentam como os reais defensores do Cristianismo, acusando temerariamente os que denunciam não só o conteúdo, mas a forma como a informação se nos é manipulada, qual "fanáticos", "loucos", "odiosos" ou seja, "anti-cristãos".

Xuxa, na premiére do filme "Amor, Estranho Amor" (1982).

Houve quem dissesse que "o problema não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons". Penso eu que pior ainda é o "grito equivocado dos bons". É ainda mais pernicioso do que "o silêncio dos maus". Confundir assuntos tão primários, por pura confusão passional, é o fim da picada na longa lista de equívocos nos quais têm caído vários evangélicos neste país. A Igreja cristã evangélica, desnorteada e sem identidade, oscila por movimentos que vão da histéria coletiva completa a um formalismo ritualístico insípido como religião, mas ambos um ponto em comum: antes, não se posicionavam contra as grandes questões sociais de nosso tempo, relegando as mesmas à Academia - que no Brasil, pelo menos na perspectiva das Federais, é completamente indiferente ao fenômeno religioso por ter sido, de uma maneira geral, formada sobre preceitos neopositivistas -; atualmente, a Igreja tem feito muito barulho... mas tal barulho assemelha-se, em utilidade, às cornetas das torcidas de futebol. É um "chiado" que, de tão tosco, em nada proporciona melhorias efetivas no stablishment sócial cultuado pela Academia e vociferado pela Mídia cinzenta; pelo contrário: tenta desesperedamente adequar-se àquele, assumindo, para tal, posições que, de tão infantis, beiram a insanidade

A questão - repito, pela enésima vez - quanto ao assunto "Depoimento da Xuxa", não é o mérito estrito, objetivo, do que ela disse, que, não importa se foi há 1, 10 ou 100 anos - DEVE ser investigado -, mas o contexto no qual se nos apresenta uma figura pública, dissolvida no status mercadológico da G(L)obo - cujos auspícios são fortemente anticristãos e antibíblicos, disso ninguém tem um pingo de dúvida -, com um passado que a desclassifica, sim, para que, 5 min. após a entrevisa, já esteja sendo chamada por autoridades políticas como "um símbolo do contra o abuso sexual no Brasil". Por que Xuxa é "um símbolo..."? Ora, se o dito é por quem ela é, no mínimo deveria-se perguntar à mesma o porquê de sua carreira ter sido, sempre, tão contrária ao discurso que ora emprega. Se é por quem ela foi - uma criança, antes do sucesso, inocente, etc. - vale a pergunta do porquê ela estar confessando isso num momento de franca decadência, num contexto em que ela é nada mais do que "peso morto e caríssimo" na G(L)obo, que, mercadologicamente, parece tentar dar um último suspiro, um último fôlego de status midiático nacional àquele que foi um de seus maiores e mais rentáveis "produtos".

Não quero, prezado leitor, que vc pense que estou sendo insensível a um abuso infantil. Primeiro, porque não sou. Segundo, porque não foi só disto de que duvidei na tal entrevista de Xuxa. Eu, como outros (alguns até blogueiros famosos), desconfiei de tudo o que Xuxa falou, como aquela história de que ela foi pedida em casamento por Michael Jackson e a bobagem à lá Big Brother de pedir a mão de Airton Senna de maneira póstuma (?!?!?!?!?). Mas isto é algo CLARO como o dia, meu Deus! "Desconfiar" do que uma figura pública que diz algo polêmico e outras coisas altamente duvidosas, em determinado contexto, com características que não podem mais se dissociadas de sua pessoa (daí o peso da "figura pública") e com um status midiático e mercadológico que a sustenta é, no mínimo, prova de bom senso! Mas, na esteira do que tem sido reduzido o intelectualismo e a política neste país, fico (ainda) pasmo em constatar que professores, escritores, filósofos e várias pessoas ditas "esclarecidas" ou que ao menos deveriam ser, impõem-se quais "psicólogos de botequim", como bem falou o Maurício Stycer, blogueiro do UOL, sobre o mesmo fato.


Contudo, sei que estou numa "batalha perdida". Não que não continue a falar... nada disso, pois penso que é justamente contra todo tipo de engodo psicossocial e seus reflexos em áreas como civismo, moral e direito que deve surgir a face profética e apologética da Igreja. É necessário sairmos de nossos guetos eclesiásticos e discutirmos questões prementes, como esta, e suas implicações, sem termos receio de darmos "a cara à tapa". Mas, isto não significa que tenha esperanças de que o satblishment moral cultivado por anos a fio de renúncia aos valores do Cristianismo simplesmente desapareça. O que vislumbro é uma cena que se desenrola como uma espiral: à medida em que os homens tornam-se cada vez mais indulgentes com o imoral, o lascivo, o pernicioso e a hipocrisia, aderem cada vez mais à falsa liberdade revolucionária prometida pelo Relativismo levado ao extremo, que é a ilusão de que nós podemos manter nosso sonho de civilização organizada, evoluída e em sua "maioridade racional" construíndo cada um de nós, num relativismo radical, sua própria "verdade". Assim, quando prévia, sumária e taxativamente boa parte da população (instruída, até) acredita e "canoniza" uma pessoa como Xuxa, nada mais faz do que acreditar e canonizar a si própria. A marca maior da "extraordinária" evolução de nossa sociedade é a indulgência de suas próprias contradições, a absolvição de si mesma!

Pr. Artur Eduardo

2 comentários:

ludibrike disse...

Condenamos os tais abusos que ela diz ter sofrido e até acho que os reflexos negativos deles possam estar so sendo percebidos agora.
A carreira de xuxa sempre teve apelo sexual; vejam so a forma do vestuário e de se expressar.
Posteriormente, quando passou a veícular programas adultos, apresentava as mesma caracteristicas de apelo sexual: roupas bem decotadas, as vezes transparentes (sempre realçando e exibindo as formas). E nas entrevistas tinha os ingredientes picantes dos aspectos das relações afetivas no que envolvia o sexo.
É no mínimo estranho esta nova postura dela porque em toda sua carreira artística ela foi propagadora de atitudes de apelo sexual. Será que ela quer se redimir publicamente mas nâo tem coragem de assumir que foi um mal exemplo.
Isto é na verdade uma campanha publicitária assumuda por ela e a globo para projeta-la como embaixadora dos direitos infantis.
É como jesus falou: cuidado com os falsos profetas eles falarão em meu nome e até milagres vão fazer.
É O FIM DOS TEMPOS!

Anônimo disse...

Agora dá pra entender porque ela foi eleita ou se autodenominou a Rainha dos Baixinhos. Toda essa declaração no Fantástico, sem duvida que é mais uma cartada para reforçar o seu caixa e o da Globo, uma vez que ambas estão caindo das pernas. Afinal, com tanto corre-corre para exibi-las, um dia elas fraquejam. Este é um dos modelos eleitos pela mídia e que influenciaram tantas garotinhas da época e que apesar dos pesares ainda continua influenciando.

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