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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Tensão em Israel quanto à convocação para o serviço militar

TEMENDO GUERRAS E INVASÕES CONSIDERADAS IMINENTES, ISRAEL PRETENDE AUMENTAR SEU EXÉRCITO

Israel deseja aumentar o seu exército visando uma iminente guerra

Cerca de 5 mil membros da facção ortodoxa Eda Haredi protestaram em Jerusalém contra a mudança na lei do serviço militar. Os membros do grupo extremista não reconhecem o direito do governo secular sobre eles. O protesto começou com um período de orações e continuou com crianças muito jovens marchando acorrentadas umas às outras e carregando cartazes que diziam: “Salve-me”.

O protesto ocorreu um dia antes de chegar ao fim a maior coalizão governista da história de Israel. Nesta terça-feira (17), apenas 70 dias após se aliar ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o partido centrista Kadima, abandonou oficialmente o governo. O motivo do rompimento são justamente as divergências entre os dois partidos sobre as modificações na lei de recrutamento para o Exército. Com o fim dessa coalizão, novas eleições podem ser convocadas para janeiro de 2013, nove meses antes do fim do mandato de Netanyahu.

Em fevereiro deste ano, a Suprema Corte de Israel declarou inconstitucional a Lei Tal, que permitia que os homens ortodoxos haredim pudessem adiar indefinidamente o serviço militar, fixando para 01 de agosto o prazo para uma nova lei mais igualitária ser aprovada. A Lei Tal existe desde a fundação de Israel, e desobriga judeus ultraortodoxos do serviço militar desde que eles estejam realizando estudos religiosos.

Para o Kadima, essas reformas propostas por Netanyahu não eram suficientes. Netanyahu queria que 50% dos ultraortodoxos com idade entre 18 e 23 anos fossem convocados e também que 50% dos religiosos com idade entre 23 e 26 anos fossem recrutados para o serviço civil nacional. Embora a proposta tenha sido aceita pelos diversos partidos religiosos que apoiam Netanyahu, o Kadima desejava que, nos próximos quatro anos, pelo menos 80% dos ultraortodoxos fossem convocados.

Para os setores mais secularizados da população judaica, a isenção aos religiosos é errada, pois eles não compartilham a obrigação de proteger o país. Mas, ao mesmo tempo, são eles que formam a maioria da população dos assentamentos montados em terras disputadas com os palestinos. Os ortodoxos alegam que o estudo religioso substitui o serviço militar, pois é parte fundamental da defesa do Estado. Existe entre os ortodoxos alguns grupos antissionistas, que rejeitam a existência do Estado judeu e, por isso não se submetem ao serviço militar. Quando o atual estado de Israel foi criado, os ultraortodoxos eram uma minoria da população. Porém, hoje, graças a uma elevada natalidade, essa comunidade representa 15% dos habitantes de Israel.

Analistas acreditam que o desejo do primeiro-ministro em aumentar o efetivo militar é mais um passo na preparação para uma guerra iminente com o Irã.

Fonte: O Verbo

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