LÍDER MÁXIMO DO BUDISMO, DALAI LAMA, QUE FOI EXPULSO E É TIDO COMO CRIMINOSO SUBVERSIVO PELA CHINA COMUNISTA, AFIRMA QUE É...... "MARXISTA"(?!?!?)
Por Orlando Braga (blog Perspectivas, de Portugal)
Adaptado por Artur Eduardo
Por Orlando Braga (blog Perspectivas, de Portugal)
Adaptado por Artur Eduardo
“Marx não era contra a religião ou filosofia religiosa em si, mas contra as instituições religiosas aliadas à classe dirigente europeia”. — ‘Sou marxista’, diz o Dalai Lama a estudantes chineses. O Dalai-lama teria que ler alguns livros de Karl Marx para não dizer asneiras. Normalmente dizemos asneiras mesmo lendo (errar é humano), mas quando a gente não sabe do que fala, então insultamos amiúde a inteligência dos outros.
Karl Marx não era só contra a religião: era também contra a filosofia.
“Feuerbach parte do fato da auto-alienação do homem, do desdobramento do mundo em um mundo religioso e um mundo terreno (1). O seu trabalho (de Feuerbach) consiste em reduzir o mundo religioso ao seu fundamento terreno. Mas o fato de que o fundamento terreno se separe de si próprio para se plasmar como um reino independente que flutua nas nuvens, é algo que só pode explicar-se pelo próprio afastamento e contradição deste fundamento terreno consigo mesmo. Portanto, é necessário tanto compreendê-lo na sua própria contradição como revolucioná-lo praticamente. Assim, pois, por exemplo, depois de descobrir a família terrena como o segredo da família sagrada, há que destruir teórica e praticamente a primeira”. (Karl Marx, Manuscritos Económicos-Filosóficos, Porto, 1971).
Neste trecho, Karl Marx não só nega qualquer metafísica (o que é, em si mesmo, uma forma de metafísica), como defende abertamente a destruição prática e teórica da família — que é o que está a acontecer atualmente na Europa e nos Estados Unidos.
“Feuerbach resolve a essência religiosa na crença humana. Mas a essência religiosa não é alguma coisa que seja abstrata e imanente a cada indivíduo. É, na sua realidade, o conjunto de relações sociais.(…)Feuerbach, não vê, por conseguinte, que o “sentimento religioso” é, por sua vez, um produto social e que o indivíduo abstrato que ele (Feuerbach) analisa pertence a uma determinada forma de sociedade.” (ibidem).
Em primeiro lugar, Karl Marx confunde “comunidade religiosa”, por um lado, com “religiosidade humana”, por outro lado. A comunidade religiosa é a que decorre da intersubjetividade ou daquilo a que Karl Marx chama de “relações sociais”. Mas a religiosidade é inerente à natureza fundamental do ser humano entendido como indivíduo e pessoa, e independente de este pertencer a uma comunidade religiosa ou não. Em segundo lugar, Karl Marx não se dá conta ou não reconhece a sua (dele) própria religiosidade (imanente e monista), ou seja, incorre em uma contradição em termos. Em terceiro lugar, é impossível erradicar o “sentimento religioso” inerente à natureza humana, a não ser substituindo a religiosidade natural e trascendental do ser humano (cosmovisão e cosmogonia) por uma religião política totalitária, imanente e monista, idêntica ou semelhante à que prevalece hoje, por exemplo, na Coreia do Norte ou na Alemanha nazi.
“Toda a vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios induzem à teoria do misticismo encontram a sua solução racional na prática humana e na compreensão desta prática”. (ibidem)
Em primeiro lugar, Karl Marx reduz todo o universo e a sua existência à prática humana, o que é irracional. Em segundo lugar, Karl Marx nega a ciência, porque também existem mistérios em ciência que induzem a uma espécie de misticismo científico — porque “a maior fé é a do cientista, porque é inconfessável” (Roland Omnès). Um exemplo de um mistério científico é o bóson de Higgs; ou a complexidade irredutível (não se tratam de enigmas, porque estes podem ser resolvidos pela razão). Por fim, a ciência não se reduz à prática, porque do empirismo só podemos esperar resultados empíricos; e neste sentido podemos dizer que Karl Marx é anti-científico.
“Os filósofos limitaram-se até agora a interpretar o mundo de diferentes modos; do que se trata é de o transformar”. (ibidem)
E transformando o mundo, o marxismo foi responsável por mais de 100 milhões de vítimas inocentes diretas; só na China estima-se que tenham morrido mais de 50 milhões de pessoas às mãos de Mao Tsé Tung. A transformação do mundo, segundo o marxismo, é a materialização do apocalipse. E é nisto que o Dalai-lama acredita; e eu não sei quem é mais burro: se Marx, se o Dalai-lama.
Nota:
(1) Refere-se à doutrina de S. Agostinho das “duas igrejas”, a terrena e a celestial.
Fonte: MsM
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