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Recife é sensível porque uma parte considerável de sua planície tem cotas baixas (altitude média entre 2 e 4 metros) e existe uma grande rede hidrográfica na área (5 rios e 66 canais). O problema se agrava com a ocupação de aterros de mangues e áreas alagadiças. A previsão é que, com o aumento do nível do mar, ocorram redução da largura das praias, transbordamento de rios e canais e inundações. Segundo Mesel, não foi estimado quantas pessoas podem ser afetadas. Mas moradores tanto de áreas mais nobres quanto de regiões carentes percebem o problema. Solange Godoy, de 58 anos, preocupa-se com a questão desde 2002, quando o mar avançou rapidamente. A larga faixa de areia, onde antes havia quadra de vôlei e quiosques de venda de água de coco, desapareceu. O mar também destruiu parte do muro do edifício Maria Paula, onde ela mora há dez anos, na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes - uma continuação, ao sul, da orla recifense. "Se algo acontecer, devemos ser os primeiros atingidos, mas vai sobrar para todo mundo."
O avanço do mar em Piedade foi provocado especialmente pela construção do complexo industrial e portuário de Suape, em Ipojuca, ao sul. "As correntes marítimas levavam a areia da praia. Os tubarões vieram junto." Com a construção de um dique e a colocação de pedras para conter o mar, a situação aparentemente se estabilizou. Mas Solange sabe que não é apenas isso. "A gente vê as notícias. Com o aquecimento global, a calota polar está sendo reduzida, o gelo, derretendo e engordando os oceanos". Na comunidade do Bode, no Pina, a população convive com a falta de emprego, de água encanada e com a violência. Nem por isso o aquecimento global deixa de fazer parte do dia a dia. A diarista Cleide Dias, de 38 anos, diz ter "consciência de que a área do Bode é de risco". Mesmo com tantos problemas, Cleide não consegue se desligar da ameaça da invasão do mar. "O aquecimento global atinge todo mundo, não importa a cor, religião, classe social", diz.
Fonte: Estadão
NOTA: Será, realmente, o "aquecimento global"... ou reações naturais de ciclos terrestres e solares, os quais só agora estamos aprendendo?
Em Cristo Jesus,
Pr. Artur Eduardo
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