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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Escândalo de vazamento de documentos sigilosos do Vaticano

VATICANO DECIDE QUE EX-MORDOMO DO PAPA SEJA JULGADO POR VAZAR DOCUMENTOS

Suspeito de vazar documentos do Vaticano, mordomo do papa é preso

Um juiz do Vaticano determinou nesta segunda-feira que um ex-mordomo do papa Bento 16 seja julgado pelo crime de furto qualificado por ter desviado documentos sobre supostos casos de corrupção na Santa Sé. Claudio Sciarpelletti, um técnico de informática que trabalhava para o Vaticano, também foi tornado réu no processo, sob a acusação de cumplicidade. É a primeira vez que esse caso inclui alusão a outro acusado além do ex-mordomo Paolo Gabriele (foto), preso em maio.

O Vaticano disse que não há data marcada para o julgamento, mas que ele não deve começar antes do final de setembro. Gabriele, que trabalhava na residência pontifícia servindo refeições e ajudando o papa a se vestir, pode ser condenado a até seis anos de prisão. O papa Bento 16, na qualidade de chefe de Estado do Vaticano, pode perdoá-lo, mas seu porta-voz, Federico Lombardi, disse não saber se o pontífice pretende fazer isso.

Segundo a denúncia judicial de 35 páginas, Gabriele contou aos investigadores que se apropriou dos documentos por ter visto "o mal e a corrupção em todo lugar da Igreja". Acrescentou que quis cortar o mal pela raiz, "porque o papa não estava suficientemente informado". Num trecho alusivo à saúde mental do acusado, Gabriele declarou aos investigadores que, depois que começou a copiar e divulgar os documentos, chegou "a um ponto sem volta, e não conseguia mais me controlar".

"Eu tinha certeza de que um choque, talvez usando a mídia, poderia ser uma coisa saudável para recolocar a Igreja nos trilhos". A denúncia também revelou que um cheque de 100 mil euros dado ao papa, uma pepita de ouro e um livro do século 16 foram achados na casa de Gabriele. O mordomo disse que pretendia devolver os objetos. Os documentos vazados neste ano apontavam caos de corrupção em negócios do Vaticano com empresas italianas, incluindo serviços superfaturados, e detalhavam rivalidades entre cardeais e conflitos a respeito da administração do banco do Vaticano.

Fonte: Uol

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