JOAQUIM BARBOSA E RICARDO LEWANDOWSKI SE DESENTENDEM E EMBATE ENTRE MINISTROS DO STF, NO JULGAMENTO DO "MENSALÃO", EXPÕE UMA VERDADE FATÍDICA NA CULTURA JUDICIÁRIA DO PAÍS: EM SE TRATANDO DE POLÍTICA, O MELHOR É (SEMPRE) JOGAR "PANOS MORNOS"
Por Josias de Souza (Uol Notícias)
Adaptado por Artur Eduardo
Diz-se que Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, relator e revisor do mensalão, não se entendem. Não é bem assim. Na verdade, eles já nem se falam. Na sessão desta quarta (26), testemunhou-se um novo (des)encontro. Deu-se no cruzamento do espantoso com o impensável.
Na passagem mais tensa, Lewandowski foi acusado por Barbosa de fazer “vista grossa” para provas contidas nos autos (repare no vídeo do alto). Pouco antes, o relator cobrara do revisor a distribuição antecipada do voto. Insinuara que o colega conspirava contra a transparência.
Lewandowski não gostou do que ouviu. Os ministros Marco Aurélio Mello, Ayres Britto e Celso de Mello solidarizaram-se com ele. Barbosa não se deu por achado. Anunciou para o reencontro desta quinta (27) a leitura de uma réplica. A coisa promete.
Tudo isso ocorreu sob os holofotes da TV Justiça, potencializados por outras emissoras. Quem viu achou a coisa toda meio esquisita. Sobretudo o modo como os ministros referem-se um ao outro. É ‘Vossa Excelência’ pra cá, ‘Vossa Excelência pra lá’. Data venia, ficou a impressão de que, mantido o nível, os contendores deveriam se chamar de ‘você’. Ou de coisa pior.
- Aqui, notícia sobre o teor do voto do revisor Lewandowski.
Fonte: Blog do Josias
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